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quinta-feira, novembro 30, 2017

Guebuza era mais visionário em que medida?

Por Luís Nhachote
Do lado da evidência

Com a exposição, na me­dia internacional, do calote dado por Moçambique na construção do Aeroporto de Nacala, submergem na memória os hossanas que exaltavam Armando Emílio Guebuza, nosso último es­tadista!
No boom dessa exaltação, a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, chegou mesmo a considerá-lo, em 2013, na abertura da VIII sessão or­dinária daquele órgão, de “… o filho mais querido do povo moçambicano, o Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, que, com a sua inteligência e perse­verança, tem, com mestria, conduzido a Nação Moçam­bicana para patamares de excelência…”
A bolada das Ematuns, MAMs e Proindicus, como se pode aferir pelo timeline das mesmas, estava em curso e Verónica Macamo e os out­ros 249 deputados eram simplesmente ignorados, a Constituição da República pontapeada e hoje por hoje o país está como está! De tangas!.
Porque era preciso enco­brir o que se simulou so­berano, uma falange de in­telectuais, gente pensante, formada, em número igual aos integrantes da gang do lendário Ali Babá, adensa­vam os ingredientes que Verónica Macamo já tinha metido no panelão. Gue­buza então chegou a ser considerado por aqueles como “Guia incontestável de todos nós”!!!

sábado, abril 23, 2016

E agora, Presidente Nyusi?

DO LADO DA EVIDÊNCIA

Por Luís Nhachote

Se dúvidas prevaleciam de que a nossa “soberania” ainda reside nos doadores, e não no “povo”, como se convém dizer por aí, por razões de alguma “auto­-estima”, estas foram dissipadas nos últimos dias.

E essa descoberta ficou mais cristalina graças à maioria da bancada parlamentar da Frelimo na Assem­bleia da República (AR) que votou contra a solicitação da bancada parlamentar da Renamo que pretendia obter esclarecimentos do Governo sobre as notícias que estão a ser veiculadas nas praças financeiras in­ternacionais sobre empréstimos que foram contraídos no maior dos segredos. À margem da lei!

Moçambique está diante de uma colossal dívida pública e, por essa razão e obra da bancada maioritá­ria e o seu veto, o Primeiro-ministro, Carlos Agosti­nho do Rosário, foi “chamado” de emergência para reuniões junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) para se explicar... o Ministro da Economia e Finanças já lá se encontrava em missão similar. Podiam tê-lo feito em sede da AR... mas como não é lá que reside a nossa soberania, foram aos nossos “patrões”!

Os valores que se veiculam têm estado a mexer não só com a racionalidade dos economistas e juristas, mas também com os mais comuns dos mortais que são encharcados com esse tipo de notícias, por tudo quanto é canto. Do “chapa” às “barracas” é esse o assunto.

quinta-feira, março 03, 2016

Nyusi quer mesmo governar? Alguns subsídios para debate

Por Luís Nhachote

No estágio caótico em que o País se encontra, com a guerra nas nossas barbas, remetendo o futuro de milhares de inocentes para a incerteza, – Oh Mia Couto, tu que falaste na Apolitécnica de nós não sermos usados como “carne para canhão”!!! – no cardápio do debate político nacional corre uma tese, segundo a qual, o Presidente Nyusi tem estado a ser ‘sabotado’. Quem o sabota e porque o faz?

Na verdade, desde a sua entronização na Ponta Vermelha, que Nyusi parece estar a “ver navios”: a sua chegada ao centro do poder, encontrou como herança um fardo pesado de uma dívida publica gerado pela criação da EMATUM e de seguida se deparou com uma situação atípica pós-eleitoral, onde o seu mais directo adversário começou em passeatas pelas províncias que ‘sonha’ governar. Os milhares e centenas de milhares de seguidores de Afonso Dhlakama, que enchiam esses comícios, deixaram algumas hostes do poder a sul do Save, com os nervos à flor da pele. Era o primeiro teste político a Nyusi, que se viu na contingência de reunir com Dhlakama. O que lá transpirou é sobejamente conhecido, assim como os resultados posteriores. O líder da Perdiz foi aconselhado a mandar as suas pretensões para Assembleia da República, que foram chumbadas pelo plantão da maioria do partido no poder. Ler mais (Diálogo sobre Moçambique, facebook)

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Quando é que Nyusi irá pôr ordem no Exército?

Por Luís Nhachote

Por prerrogativas da Constituição da República, o Presidente da República, Filipe Nyusi, é, simultaneamente, comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança.

Desde os acontecimentos em que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, escapou ileso a duas tentativas de assassinato, parece ter ficado claro que tais acções obedeceram a um comando paralelo no Exército.

Porque tal comando invisível está a usurpar claramente os poderes do seu chefe supremo, foi-nos dado a assistir, em plena luz do dia, ao assalto à residência de Dhlakama na Beira.
E porque não há bela sem senão, a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW), que se dedica à defesa dos direitos humanos, acaba de publicar um relatório sobre a situação dos refugiados de guerra em Tete, onde o Exército é apontado como Quando é que Nyusi irá pôr ordem no Exército? estando no epicentro de desmandos de vária ordem... 

“O Governo deve iniciar, com urgência, uma investigação às alegações de abusos e garantir que as operações de desarmamento são conduzidas de acordo com a lei”, escreve a WRW.

terça-feira, dezembro 09, 2014

Da (Re)lembrança do Max Love ao direito à indignação

Por Luís Nhachote

Faz hoje, 21 de Novembro, um ano que o jovem músico Max Love foi assassinado nesta cidade por um dos guardas da segurança do governador Joaquim Veríssimo, quando celebrava, com algumas pessoas aqui pressentes, a reeleição do edil Manuel de Araújo, para a condução dos destinos de Quelimane e de todos que nele residem.
Na condição de observador dessas eleições autárquicas, eu encontrava-me nesta cidade para aferir o grau participativo, os números e o civismo com que as mesmas decorreram.