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sexta-feira, outubro 31, 2014

Burkina-Faso: Exército dissolve Governo e Parlamento

Ouagadougou - Na sequência da insurreição popular de quinta-feira, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas do Burkina-Faso, general Honoré Nabéré Traoré, suspendeu a Constituição do país e dissolveu o Governo e a Assembleia Nacional.
Numa declaração, o general apresenta às vítimas mortais dos confrontos que se seguiram as suas "sentidas condolências" e deseja aos feridos um pronto restabelecimento, em alusão às cerca de 60 pessoas mortas e uma centena de outras feridas durante manifestações populares.

Sobre ilícitos eleitorais

Por José Jaime Macuane

Dadas as irregularidades ocorridas nestas eleições, pergunto aos meus amigos juristas, na próxima e habitual reforma eleitoral (que antecede cada ciclo de eleições), não seria o caso de os ilícitos eleitorais se transformarem em crimes públicos, que dispensam o ónus da prova do reclamante, bastando apenas a sua publicização?

quinta-feira, outubro 30, 2014

Assim escreve Ivone Soares

 Hoje, foram anunciados os resultados dos órgãos eleitorais atinentes as eleições de 15 de Outubro. 
7 dos 8 vogais cooptados pela oposição votaram contra a deliberação dos resultados apresentados pela CNE/STAE nomeadamente: Meque Braz (Vice-presidente da CNE), Fernando Mazanga, João Apolinário, Latino Ligonha, José Belmiro, Bernabé Nkomo e Xavier Costa. 
Fonte: Mural da Ivone Soares (30.10.2014)



CNE dividida declara vitória da Frelimo

A Comissão Nacional de Eleições (CNE), aprovou os resultados das eleições de 15 de Outubro dando a vitória nas presidenciais a Filipe Nyusi com 57% dos votos e a Frelimo, com 144 dos 250 assentos na Assembleia da República. Os resultados são próximos dos previstos pela contagem paralela.

A reunião que iniciou ontem as 11:30 e só terminou na manhã de hoje 04:00, dividiu os membros da CNE quanto a aprovação dos resultados do apuramento geral, tendo sido aprovados com 10 votos a favor e 7 contra. Os votos contra foram dos membros provenientes dos partidos da oposição e alguns da sociedade civil. A Renamo apresentou hoje um protesto formal contra os resultados das eleições.

Conferência de Imprensa - MDM

MOVIMENTO DEMOCRATICO DE MOÇAMBIQUE
PRESIDENTE
Moçambicanas e Moçambicanos;
Permitam saudar vos em nome dos órgãos, membros e simpatizantes do Movimento Democrático de Moçambique, com esperança da luta que dia a dia enfrentamos na solução dos vários desafios.
Acabamos de assistir a divulgação dos resultados eleitorais de 15 de Outubro anunciados pelaCamisão Nacional de Eleições, que vem confirmar mais uma vez a fraqueza das instituições moçambicanas que lidam com processos eleitorais. Ler mais

TRIBUNAIS INDIFEREM QUEIXAS DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Os Tribunais judiciais de distritos no país indeferiram as queixas feitas pelos partidos políticos por insuficiência de provas.

Os partidos políticos denunciaram a ocorrência de fraudes eleitorais dias depois das eleições. Mas porque, segundo o porta-voz do Tribunal Supremo, Pedro Nhatitima, não apresentaram provas, as queixas foram indeferidas.

CONDENADAS 133 PESSOAS POR ILÍCITOS ELEITORAIS

Pelo menos 133 pessoas de um total de 374 envolvidas em crimes eleitorais durante as eleições passadas foram julgadas e condenadas.

O facto foi hoje revelado pelo porta-voz do Tribunal Supremo, Pedro Nhatitima, durante uma conferência de imprensa.

TRIBUNAL DE TSANGANO ANULA ELEIÇÕES EM ALGUMAS MESAS DE VOTO

O Tribunal Judicial de Tsangano anulou as eleições gerais e das assembleias provinciais de 15 de Outubro último em algumas mesas de voto que funcionaram naquele distrito da província central moçambicana de Tete.

A medida surge em resposta a um pedido do partido Frelimo, no poder, que acredita que o processo não foi ordeiro em pelo menos 10 mesas de voto. Em Tsangano funcionaram 133 mesas.

Renamo diz que não reconhece resultados e vai impugnar

A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, rejeitou hoje os resultados das eleições gerais do passado dia 15 em Moçambique, considerando-os fraudulentos e garantiu que vai impugnar a votação.

"Não reconhecemos estes resultados, porque foram fraudulentos, com certeza que vamos impugnar", disse o mandatário da Renamo, André Majibire, aos jornalistas, imediatamente após o anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) dos resultados preliminares das eleições gerais.

Frelimo e Nyusi ganham eleições gerais

A Frelimo ganhou as eleições gerais em Moçambique, com uma maioria absoluta no parlamento, e o seu candidato, Filipe Nyusi, venceu as presidenciais com 57,03%, segundo os resultados oficiais preliminares hoje divulgados pela Comissão Nacional de Eleições.

O candidato às Eleições Presidenciais pela Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi, foi eleito o próximo presidente do país com  57,03 % dos votos, contra os 36,61% arrecadados pelo candidato da Renamo, Afonso Dhlakama. O candidato do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango, ficou aquém das expectativas, com uma percentagem de 6,36%.

A Frelimo obteve também a maioria absoluta de 55,97% no parlamento. A Renamo conseguiu conservar o estatuto de maior partido de oposição, obtendo 32,49% nas legislativas, enquanto o MDM obteve uma percentagem de 7,21%.

RESULTADOS - ELEIÇÕES 2014

Eleição do PR:
Niassa
Afonso Dhlakama - 44.3%
Filipe Nyusi - 48.71%
Daviz Simango - 6.98%

Cabo-Delgado
Afonso Dhlakama - 18.39%
Filipe Nyusi - 77.72%
Daviz Simango - 3.88%

Nampula
Afonso Dhlakama - 49.80%
Filipe Nyusi - 44.27%
Daviz Simango - 5.93%

Zambézia
Afonso Dhlakama - 52.93%
Filipe Nyusi - 38.88%
Daviz Simango - 8.19%

Tete
Afonso Dhlakama - 49.76%
Filipe Nyusi - 45.90%
Daviz Simango - 4.34%

Manica
Afonso Dhlakama - 48.65%
Filipe Nyusi - 47.63%
Daviz Simango - 3.72%

Sofala
Afonso Dhlakama - 56.01%
Filipe Nyusi - 35.25%
Daviz Simango - 8.74%

Inhambane
Afonso Dhlakama - 18.72%
Filipe Nyusi - 76.19%
Daviz Simango - 5.09%

Gaza
Afonso Dhlakama - 3.20%
Filipe Nyusi - 93.77%
Daviz Simango - 3.04%

Maputo-Província
Afonso Dhlakama - 17.61%
Filipe Nyusi - 73.64%
Daviz Simango - 8.75%

Cidade de Maputo
Afonso Dhlakama - 20.63%
Filipe Nyusi - 68.90%
Daviz Simango - 10.47%

África:
Afonso Dhlakama - 7.19%
Filipe Nyusi - 91.07%
Daviz Simango - 1.74%

Europa
Afonso Dhlakama - 10.99%
Filipe Nyusi - 76.54%
Daviz Simango - 12.67%

RESUMO GERAL
10.974.968 eleitores escritos
5.333.665 - 48% votantes

Afonso Dhlakama - 36.61%
Filipe Nyusi - 57.3%
Daviz Simango - 6.36%

Legislativas:
Niassa
MDM - 7.93%
Renamo - 40%
Frelimo - 49.33%

Cabo-Delgado
MDM - 3.99%
Renamo - 15.74%
Frelimo - 76.58%

Nampula
MDM - 6.93%
Renamo - 44.27%
Frelimo - 44.63%

Zambézia
MDM - 10.58%
Renamo - 46.71%
Frelimo - 39.01%

Tete
MDM - 5.78%
Renamo - 45.34%
Frelimo - 46.54%

Manica
MDM - 4.75%
Renamo - 45.18%
Frelimo - 47.22%

Sofala
MDM - 13.94%
Renamo - 47.37%
Frelimo - 36.20%

Inhambane
MDM - 5.19%
Renamo - 15.31%
Frelimo - 72.10%

Gaza
MDM - 3.40%
Renamo - 2.54%
Frelimo - 91.82%

Maputo-Província
MDM - 12.28%
Renamo - 17.15%
Frelimo - 68.36%

Maputo-Cidade
MDM - 15.67%
Renamo - 20.09%
Frelimo - 62.79%

África
MDM - 1.95%
Renamo - 5.51%
Frelimo - 90.62%

Europa
MDM - 16.22%
Renamo - 8.67%
Frelimo - 73.76%

RESUMO GERAL MANDATOS PARA AR
MDM - 17
Renamo - 89
Frelimo - 144
Total: 250

RESUMO GERAL MANDATOS PARA AP
MDM - 31
Renamo - 295
Frelimo - 485
Total: 811

Beira deserta e sob forte vigilância policial antes de resultados

As ruas da Beira, segunda maior cidade de Moçambique e bastião da oposição, ficaram hoje desertas horas antes da divulgação prevista dos resultados oficiais das eleições gerais e encontra-se sob forte vigilância policial, disseram à Lusa moradores.

O comércio encerrou e o transporte público abrandou desde o princípio da tarde, com receio de manifestações, que possam acabar em violência, após s divulgação de resultados das eleições de 15 de Outubro, que a oposição reivindica estarem viciadas por irregularidades.

CNE anuncia hoje resultados das eleições gerais


A Comissão Nacional de Eleições poderá anunciar hoje, no Centro de Conferências “Joaquim Chissano”, os resultados finais da votação de 15 de Outubro passado, que ficou marcada por episódios de fraude eleitoral e de violência policial em todos os círculos eleitorais dominados pela oposição, tendo havido também baleamento de cidadãos. Todos os protestos da oposição submetidos aos órgãos eleitorais e aos tribunais de primeira instância foram rejeitados.
Houve mais de 700 mil votos considerados nulos que foram objecto de protesto pela oposição. Na segunda-feira, a Comissão Nacional de Eleições requalificou apenas 178.000 votos, e ainda estavam por ser analisados pela subcomissão dos Assuntos Legais mais de 2000 votos sobre os quais houve protesto. Os observadores eleitorais nacionais e internacionais já emitiram os seus relatórios, que apontam irregularidades generalizadas, com forte potencial para colocar em causa a transparência do processo. A oposição já veio anunciar publicamente que não reconhecerá os resultados destas eleições, devido a situações claras de fraude eleitoral. Chegou a ser detida, na cidade da Beira, a chefe das Operações Eleitorais do STAE, Sónia Zimba, após ter sido apanhada em flagrante delito a falsificar resultados a favor da Frelimo e de Filipe Nyusi. Há fortes suspeitas de que a referida colaboradora do STAE já esteja em liberdade. Mas a informação não foi confirmada. É pouco provável que a CNE anuncie resultados diferentes daqueles que já vêm sendo apresentados a favor de Filipe Nyusi e do partido Frelimo. A incerteza é sobre o momento após a divulgação dos resultados, uma vez que a Renamo, na terça-feira, anunciou que ganhou as eleições gerais. (Redacção)

Fonte: Canalmoz - 30.10.2014

quarta-feira, outubro 29, 2014

CESC diz que quantidade de irregularidades prejudicou participação e favoreceu abstenção

O Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) criticou, ontem, o processo de votação nas eleições gerais de 15 de Outubro passado, devido ao alto nível de irregularidades registadas.

No seu relatório sobre a observação eleitoral, divulgado esta terça-feira, o CESC entende que o volume de irregularidades assinaladas dificultaram a participação dos cidadãos eleitores e terá “contribuído para o nível de abstenção”, que, apesar de não existirem dados concretos, admite-se que pote ter atingido níveis acima de 50%.

Uma cabala mui forçada

Embaixadas acusadas de incentivarem a Renamo a realizarem manifestações violentas
No rescaldo de umas eleições altamente desorganizadas, três embaixadas ocidentais estão a ser acusadas de instruírem a Renamo a levar a cabo manifestações de protesto, de carácter violento, em todo o país. São as embaixadas dos EUA, da Itália e de Portugal. Nas redes sociais circula uma comunicação anónima, onde o SG da Renamo, Manuel Bissopo, é citado a dizer que aquelas três embaixadas instruíram o líder da Renamo a fazer manifestações violentas. O assunto foi tratado, no telejornal da TV Miramar, ontem, como um facto consumado. A TV acusou as embaixadas de conspiração, mas, de acordo com fontes do mediaFAX, trata-se de uma “cabala” montada pelos serviços secretos (SISE), antecipando-se a uma eventual reacção violenta da Renamo em face dos resultados eleitoras.

Embaixador de Portugal lamenta mensagem "caluniosa" a apontá-lo como incitador da Renamo

O embaixador de Portugal em Maputo lamentou hoje o texto "calunioso" que se propagou por SMS desde segunda-feira em Moçambique a colocá-lo, juntamente com os homólogos dos Estados Unidos e Itália, como instigadores da violência da Renamo.

Como se explica?

Em 2009 o MDM ganhou 3 (três) assentos no círculo eleitoral da cidade de Maputo. O MDM concorria assim pela primeira e numas eleições em que a Renamo também participou.
Há um ano, em 2013, nas eleições autárquicas, se não estou em erro, mesma área geográfica da do círculo eleitoral nas gerais e presidenciais, o MDM ganhou 24 assentos.

Como se explica que o MDM tenha agora ganho apenas 2 (assentos) neste círculo eleitoral nas eleições de 2014?

Muchanga: "Governo de Unidade Nacional não é ideia da RENAMO"

O porta-voz da Renamo, António Muchunga, veio a público, esta terça-feira, 28, desmentir a informação segundo a qual, Afonso Dhlakama pretende formar com a Frelimo, um Governo de Unidade Nacional (GUN), escreveu a Folha de Maputo.
Segundo Muchanga, em nenhum momento a 'Renamo e seu líder Afonso Dhlakama falaram da necessidade de criar um Governo de Unidade Nacional face as irregularidades de viciação de resultados das eleições de 15 de Outubro passado'.
“Que fique claro que o GUN é ideia do Alto Comissariado do Canadá e não da Renamo. O presidente Dhlakama falou apenas dos enchimentos de urnas, intimidação de eleitores e outras irregularidades. A decisão que vamos tomar cabe ao povo, mas não vamos permitir que quem ganhou fraudulentamente governe”, advertiu Muchanga.
O maior partido da oposição em Moçambique, a nível das zonas Centro e Norte, esteve reunido, ontem, na cidade da Beira, para dentre outras matérias, fazer o balanço das eleições, as quais segundo apuramos, não reconhece os resultados intermédios divulgados.


Fonte: SAPO – 29.10.2014

Morreu o presidente da Zâmbia, Michael Sata

O presidente de Zâmbia, Michael Sata, de 77 anos, que estava doente há vários meses, faleceu em Londres, anunciou nesta quarta-feira o secretário-geral do governo.
"É com o coração pesado que anuncio a morte de nosso querido presidente Michael Sata", declarou o secretário-geral, Roland Msiska.

Msiska informou que Sata morreu no hospital londrino King Edward VII e pediu aos compatriotas que mantenham a calma.

Sata viajou na semana passada para a capital britânica para receber atendimento médico. Antes da viagem, ele designou o ministro da Defesa, Edgar Lungu, presidente interino.

O filme de uma mega fraude eleitoral

Mais de uma semana depois da realização das últimas eleições gerais, o país aguarda ainda com ansiedade os resultados deste escrutínio.

As eleições não são apenas justas, livres e transparentes pela forma como elas são organizadas e realizadas, mas também pelo tempo que leva a anunciar os resultados. Quanto mais tempo se leva, menos transparentes elas se tornam. Pouco se sabe do que acontece durante todo este período de espera pelos resultados.

E falando em termos estritamente legais, tendo sido ultrapassado o prazo de cinco dias para o anúncio público dos resultados das eleições ao nível provincial, pode se considerar que o actual processo eleitoral já está inquinado de um vício insanável, que só por si torna todo o exercício ilegal.

CNE de Moçambique admite hipótese de repetir votação nalguns locais

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) diz que não há motivos para repetir as eleições no geral, mas deixa em aberto a possibilidade de se repetir ou fazer a votação em locais onde terão ocorrido irregularidades.

A decisão de repetir, ou não, a votação nalguns locais será tomada esta quarta-feira (29.10) em assembleia, disse à DW África o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica.

Entretanto, a requalificação dos votos nulos será concluída esta terça-feira à noite. Os resultados da requalificação só serão conhecidos no dia do anúncio dos resultados gerais – quinta-feira, dia 30 de outubro.

DW África: Quantos votos foram aproveitados?

A fraude prepara-se, a fraude organiza-se

Por Machado da Graça

As notícias que vão surgindo diariamente, apontam para uma fraude generalizada, na maior parte do país, a favor do partido Frelimo.

Depois dos actos de violência e intimidação no próprio dia da votação, já foi divulgado que, na cidade de Tete, onde funcionaram 178 mesas de voto, aparecem agora editais de 234; o MDM afirma que, em Nampula, os orgãos eleitorais lhe atribuem cerca de 13000 votos enquanto a sua contagem, com base nos editais, lhes dá mais de 21000;num edital de uma escola, na Matola, onde votaram 504 pessoas, o candidato do partido Frelimo aparece com mais de 900 votos; na Beira a directora executiva do STAE foi apanhada em flagrante quando trocava editais, com vitória de Afonso Dlakama, por outros falsos em que Filipe Nyusi aparecia vencendo folgadamente; a TVM anuncia que, na Zambézia, Dhlakama teve 27609 votos e isso corresponde a 43,49%, enquanto Filipe Nyusi teve 25630 votos, correspondendo a 77,9% (espantosa matemática!); na província de Gaza, bastião do partido Frelimo, aparecem mesas de voto que registam acima de 90% de votantes, contra uma média nacional de cerca de 50%; etc, etc, etc...

Fraude eleitoral e a Justiça Moçambicana

Apesar de provar-se que houve desvio de editais e as mesas desses editais serem identificáveis, não ouvimos que a polícia, a PIC, está investigando os presidentes dessas mesas de votação. Não há mandado de busca seja de que instituição de direito. No pior, estamos acompanhar que que tribunal como o de Quelimane não acha que é crime eleitoral o desaperecimento de 39 boletins e se fosse ofendia a um partido (???) Interessante, pois não?
O nosso compatriota residente no Brasil, Brazão Catopola deu um exemplo muito interessante sobre abuso de meios públicos em campanha eleitoral. Ele disse e cito: “meios do estado sendo usados dão prisão imediato sem fiança “ Fiquei questionando-me. Afinal quem queixa para que quem abusa os meios do Estado fique preso de imediato e sem fiança? É necessariamente um partido?
Em Moçambique temos muitos casos de fraude e tentativa de fraude eleitoral. Temos nomes de algumas pessoas que cometeram esses crimes. E será que esses casos não foram julgados porque nenhum partido apresentou queixa perante o tribunal? Os casos abaixo, a que passos andam?


A eleição em Nampula ontem foi marcada por quatro detenções, incluindo dois vice-presidentes das assembleias de voto surpreendidos a tentar introduzir nas urnas boletins de voto extras, já marcados para a Frelimo e seu candidato. E já havia outras duas detenções para além destas.

Governo anuncia 300 vagas no exército e polícia para homens da Renamo

O Governo anunciou esta segunda-feira, dia 27 de Outubro, que vai disponibilizar 300 vagas no exército e na polícia para os homens do braço armado da Renamo, principal partido de oposição, ao abrigo do acordo de paz celebrado a 05 de Setembro.
De acordo com José Pacheco, chefe da delegação governamental no diálogo com a Renamo Resistência Nacional Moçambicana), serão abertos 200 lugares nas Forças Armadas e Defesa de Moçambique e outros 100 na polícia.

Por que um MMV movimenta boletins de voto de um monte da oposição para

Por Joseph Hanlon

Por que um MMV movimenta boletins de voto de um monte da oposição para outro dos nulos, sabendo que provavelmente estes votos serão aceites pela CNE? Uma possível explicação é que, para a Frelimo, esta estratégia parece ser boa para o momento da exposição dos editais ao nível da assembleia de voto e do distrito, já que após a requalificação não se sabe com exactidão o local onde os votos nulos serão incluídos. Jh


In Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 73 - 27 de Outubro de 2014

domingo, outubro 26, 2014

Os paisanos de “crachat”

Por Fernando Lima

Tem sido habitual nos últimos actos eleitorais a presença de uns senhores com ar respeitável junto às assembleias de voto que ninguém sabe quem são, sem “crachat”, mas que são no mínimo bem poderosos.
Entre outras coisas, davam ordens aos presidentes das mesas, aos polícias próximos das assembleias, a várias pessoas nas filas com ar de “controleiros de voto” e, sobretudo, com uma apetência particular para manterem longas conversas no telemóvel, sobretudo no momento do apuramento de resultados.
Os correspondentes locais, os que trabalham a nível dos distritos e províncias não têm dificuldades em identificar esses senhores como administradores, controleiros do partido Frelimo, agentes da segurança de Estado.

sábado, outubro 25, 2014

Professores do Instituto Industrial de Nampula exigem subsídios em atraso desde 2012

Mais de uma dezena de docentes afectos ao Instituto Industrial e Comercial de Nampula (IICN) paralisou as suas actividades, desde a manhã da última quarta-feira (08), para exigir o pagamento das horas extras e de turno e meio que não são pagos desde 2012 a esta parte, e ameaçam não retomar o trabalho antes de as suas exigências serem satisfeitas.
Segundo apurámos, os responsáveis do sector da Educação em Nampula têm estado a ignorar o assunto. Os professores tentaram, por várias vezes, dialogar com o director provincial no sentido de obter esclarecimentos em torno da demora no pagamento dos seus subsídios e encontrar-se uma saída, mas o gestor alega sempre estar indisponível.
No IICN também ninguém se pronuncia sobre o caso. O @Verdade tentou ouvir a direcção deste estabelecimento de ensino técnico mas não foi possível porque todos os dirigentes estavam ausentes, alguns andam envolvidos na campanha eleitoral.

Fonte: @Verdade – 09.10.2014

Paulo “Danger man” assassinado a tiros em Maputo

Paulo Estevão Daniel, comumente tratado por “Danger man”, foi morto à tiro cercas das 23h40 desta sexta-feira (24), no bairro da Polana Caniço, na capital moçambicana, por desconhecidos ainda a monte.
Ao @Verdade, várias fontes disseram que Paulo “Dangerman”, foi crivado de “quatro balas na cabeça”, tendo encontrado morte imediata no local.
Uma testemunha que pediu-nos para preservamos a sua identidade, disse-nos que a viatura de “Danger man”, uma Toyota da marca Runx, teria sido bloqueada, por duas viaturas, de onde, do seu interior emergiram “uns dois indivídos armados tipo pasquitanes que dispararam para a sua cabeça e foram embora”.
Quem era “Danger man”?

Democracia em África

"¿Ustedes aceptarían en sus países unas elecciones como las de Mozambique? ¿Por qué ustedes aceptan que en los comicios africanos haya violencia y amaños?". ("Vocês aceitariam eleições em seus países como as de Moçambique? Por que vocês aceitam que nas eleições africanas haja a violência e intrigas?"). Afonso Dhlakama falando aos embaixadores ocidentais. veja aqui

MONÓLOGO DE UM MOÇAMBICANO DECEPCIONADO

Por Alfredo Manhiça

Alguns canais televisivos e jornais internacionais publicados nas 48 horas que precederam as Eleições Gerais de 15 de Outubro, em Moçambique, manifestavam expectativas que estas eleições fossem as “primeiras” justas e transparentes a serem realizadas no continente africano, desde a introdução do processo de democratização, no início da década Noventa.

As expectativas expressas pela opinião pública internacional encontravam a sua ressonância nas expectativas que nutria a maior parte dos cidadãos moçambicanos. O fundamento destas expectativas residia na existência de premissas suficientes que permitiam deduzir que era chegada a hora em que Moçambique – depois de alguns adiamentos – iria, finalmente, atuar uma efetiva transição democrática. De facto, as eleições de 15 de Outubro iriam ser reguladas por uma nova Lei Eleitoral que – para dissipar a generalizada falta de confiança dos partidos da oposição e dos cidadãos em geral nos órgãos de gestão eleitoral – deliberava uma proporcional associação à Comissão Nacional das Eleições (CNE) e ao Secretariado Técnico de Administração Estatal (STAE) de membros dos partidos políticos com representação parlamentar. Além desta disposição, tinha sido também previsto que os processos de votação e contagem dos votos fossem cobertos pelo Observatório Eleitoral nacional e internacional, e pelos meios de comunicação social. O Governo e o maior partido da oposição, a Renamo, acabavam de assinar um Acordo Geral de Paz (APG-2) – no dia 5 de Setembro – que punha fim a instabilidade político-militar que dominou o cenário do País nos últimos dois anos. O AGP-2 incluía também um protocolo muito detalhado sobre as questões militares e assegurava a dis-partidarização das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), da Força da Intervenção Rápida (FIR) e da Polícia da República de Moçambique (PRM). Os órgãos da CNE e do STAE pareciam estar decididos a lavar a imagem daquelas instituições e incrementar a credibilidade do processo eleitoral. E, por fim, tinha sido ativado um instrumento jurídico dotado de poderes para dirimir, tempestivamente e em todos os níveis, as questões eleitorais.

Houve enchimento em mais de 5% das urnas

Estima-se que houve enchimento significativo em mais de 5% das urnas nas assembleias de voto, o que provavelmente aumentou o número de votos para o candidato da Frelimo e Filipe Nyusi por mais de 100 mil.

Usando a contagem e amostra do Observatório Eleitoral, registaram-se igualmente problemas como a abertura tardia ou alteração do local de funcionamento em cerca de 130 assembleias de voto. Os observadores e delegados dos partidos políticos relataram casos de assembleias de voto que tinham cadernos de recenseamento que não constavam da lista oficial das assembleias de voto e cadernos. Supõe-se que isso tenha acontecido em cerca de 250 assembleias de voto.

Mais evidências de enchimento de urnas

Os vários casos de taxas de participação muito elevadas dão indicações de enchimento de urnas. Participação acima de 80% dos eleitores recenseados é improvável em Moçambique, especialmente nas áreas rurais, onde as pessoas têm de caminhar longas distâncias. É muito mais provável que as urnas tenham sido enchidas – colocando os boletins não utilizados nas urnas, ou simplesmente alterando o edital, após o término da contagem. Isso acontece facilmente nas áreas onde os partidos da oposição não conseguiram colocar delegados ou membros de mesas para fiscalizar o processo.

As taxas mais elevadas são registadas em Gaza, onde cinco distritos apresentam taxas muito elevadas de participação: Chicualacuala 89%,Chigubo 82%, Mabalane 80%, Massangena 96% e Massingir 92%. Estes resultados tornam-se mais suspeitos se comparados aos dados outros distritos de Gaza, igualmente leais a Frelimo, como é o caso de Mandlakazi onde a afluência às urnas foi de 56%.

quinta-feira, outubro 23, 2014

Enchimento de urnas em 4 distritos

Em alguns sítios os problemas são os mesmos pois que ninguém toma medidas contra os criminosos. Isto aconteceu nas eleições de 2009. Comparem com o que se deu nestas eleições de 2014.

Quatro distritos mostram elevados, e improváveis, niveis de afluência com quase todos os votos a favor de Armando Guebuza. Assim é muito provável que ali tenha ocorrido massivo enchimento de urnas. Estes são as mesmas áreas onde ocorreu enchimento de urnas em 1999 e 2004. Os quatro distritos são:

● Chicualacula, Gaza: 97% afluência, 98% para Guebuza.
● Massagena, Gaza: 90% afluência, 98% para Guebuza.
● Massingir, Gaza: 86% afluência, 97% para Guebuza.
● Changara, Tete: 95% afluência, 98% para Guebuza.

Dois outros distritos parecem suspeitos:

● Chiuta, Tete: 80% afluência, 88% para Guebuza.
● Mabalane, Gaza: 78% afluência, 97% para Guebuza.

Só nestes distritos, há provavelmente pelo menos 50 000 votos extra para Guebuza.


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número 31 - 4 de Novembro de 2009

Mineira australiana anuncia descoberta maior depósito mundial de grafite em Moçambique

A mineira australiana Triton Minerals afirma ter descoberto o maior depósito do mundo de grafite na região de monte Nicanda, na província moçambicana de Cabo Delgado, que conterá mais de 115,9 milhões de toneladas deste mineral.

Assim escreve Paulo Araújo:

Na Zambezia 85 mil votos em branco. 70 mil votos nulos.
Quer dizer, 85 mil pessoas sairam de casa e foram na fila no dia de votacao e depois nao votaram ou seja nao preencheram o boletim de voto.?!!!! Outras 70 mil votaram mal e o voto foi anulado!!!?

Carta Aberta ao Presidente da CNE

15/10/2014

A Liga dos Direitos Humanos (LDH) e o Centro de Integridade Pública (CIP), tendo recebido, a partir de Quelimane, através dos seus correspondentes, informação indicando a existência de urnas supostamente contendo votos, estando alegadamente depositadas em duas viaturas, nomeadamente Mahindra dupla cabine, de cor branca, com a chapa de inscrição MMQ 93-21, e duas outras viaturas da mesma marca, com as chapas de inscrição ACU 173 MC e ABJ 481 MC, e, ao que nos foi informado, somente à espera de orientações para os respectivos comandos as tirarem do local onde se acham – no Quartel do FPAI, nas proximidades do Palácio do Governador Provincial – aparentemente para as levarem a um local que eles mesmos ainda o desconhecem, solicitam a CNE para providenciar as condições necessárias de segurança, por intermédio das relevantes autoridades policiais e de justiça, com vista a impedir a efectivação do plano, que afectaria a credibilidade do processo eleitoral.  Ler mais

Eleições: Resultados provinciais completos

Filipe Nyusi            57%
Afonso Dhlakama  36%
Daviz Simango        6%

Frelimo     57%  140 assentos na AR
Renamo   34%     89
MDM          9%     19


Fonte:  Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 71 - 32 de Outubro de 2014

Beira: Comissão Provincial de Eleições tenta acusar vogal do MDM de falsificação de editais

Mas depois ficou provado que não passou de uma invenção da Frelimo, em retaliação pelo caso da chefe de operações do STAE e membro da Frelimo, Sónia Zimba, que foi detida em flagrante delito a falsificar editais a favor de Filipe Nyusi.  

Num caso até aqui pouco claro, a Comissão Provincial de Eleições de Sofala ordenou ontem a detenção do vogal e membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) Lucas Zabica, acusando-o, sem provas, de ter falsificado um edital de Chibabava, sem, no entanto, informar a favor ou em prejuízo de quem. Mais tarde, ficou claro que não passou de uma invenção dos vogais da Frelimo, pois não havia provas, e o vogal do MDM acabou por ser solto.  

O vogal do MDM na Comissão Provincial de Eleições de Sofala, Lucas Zabica, chegou a ser encarcerado na 1.a Esquadra da PRM Chaimite, na Beira. Após uma acareação junto da Polícia, ficou provado que o vogal não havia falsificado qualquer edital, e tudo não passou de uma invenção dos vogais da Frelimo, em retaliação pelo facto de a chefe de operações do STAE, que é da Frelimo, ter sido detida, na passada segunda-feira, em flagrante delito a falsificar editais a favor da Frelimo e de Filipe Nyusi. Os acusadores não conseguiram mostrar o referido edital falsificado. Foi apenas uma acusação sem fundamento, demonstrando algum desespero do partido Frelimo. (José Jeco)



Fonte: Canalmoz - 23.10.2014

quarta-feira, outubro 22, 2014

RENAMO processa Comissão de Eleições de Quelimane

O partido RENAMO na cidade de Quelimane acusa a Comissão Distrital de Eleições, na capital da Zambézia, de ter viciado os resultados das eleições anunciadas segunda-feira (20.10), e já apresentou queixa em tribunal.

O objetivo é a realização de um processo criminal, segundo disse à DW África Latifo Charifo. O delegado político da RENAMO afirma que a queixa foi apresentada junto do tribunal judicial da Cidade de Quelimane.

Falsificação de resultados leva à detenção da chefe de operações do STAE

Três era o número de votos reais da Frelimo, 223 foi o número de votos após falsificação
A polícia deteve na Beira, na noite da segunda-feira, a chefe de operações do STAE ao nível daquela cidade, que responde pelo nome Sónia Zimba, acusada de falsificar editais que deveriam ser apresentados à Comissão provincial de eleições em Sofala.
De acordo com o presidente da Comissão distrital de eleições, do distrito da Beira, Domingos Coimbra, a chefe de operações falsificou um edital, facto descoberto pelos vogais  da Renamo e do MDM.

Renamo denuncia o desaparecimento de 8 mil votos

Em Nacala Porto, a Renamo reclama a falta de mais de 8 mil votos referentes a Assembleia Provincial. Contudo, Rafael de Sousa Gusmau, delegado político distrital da Renamo disse que vai protestar e já submeteu uma petição junto da CNE. 

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014

terça-feira, outubro 21, 2014

Apuramento desorganizado

Não foram dadas instruções as comissões distritais das eleições (CDEs) sobre a forma como deveria ser feito o apuramento distrital, que consistiria no simples somatório dos editais de todas as assembleias de voto da cidade ou distrito. Não havendo esta orientação do STAE a nível nacional, cada CDE criou seus próprios sistemas.

Alguns usaram computadores, alguns lápis e papel, e alguns escreveram no quadro preto das salas de aula. Os que tinham computadores normalmente usaram planilhas do Excel, uns tentaram usar o Word e, em seguida, paravam e começavam novamente com o Excel.

Mesas perdidas em Quelimane

A Comissão Eleitoral de Quelimane anunciou que pelo menos 13 mesas, o correspondente a 10.400 eleitores, não foram processadas devido ao desaparecimento dos respectivos editais e actas, e também por divergências nos dados. Estima-se que despareceram cerca  7 mesas para a Assembleia Provincial, 6 para a Assembleia da Republica e 1 para as Presidenciais. Mas, segundo Rosa Camões Bambino, presidente da Comissão de Eleições de Cidade de Quelimane, esta situação constam na acta que vai ser encaminhada a Comissão Provincial de Eleições da Zambézia.

Pemba não realizou o apuramento distrital

A Renamo e o MDM emitiram protestos formais contra a comissão de eleições da cidade de Pemba por esta não ter realizado o apuramento distrital. Em documentos separados, eles afirmam que o STAE da cidade da Pemba entregou os editais das assembleias de voto ao STAE provincial de Cabo Delgado antes da realização do apuramento distrital. Cópias das notas de entrada tenham sido fornecidos. 

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014

97% de participação em Massengena

A saúde e a assiduidade do povo de Massangena, Gaza é notável - 97% dos eleitores recenseados foram às urnas nesta quarta-feira, e desses 98% votaram a favor do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi. Do nosso ponto de vista esta situação, tem menos a ver com lealdade, e mais o com enchimento de urnas.
O distrito de Chicualacuala, em Gaza, os dados mostraram também sinais de boa saúde, com uma participação de 89%. Mas estes foram menos fiéis, ou seja, contrariamente a Massangena, aqui apenas 96% votaram em Nyusi.

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014

Reflectindo: Yavanya ahona (quem desmentiam já viu) Assim é a Frelimo. Os simpatizantes da Frelimo não morrem nem adoecem?

Funcionários do STAE denunciaram aos observadores sobre mudanças de resultados

Os funcionários do STAE em dois distritos do Niassa denunciaram aos observadores que viram ações impróprias visando alterar os resultados. Eles disseram na quinta-feira à noite 16 de outubro, na cidade de Lichinga, que um grupo de pessoas entrou no local onde decorreu o apuramento distrital e substituiu os editais apresentados pelas assembleias de voto por outros. E em Chimbunila, afirmaram que dirigentes do STAE dirigiram-se ao local onde decorreu o apuramento distrital e tentaram alterar os números que tinham sido apresentados pelas assembleias de voto.

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014

UE preocupada com atrasos e confusão no apuramento distrital

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia "manifesta a sua preocupação com os atrasos do apuramento dos resultados a nível distrital e provincial em algumas províncias, e considera que estes incidentes durante o processo de apuramento, aliados à ausência de uma explicação oficial pública sobre estas dificuldades, deteriora o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral", através de um comunicado de imprensa divulgado esta noite (terça-feira). 

Os apuramentos provinciais deveriam terminar ontem e as distritais no último sábado, e estes prazos não estão a ser cumpridos. Os observadores da UE falam da "falta de organização e conhecimento dos procedimentos de apuramento, tratamento incorrecto das actas e material de votação e métodos de apuramento demorados". 

A Missão também "lamenta os obstáculos colocados aos observadores da UE no acesso à informação sobre o apuramento provincial em Cabo Delgado e na Zambézia, sendo que, segundo a lei, todo o processo eleitoral deve pautar pela transparência e integridade."

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014

Estados Unidos Registam Preocupações, Encorajam Contagem de Votos Rigorosa

Os Estados Unidos congratulam o povo de Moçambique pela sua participação nas eleições nacionais presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais de 15 de Outubro.  Aplaudimos o papel activo dos partidos políticos de Moçambique, sua sociedade civil e cidadãos que ajudaram a moldar uma discussão activa sobre o futuro do país.

Porém, observadores da sociedade civil moçambicana, dos partidos políticos, da Embaixada dos E.U.A. e outras entidades internacionais citaram preocupações importantes relativas a um acesso desigual à imprensa, abuso de recursos do Estado, materiais e registos de eleitores em falta ou deficientes, e abertura tardia das mesas de voto.

Eleições: UE preocupada com atrasos no apuramento dos resultados

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia manifestou esta terça-feira, dia 21 de Outubro, preocupação com atrasos no apuramento das eleições gerais em Moçambique, que, aliados à ausência de explicações, "deterioram o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral".

"Os prazos legais para o anúncio dos resultados distritais e provinciais, respetivamente dois e cinco dias após a jornada eleitoral, não foram, na sua maioria, cumpridos", afirma um comunicado divulgado esta terça-feira pela missão de observadores da União Europeia, referindo que, "em muitos casos, o apuramento a nível provincial começou sem que estivesse terminado o apuramento a nível dos distritos".

Detida chefe das operações da Comissão de Eleições da Beira

O CanalMoz avança que Sónia Horácio Dzimba, chefe de operação da Comissão Eleitoral da Cidade (CEC) e membro do partido Frelimo, encontra-se detida na cidade da Beira. De acordo com a fonte, Dzimba terá sido flagrada a tentar trocar os editais verdadeiros por viciados.

A informação terá sido avançada ao CanalMoz por fontes da CEC, na capital da província de Sofala, esta terça-feira, dia 21 de Outubro. A chefe das operações da CEC terá sido apanhada ontem, dia 20 de Outubro, a trocar editais de votação contabilizados pelo STAE ao nível do distrito da Beira por outros alegadamente viciados pela própria.

VITÓRIA CONFORTAVEL DA FRELIMO NAS CIDADES DO SUL DO PAÍS

O Partido Frelimo, no poder em Moçambique, e seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, venceram de forma confortável o pleito de 15 de Outubro nas capitais províncias do sul de Moçambique.

Os resultados nas capitais de Maputo, Gaza e Inhambane, nomeadamente Matola, Xai- Xai e Inhambane, anunciados oficialmente pelos respectivos órgãos eleitorais, são os seguintes:

segunda-feira, outubro 20, 2014

Contagem paralela confirma vitória de Nyusi

A versão mais recente da contagem paralela (PVT, parallel vote tabulation em Inglês) do Observatório Eleitoral, prevê os seguintes resultados:

Presidente
Nyusi 58%
Dhlakama 35%
Simango 8%

Assembleia da República
Frelimo 57%
Renamo 32%
MDM 10%
Outros 2%

Assentos na Assembleia da República

Tomando em consideração que nenhum dos pequenos partidos vai ganhar assentos e que é provável que a Frelimo ganhe os dois assentos no exterior, temos à seguinte estimativa na distribuição dos assentos:

Frelimo 143
Renamo 82
MDM 25

Essas projeções são baseadas em 84% das assembleias de voto que constam da amostra do PVT, o suficiente para dar uma projeção relativamente precisa. A margem de erro é de 2%.


Dhlakama com mais votos que a Renamo

Os candidatos presidenciais dos dois principais partidos tiveram melhores resultados do que os seus partidos nas legislativas, por seu turno, Daviz Simango teve menos votos do que o MDM. Os votos na Renamo registram uma queda de 3% e na Frelimo uma queda em 1%, e esses votos foram divididos entre o MDM e os pequenos partidos.

Este padrão está repercutido nas diferentes províncias, com duas excepções. Sofala é a única província onde Dhlakama obteve a maioria, mas um sétimo dos que votaram para Dhlakama parecem ter votado para o MDM no parlamento. Na cidade de Maputo, um sétimo dos que votaram em Nyusi mudaram os seus votos para a Renamo ou MDM nas legislativas.

A projeção avança que Dhlakama alcançou entre 40% e 50% em cinco províncias - Nampula e Zambézia, onde ficou em primeiro lugar, em Manica e Tete, onde ficou em segundo lugar, atrás de Nyusi, e na província de Niassa, onde a diferença entre Dhlakama e Nyusi será muito pequena.


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 66 - 20 de Outubro de 2014

Em Dondo Partidos da oposição unem-se e recusam assinar as actas do apuramento distrital

Em Dondo, representantes da Renamo e do MDM, uniram-se para não reconhecer os dados do apuramento distrital, divulgados, este sábado (18). Estes dois representantes, decidiram não aceitar os resultados de apuramento distrital que dão vitória a Frelimo e o seu candidato, alegadamente porque estes encontrava-se viciados, aliado a fraude eleitoral, que consistiu no enchimento das urnas por parte dos MMVs em conivência com s presidentes das mesas de voto.

Ainda sobre a recusa na disponibilização e afixação dos editais do apuramento distrital Zambézia

Zambézia

No distrito de Ile, um oficial do STAE foi flagrado a introduzir dados incorrectos. A contagem foi interrompida e reiniciada no Domingo.

No distrito de Mopeia, apesar do apuramento distrital ter terminado no sábado (18), até esta segunda-feira (19), os editais ainda não tinham sido disponibilizados e nem afixados, apenas foram divulgados numa conferência. Contactado o presidente da CDE, Miguel Sandromo, pelos nossos correspondentes, disse que não podia fornecer os editais porque não tinha autorização dos seus superiores para tal.

Filha de Samora Machel diz que responsáveis pela morte do pai continuam vivos

Uma filha de Samora Machel disse no domingo, numa cerimónia de homenagem ao primeiro Presidente moçambicano, que os responsáveis pela morte do pai, há 28 anos, estão vivos e que a família tenciona descobri-los.

"Creio que as pessoas que fizeram isso estão vivas", disse Olívia Machel, citada hoje pelo diário O País, acrescentando que "a divulgação dos resultados das investigações poderá desestabilizar Moçambique e os países vizinhos" e que a família apelou insistentemente ao executivo moçambicano e de outros países "para descobrir este mistério".

Algumas CDEs não estão a disponibilizar e nem afixar´os editais de apuramento distrital ou de cidade

Contrariamente ao previsto nas leis eleitorais, algumas comissões distritais de eleições (CDEs) para além de não estarem a cumprir com o prazo estabelecido de 3 dias para o apuramento a este nível, os respectivos presidentes, não estão a disponibilizar os editais de apuramento distrital e muito menos mandar afixa-los, conforme relatam os nossos correspondentes. De acordo com artigo 106, da Lei 12/2014 de 23 de Abril,“ os mandatários de candidatura, observadores e jornalistas são entregues pela comissão distrital ou de cidade cópias dos editais originais de apuramento distrital ou de cidade devidamente assinadas e carimbadas”. O artigo 107, da mesma Lei, “refere que os resultados do apuramento distrital ou de cidade são anunciados, em acto solene e publico, pelo respectivo presidente da comissão de eleições distrital ou de cidade respectiva, no prazo máximo de três dias, contados a partir do dia do enceramento da votação, mediante divulgação pelos órgãos de comunicação social, e são afixados em cópias do edital original à porta do edifício onde funciona a comissão de eleições distrital ou de cidade, do edifício do governo do distrito e do município”.


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 65 - 19 de Outubro de 2014

domingo, outubro 19, 2014

Dhlakama assegura a diplomatas que permanecerá em Maputo

 Afonso Dhlakama, assegurou a um conjunto de diplomatas acreditados em Maputo que não recorrerá à violência e tenciona permanecer na capital para dialogar com o Governo cenários pós-eleitorais, admitindo um executivo de unidade nacional.

O presidente da Renamo manteve um encontro na sexta-feira com diplomatas da União Europeia, Noruega, Suíça e Canadá, durante a qual afirmou que não pode aceitar resultados de uma votação que considerou "uma fantochada", desconhecendo se vai impugnar as eleições gerais de quarta-feira, porque desconfia de um "sistema todo armadilhado", disseram à Lusa fontes que acompanharam a reunião.

EISA e Carter pedem a publicação de resultados detalhados

Em suas declarações preliminares. O EISA e o Centro Carter afirmam que a CNE deve publicar os resultados eleitorais por assembleia de voto para aumentar a transparência. Os resultados detalhados das eleições 2009 nunca foram publicados, apesar da CNE possuir um CD-ROM com estes dados.

"Na sua avaliação do contexto e da conduta das eleições de 15 de Outubro de 2014, a Missão de Observação do EISA chegou à conclusão de que as eleições em Moçambique foram, em geral, pacíficas e em conformidade com as leis de Moçambique e os padrões internacionais, continentais e regionais. A Missão elogia particularmente o profissionalismo da CNE na gestão do processo eleitoral."

O Centro Carter observou também o problema da falta de MMVs e delegados nomeados pelos partidos em algumas assembleias de voto, originada pela não emissão de credências e da incapacidade dos partidos da oposição para encontrar pessoas suficientes. Carter Centre estima que pelo menos 1000 delegados dos partidos não foram credenciados. Das 434 assembleias do voto observadas durante o processo de votação, em 20% registaram a falta de membros das mesas de voto (MMVs), normalmente um ou mais dos indicados pelos partidos políticos. Durante o processo de votação, os observadores do Centro Carter e EISA observaram que os delegados do partido Frelimo estavam presentes em 98% das mesas de voto observadas, a Renamo em 61%, e MDM em 63%. Em 18% a Frelimo era o único partido político representado. Algumas assembleias observadas tinham mais de um delegado do mesmo partido presente, e na maioria dos casos, eram da Frelimo, numa clara violação das regras da CNE que dizem que um partido só pode ter um delegado. (Os três principais partidos têm o direito a ter duas pessoas na assembleia de voto, um MMV e um delegado).


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique – 19.10.2014

– AFONSO DHLAKAMA PROMETE CONTESTAR ELEIÇÕES

O candidato da Renamo, Afonso Dhlakama, às V eleições presidenciais havidas quarta-feira em Moçambique disse Sábado que o seu partido está a efectuar uma contagem paralela da votação e vai usar os meios legais para contestar o processo que na sua óptica foi marcado por várias irregularidades.


Dhlakama, que falava em Maputo, num encontro com jornalistas disse que não pretendia acusar a ninguém, mas os episódios ocorridos em locais como cidade da Beira (Sofala), Tsangano (Tete), Ilha de Moçambique, Angoche, Nacala (Nampula) retiram a credibilidade do processo. Alguns destes casos são imputados a própria Renamo.

Dhlakama quer negociar e não rejeita as eleições

Afonso Dhlakama disse que quer negociar com o governo sobre a forma como decorreu o processo eleitoral. Falando em conferência de imprensa, realizada na tarde de hoje (sábado) em Maputo, respondendo as questões colocadas pelos jornalistas, recusou de forma repetida confirmar as declarações do seu porta-voz  António Muchanga na passada quinta-feira que afirmou que a Renamo não aceitava os resultados das eleições. Ao invés disso, ele afirmou que "este assunto não pode ser tratado tecnicamente. Devemos negociar um resultado."

Fraudes institucionadas

decorreu o processo de votação no distrito da Catembe, cidade de Maputo, na passada quarta-feira (15 de Outubro). Os presidentes das mesas ilustrados nas fotografias são membros do partido do batuque e da maçaroca e durante a campanha eram chefes e delegados das caravanas. Logo, a transparência que se pretendia neste processo é posta em causa. Ler mais

Que fazemos para elevermos o nível ético!

Sei que não somos da tradição de Harakiri. Essas são coisas de Japão. Se fossemos dessa tradição o nosso sistema jurídico mesmo sob direccão de membros da Frelimo sancionaria os crimes eleitorais sem olhar pela cor partidária de quem os cometeu. 

Sei que no cômputo total a fasquia do nosso nível ético é baixo, razão pela qual se pratica todo o tipo de fraude sem remorso. Pratica-se fraude eleitoral, fraude fiscal qualificada sem remorso e concidadãos que não dão para imaginar são indiferentes. Pratica-se fraude académica em que testes são violados nas direcções provinciais, nas direccões distritais, nas direcções das escolas. Muitas vezes vemos concidadãos que aparentemente são de boa educacão, mas não se indignam por esta prática.  Assiste-se tudo aquilo que em sociedade SÃ é repugnante mas que não indigna a concidadãos que nem se podem imaginar.  Mas são assim todos os moçambicanos? Não. Os bons não sabem de como podemos elevar a fasquia da nossa ética? A minha questão pende-se no facto de por exemplo:

sexta-feira, outubro 17, 2014

CIP e LDH pedem anulação de assembleias de votos por atraso na abertura

O director do Centro de Integridade Pública (CIP) Adriano Nuvunga e a presidente da Liga de Direitos Humanos (LDH) Maria Alice Mabota escreveram uma carta aberta ao presidente da Comissão Nacional de Eleições(CNE) na qual pediram a intervenção daquele orgão para resolver problemas registados em duas assembleias de voto na Beira.

Ora, até às 12 horas de dia 15 de Outubro, seis mesas de votos localizadas na cidade da Beira, província de Sofala, na Escola Primária Completa de Massange, não tinham sido abertas para os os cidadãos inscritos pudessem votar.