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quinta-feira, outubro 31, 2013

PRM apresenta homens da Renamo capturados em Nampula

A Polícia da República (PRM), na cidade de Nampula, procedeu ontem à apresentação pública de oito homens que confessaram que são desmobilizados da Renamo e que na passada terça-feira teriam sido dispersos pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) na localidade de Napome, no distrito de Nampula-Rapale, região para onde se tinham refugiado desde o dia 22 do mês em curso.
Trata-se de Gasten Vasco (natural de Caia), Valentim António (Namapa), Manuel Mandacazi (Murrupula), Horácio Raúl (Monapo), António Joaquim (Memba), Xavier Arruna (Memba), Celestino Alexandre (Nacaroa) e Jacino Cigano (Memba).

Niassa: Tribunal Judicial condena membro das FADM

O Tribunal Judicial da Província do Niassa condenou, a doze anos de prisão maior, um membro das Forças Aramadas de Defesa de Moçambique, por assalto a mão armada a uma viatura de transporte semi-colectivo de passageiros, em Dezembro passado.
Trata-se de Francisco Cristiano Mussomane, membro das FADM afecto a base naval de Metangula, que na companhia de Leite Francisco Gaspar, civil, ao qual coube a pena de oito anos de prisão maior, atacaram em Dezembro findo, um mini-bus em Mecuca, distrito do Lago, para assaltar dinheiro.

Nervosismo aumenta com aproximação de eleições

A campanha eleitoral começa no dia 5 de Novembro e a situação continua tensa sobretudo na zona centro do país.

Em Moçambique as eleições autárquicas marcadas para o dia 20 de Novembro próximo não contarão com a participação da Renamo, e muitos analistas dizem que esse facto agravará ainda mais a tensão político-militar a que se assiste no país.


A campanha eleitoral começa no dia 5 de Novembro e a situação continua tensa sobretudo na zona centro do país, e para o deputado Ismael Mussá, isso significa que não há condições para estas eleições, e sugere a realização, em simultâneo, das legislativas, presidenciais e municipais.

Opinião de Lázaro Mabunda

Senhoras e senhores

Proponho que homenageemos em vida Alice Mabota. Uma pessoa que consegue mobilizar tanta gente merece ser homenageada. Ela já levou o Estado à condenação no caso de baleamento de uma criança durante as manifestações de 1 e 2 de Setembro de 2010, mobilizou 2000 assinaturas que culminaram com a declaração de inconstitucionalidade a alguns artigos do Código do Processo Penal, agora levou mais de 30 mil moçambicanos para as ruas, só em Maputo.
Eu proponho uma homenagem a esta heroina. Como homenageá-la? Ignoremos a comissao de condecoracoes.

Nota: A foto é do mural de João Cabrita.

Parceiros suspendem financiamento ao Tribunal Administrativo

O rombo financeiro no Tribunal Administrativo está a registar novos contornos. Os países financiadores das contas desta instituição, responsável pela fiscalização das contas do Estado, decidiram suspender, por um período indeterminado, a sua ajuda financeira até que se esclareça o caso.

Os países financiadores, nomeadamente Alemanha, Finlândia, Dinamarca e Suécia, exigem que, pelo menos, o Tribunal Administrativo se pronuncie publicamente em relação ao rombo financeiro e traga a sua versão sobre este caso, explicou a embaixadora da Suécia em Moçambique, Ulla Andrén, que confirmou a medida de suspensão.

Marcha pela paz em Quelimane

Milhares de pessoas desfilaram esta quinta-feira em Quelimane na marcha pela paz organizada pela Sociedade Civil. Apesar dos tais apelos do partido Frelimo atraves do seu porta-voz Damiao Jose, para nao se aderir-se a marcha, em Quelimane vimos a figura do Inusso Ismael membro senior da Frelimo, antigo deputado daquela formacao politica a liderar esta marcha que teve como seu inicio na Sagrada Familia e foi "desaguar" na praca da Paz.

Fonte: Diário da Zambézia in Diálogo sobre Mocambique - 31.10.2013

quarta-feira, outubro 30, 2013

Graça Machel acusa governo de silêncio perante onda de raptos

A activista social Graça Machel acusou esta quarta-feira, 30 de Outubro, o governo de silêncio perante "o terror" infligido à população pela onda de raptos que tem assolado o país nos últimos dois anos.
Uma criança de 13 anos foi assassinada pelos seus raptores no passado fim-de-semana na cidade da Beira, centro, depois de descobrirem que a família informou a polícia do local onde iam pagar o resgate.
A criança é a primeira vítima mortal entre as dezenas de raptos verificados nos últimos dois anos nas cidades, na maioria das quais as vítimas foram libertadas mediante o pagamento de elevadas somas de dinheiro.
Graça Machel expressou a "profunda inquietação das comunidades moçambicanas" sobre os raptos, na qualidade de presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), falando por audioconferência para jornalistas moçambicanas a partir da África do Sul.

Nampula: Ataque da Renamo faz 1 morto

Além da vítima fatal, a VOA constatou que 12 civis terão sido sequestrados pelos homens armados da Renamo.


Em Moçambique, um veículo ficou carbonizado e uma pessoa foi ontem à noite atingida mortalmente devido a um ataque atribuído a guerrilheiros da Renamo na Estrada Nacional número 13, que liga as cidades de Nampula e Cuamba,  na província do Niassa.


Apesar do correspondente da Voz da América ter estado no local a polícia não se pronunciou sobre o ataque.

Nampula: Ataque da Renamo faz 1 morto

Além da vítima fatal, a VOA constatou que 12 civis terão sido sequestrados pelos homens armados da Renamo. Alguns sobreviventes, contaram-nos que estes teriam sido obrigados a levar os seus bens (produtos alimentares) e a seguirem os atacantes.

Community Police Attack Renamo Members

Maputo — Members of the community police attacked and injured six members of Mozambique's main opposition party, Renamo, in Ancuabe district, in the northern province of Cabo Delgado, according to a Sunday report on the independent television station, STV.
The man with the worst injuries, the Renamo district head of mobilization, Pedro Magawa, was transferred to the hospital in the provincial capital, Pemba. From his hospital bed, his head swathed in bandages, he said that a meeting held by Renamo in the village of Naputa, was broken up, after which the community police pursued and beat the Renamo members, and destroyed the local Renamo office.

Concentração para “manifestação contra a desgovernação” será na Estátua Eduardo Mondlane

Maputo (Canalmoz) – A concentração para a manifestação pacífica contra a desgovernação do País, que terá lugar amanhã, quinta-feira, em Maputo, será na estátua Eduardo Mondlane, na avenida do mesmo nome e não na Praça da Independência, como havia sido anunciado antes, pela organização. A marcha vai começar depois das oito horas, da estátua Eduardo Mondlane e vai desaguar na Praça da Independência, em frente ao município de Maputo. (Redacção) 


Fonte: Canalmoz - 30.10.2013

Nota: Parece que ela terá lugar nas outras cidades também, por exemplo, na Beira onde o adolescente sequestrado foi morto.

terça-feira, outubro 29, 2013

Ataque à Maringué pode ter resultado em 58 mortos

Há indícios de que 51 pessoas perderam a vida ontem, em Maringué, província de Sofala, em consequência do ataque das Forças de Defesa e Segurança à base da Renamo, naquela parcela do país.

Segundo escreve hoje, o Media fax, o assalto à Maringué deixou 58 mortos, na província de Sofala, dos quais 41 entre os homens de Afonso Dhlakama e 17 entre as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

segunda-feira, outubro 28, 2013

ÚLTIMA HORA -MINISTÉRIO DA DEFESA CONFIRMA ATAQUE A UMA BASE DA RENAMO EM MARINGUÉ

Em conferência de imprensa transmitida em direto via telefone pela TIM, o Diretor nacional Adjunto do Ministério da Defesa revela fortes confrontações desde as 13:30 desta tarde e da tomada dessa base em Maringué. Não fez reporte de vítimas mas confirma o continuar de acções militares em perseguição de militares da RENAMO. Acompanhe a actualizacão e comentários aqui.

Fonte: TIM - 28.10.2013

Adolescente sequestrado na Beira encontrado violentado e sem vida

Um adolescente moçambicano, identificado pelo nome de Ahmad, sequestrado das imediações da residência dos seus pais no centro da cidade da Beira, a capital da província central de Sofala, foi encontrado nesta segunda-feira (28) sem vida, esquartejado e queimado.

Segundo fontes próximas da família, o menor estava a brincar quando foi levado pelos criminosos, na passada terça-feira (22), que posterior telefonaram a exigir um resgate no valor de 100 mil dólares norte.americanos.

O pai do jovem, identificado pelo nome de Rachid, segundo várias fontes um pequeno comerciante proprietário de uma tabacaria, prontificou-se a conseguir o valor exigido contudo precisava de algum tempo. Ler mais

“Não haverá diálogo enquanto o Governo não aceitar a presença de facilitadores”, Renamo

A Renamo continua firme na decisão de não sentar-se à mesma mesa com o Governo enquanto este não admitir a presença de facilitadores nacionais. Prova disso é que nesta segunda-feira (28) não compareceu a mais uma ronda no Centro de Conferencias Joaquim Chissano e diz que informou o Executivo, através de canais apropriados, da sua indisponibilidade até que este ceda à sua exigência.
(...) Por seu turno, José Pacheco, chefe da delegação do Governo, e que esteve esta manhã no Centro de Conferência Joaquim Chissano, acusa a Renamo de ser um partido sanguinário e anti-patriótico. Diz ainda que a sessão de hoje não aconteceu porque a Renamo não se dignou a comparecer muito menos apresentar os motivos desta falta de comparência. Mas esta justificação cai por terra porque a Renamo apresentou um documento que prova que o Governo tinha a informação de que "sem facilitadores" não haveria diálogo.

Fonte: @Verdade - 28-10.2013

Deputados da Renamo acusam Guebuza de querer usar Dhlakama como “troféu”

A bancada parlamentar da Renamo, principal partido da oposição moçambicana, acusou, na manhã desta segunda-feira (28), o Presidente da República, Armando Guebuza, de querer assassinar o líder do movimento, Afonso Dhlakama, para o usar como “troféu político-militar”.
Em declarações à impresa, a chefe da bancada parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reiterou que o ataque do exército moçambicano à base de Santunjira, onde Afonso Dhlakama vivia há mais de um ano, “visava o seu aniquilamento físico, atitude que se consubstancia na prática dos crimes de homicídio frustrado, invasão ao domicílio, fogo posto e roubo”.
“O comandante em chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e o seu Governo pensam que, ao tentar matar o presidente Afonso Dhlakama, é o fim da Renamo”, anunciou Angelina Enoque, que repudiou “veementemente esta forma antidemocrática de ser e estar”. Ler mais

Governo “dispara” para todos os lados e envereda pela incoerência

Guebuza ordena perseguição a Dhlakama e anuncia disponibilidade para “dialogar” (#canalmoz)

Edson Macuácua, porta-voz do Presidente da República, vira as baterias contra todas as organizações da sociedade civil que criticaram Guebuza por ordenar o ataque a Sadjundjira que visava assassinar Afonso Dhlakama. Edson Macuácua acusa as organizações da sociedade civil de terem “agendas estranhas”

Maputo (Canalmoz) – Enquanto no terreno as Forças armadas já foram envolvidas no terreno para lutar contra outros moçambicanos e têm instruções claras para continuar com a perseguição ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, o chefe de Estado e comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança, Armando Guebuza, diz que continua “aberto para o diálogo”, naquilo que configura uma grande incoerência entre os seus actos e o seu discurso.

Numa gravação em áudio disponibilizada pelo Gabinete de Imprensa da Presidência da República, Edson Macuácua, porta-voz do chefe de Estado, diz que a acção militar do Governo deve e vai continuar e as Forças Armadas devem agir “com maior eficácia e eficiência possível”.

Estas declarações vêm juntar-se às do ministro da Defesa, Filipe Nyussi, que anunciou há dias que a perseguição ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e seus membros “deve continuar”, o que vem deitar abaixo todos os apelos à resolução por via diálogo da crise político militar que está a sacrificar vidas humanas e foi aberta com o ataque da FIR à sede da Renamo no Posto Administrativo de Muxúnguè, na estrada nacional N1, no distrito de Chibabava, na província de Sofala. Ler mais

RENAMO NEGA A AUTORIA DOS ATENTADOS DE MACHANGA


António Muchanga da Renamo diz que não foram as forcas do seu partido que atacaram um autocarro no distrito de Machanga, e acusa as forcas governamentais alegando que o acto ocorreu a pouca distância de uma posição do exército.

A Frelimo??

Nota: Agora que me falem com franqueza sobre quantas frelimos existem. Veja o texto a seguir publicado no jornal Domingo. O texto é dum intitulado Sargento aposentado, mas de certo é um dos membros do G40 ou concorrente:

Obrigado Jorge Rebelo pela confissão pública dos seus pecados
As nossas primeiras palavras são de total agradecimento  ao temido Secretário  do Trabalho  Ideológico da FRELIMO, obreiro-môr da orientação, condução  e direcção  do Partido em todas suas vertentes. Esta posição privilegiada no seio do Partido , impõe -lhe por dever ético e moral a assumpção do bom e do odioso da organização.

domingo, outubro 27, 2013

O fim da Paz

Editorial do Savana

Não era preciso nenhum esforço para perceber o semblante carregado do Reverendo Dom Dinis Sengulane, quando apareceu nas câmaras de televisão na noite desta segunda-feira, para se pronunciar sobre os últimos desenvolvimentos em Satunjira, Gorongosa, onde comandos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) arrasaram o local onde se encontrava o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Para a sua própria consolação, procurando encontrar o menos mal de uma situação extremamente má, tentaria temperar o seu desconforto com algumas palavras que poderiam tranquilizar os que nunca acreditaram que os homens de Deus também se zangam.
Não era uma questão pessoal, terá dito. “Não pensem que estou assim porque estive pessoalmente envolvido em esforços para evitar que isto acontecesse”, estamos a citá-lo de memória.

Terceiro maior partido do país quer "devolver a dignidade" à capital do carvão

O MDM, terceiro maior partido de Moçambique, prometeu "devolver a dignidade" aos habitantes do município de Tete, capital da província de Tete, rica em carvão, caso vença as eleições municipais de 20 de novembro.
Tete, na região central de Moçambique, é um dos 53 municípios do país que vão acolher as eleições municipais de 20 de novembro, as quartas eleições locais na história do país.
Em declarações à Lusa, o delegado do MDM (Movimento Democrático de Moçambique) na província de Tete, Celestino Bento, afirmou que o projeto político da organização passa por devolver a dignidade aos habitantes do município de Tete, caso ganhe as eleições.
"Vamos prestar muita atenção na melhoria da educação, garantia de melhores condições de saúde e o saneamento do meio, como forma de devolver a dignidade aos munícipes de Tete", afirmou Celestino Bento.

Exército moçambicano "tem identificado local onde está" Dhlakama -- fonte militar

*** Luís Andrade de Sá (texto) e António Silva (fotos), da agência Lusa ***
Gorongosa, Moçambique, 27 out (Lusa) - As forças do exército moçambicano que na segunda-feira tomaram a base da Renamo em Sadjundjira, expulsando dali o líder do partido da oposição, Afonso Dhlakama, sabem onde este se encontra, disse à Lusa uma fonte militar sob anonimato.
"Está lá em cima" disse, apontando para a serra da Gorongosa, que domina a base de Sadjundira.
"Está na margem do rio Vunduzi, entre duas montanhas", acrescentou, referindo uma primeira serra, visível da base, que tem atras de si uma outra elevação, da qual está separada por aquele rio, que nasce na Gorongosa.

sábado, outubro 26, 2013

Um morto e nove feridos em novo ataque no troço Save-Muxúnguè

Um morto e nove feridos, quatro das quais em estado grave, na sequência de um ataque contra um autocarro protagonizado hoje de manhã por homens armadas da Renamo no troço entre o rio Save e o Posto Administrativo de Muxúnguè, provincial de Sofala. Duas crianças estão entre os feridos graves.
A Rádio Moçambique soube que o autocarro, saqueado e feito explodir pelos atacantes da Renamo, circulava fora da coluna militar que, desde abril passado, escolta as viaturas que circulam na região.
Uma das passageiras contou que os atacantes, em número que não soube precisar, atingiram em primeiro lugar o condutor do autocarro, após o que começaram a disparar indiscriminadamente contra os passageiros.
"Conseguimos fugir do local, percorremos cerca de cinco quilómetros até encontrar outros carros. Depois ouvimos uma forte explosão. Perdemos assim os nossos bens", disse a passageira, ouvida pela Rádio Moçambique.
Os nove feridos encontram-se internados no Posto de Saúde da Vila de Muxúnguè.

Fonte: RM – 26.10.2013
RENAMO impõe condições para negociar. A DW África falou com o mediador Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Moçambique, sobre a nova proposta de negociações por parte do Governo de Guebuza.
A situação continua muito tensa e pouco clara em Moçambique. O líder do maior partido da oposição, a Resistència Nacional Moçambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama, continua desaparecido e, tal como o Governo, impõe condições pouco conciliatórias para a retoma do diálogo.
Em entrevista à DW África, o mediador entre os dois lados, o reitor da Universidade Politécnica de Moçambique, Lourenço do Rosário, revela os últimos desenvolvimentos da crise político-militar moçambicana.
DW África: Qual é o ponto da situação em Moçambique? Ler mais ou escutar

sexta-feira, outubro 25, 2013

ÚLTIMA HORA: Deputado da Renamo morre na “Operação Satungira"

O deputado da Renamo, pelo círculo eleitoral de Cabo Delgado, Armindo Milaco perdeu a vida recentemente, em consequência do ataque das Forças de Defesa e Segurança (FDS) à residência do líder da Renamo, Afonso Dhlakama em Satungira.

De acordo com informações fornecidas a Folha de Maputo, na tarde desta sexta-feira, pelo porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, Armindo Milaco foi atingido por uma bala, no passado dia 21 corrente, em Satungira, durante o assalto das FDS à residência de Afonso Dhlakama “tendo sido socorrido, até que não sobreviveu aos ferimentos e acabou perdendo a vida”, lamentou Mazanga.

Entretanto, sem dar indicações exactas do dia da morte de Armindo Milaco, Fernando Mazanga precisou que a Renamo poderá brevemente, convocar uma conferência de imprensa na capital para mais detalhes. 


Fonte: Folha de Maputo - 25.10.2013

quinta-feira, outubro 24, 2013

Há agentes da Polícia formatados para combater a oposição

A escassos dias do início, a 5 de Novembro, da campanha eleitoral com vista à realização das quartas eleições autárquicas, marcadas para 20 de Novembro próximo, a actuação da Polícia de República de Moçambique (PRM) continua a levantar sérios questionamentos, principalmente no seio dos partidos políticos da oposição que entendem estar a ser vítimas de uma força totalmente partidária que age em função dos interesses do partido no poder, a Frelimo.
É que os agentes da Lei e Ordem, no óptica das forças das oposição política, contrariando a postura de imparcialidade que se espera que adoptem na resolução de qualquer que seja o caso, optam por acções que remetem a uma Polícia que age em defesa de interesses partidários. Efectuam “detenções sumárias sem observância das mais elementares normas jurídicas para o efeito”, para além de se manterem inertes em relação aos casos que envolvam directamente o partido no poder. Esta situação, de resto, é evidenciada nos inúmeros casos de “intolerância política” reportados pelos media, o que traz ao de cima o ostracismo da força policial e deixa claro o facto de que estes são instrumentalizados para servirem interesses políticos particulares através da hostilização da oposição.

Guebuza foi traído??

Por Ericino de Salema

Muitos compatriotas têm estado a defender, em claro exercício do constitucional direito à razão (que engloba a liberdade de expressão, a liberdade de pensamento, etc.), que não deve ser aqui confundido com o direito a ter razão, que o que aconteceu ontem em Satungira é prova inequínoca de que Armando Guebuza, Comanmdante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), pretende guerra. Também em exercício do direito à razão, eu acho que o que ontem sucedeu é prova mais do que evidente de que os moçambicanos não querem guerra!

Em meio a tensão, Brasil vai doar aviões a Moçambique

A presidente Dilma Rousseff pediu ao Congresso autorização para doar três aviões Tucano T-27 para a Força Aérea de Moçambique, no momento em que o país africano vive seu momento de maior tensão desde o fim da guerra civil, em 1992.
O repasse, que precisa ser aprovado pelo Congresso, faz parte de pacote que inclui 25 carros de combate blindados do Exército para o Uruguai.
Esta é, segundo registros do Ministério da Defesa, a primeira vez que Moçambique pode receber equipamentos militares brasileiros.
Usada para treinamento pelo Brasil, a série de aviões Tucano T-27, da Embraer, foi adquirida pela Força Aérea Brasileira há 30 anos. Ler mais

Sociedade civil ataca presidente da República

Organizações moçambicanas da sociedade civil acusaram, ontem, o Presidente Armando Guebuza de violar a Constituição, pelo ataque do exército a uma base da Renamo, sob pretexto de reposição da ordem pública, porque, dizem, constitucionalmente esta acção cabe à polícia.

Na segunda-feira, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e a Renamo anunciaram a ocupação da base do principal partido da oposição moçambicana, em Santungira, na serra de Gorongosa, onde o líder daquela força política, Afonso Dhlakama, residia há um ano. A acção foi justificada como uma resposta a um ataque de homens da Renamo aos militares.

quarta-feira, outubro 23, 2013

Estados Unidos condenam uso da violência em Sadjundjira

Maputo (Canalmoz) – A Embaixada dos Estados Unidos da América voltaram a emitir uma nota a condenar, de forma “veemente”, o assalto da base da Renamo em Sadjundjira, com recurso a material bélico de calibre pesado. 
“A Embaixada dos EUA reitera a sua condenação veemente do uso da violência como forma de resolução de diferenças. Lamentamos profundamente a recorrência de actos violentos e apelamos a todas as partes para que exerçam contenção e tomem passos visíveis e decisivos para acalmar as tensões e evitar o risco de mais confrontos”, lê-se no comunicado norte-americano.

Analista alemão duvida que RENAMO possa ter a mesma força que tinha na guerra civil

Ao anunciar o fim do Acordo Geral de Paz de 1992, a RENAMO mostra estar pronta para um confronto armado contra o Governo da FRELIMO. O analista alemão Rainer Tump explica o crescente clima de tensão entre os partidos.

Durante a guerra civil em Moçambique, o chamado "Tete-Run", o Corredor de Tete, entre o Malawi e o porto da Beira tornou-se lendário. Esta estrada era tida como extremamente perigosa, pois os rebeldes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) atacavam com frequência os automóveis e camiões que por lá passavam.

Agora, após 21 anos de paz, o perigo pode voltar às estradas. Isto porque a RENAMO pôs fim ao Acordo Geral de Paz que assinou com o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) em 1992. Ler mais

O início do fim da história de sucesso Moçambicana? Algumas Reflexões

Uma leitura atenta do AGP ajuda a dissipar dúvidas quanto à questão legal:

Por Anícia Lalá

1- No Protocolo IV, ponto III. 1 sobre “Actividades de Grupos Armados Privados e Irregulares” diz que todos os grupos armados, paramilitares, privados e irregulares que se encontravam em actividade no dia da entrada em vigor do cessar-fogo seriam extintos, e seria proibida a constituição de novos grupos da mesma natureza. Uma excepção foi aberta no ponto III.3 em que diz que a Comissão de Supervisão e Controlo poderia autorizar, a título temporário, a continuação da existência de organizações de segurança para garantir, durante o período entre o cessar-fogo e a tomada de posse do novo governo, a segurança de determinadas infra-estruturas públicas ou privadas.

2- No Protocolo V, o Ponto III intitulado “Garantias Específicas para o período que vai do cessar fogo à realização de eleições”, a alínea 8 diz: “A RENAMO será responsável pela segurança pessoal imediata dos seus mais altos dirigentes. O Governo da República de Moçambique concederá estatuto policial aos elementos da RENAMO encarregados de garantir aquela segurança”.

Dhlakama capturado?

O partido Renamo através de Gilberto Chirindza, através da sua conta do Facebook, desmente informações, segundo as quais, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama fora capturado no inicio da tarde desta quarta-feira na Serra da Gorongosa.

Segundo Chirindza, não passa ainda de um boato, “asseguro-vos e confirmo que o presidente e líder da RENAMO Afonso Macacho Marceta Dlhakama esta vivo, de boa saúde e que não foi capturado”, anunciou aquele que é membro do Gabinete de Comunicação daquele partido.

Gilberto Chirindza não poupou a comunicação social, tanto Estatal como Privada “amantes da Paz e gente boa vontade, alguns lacaios têm aparecido em órgãos de comunicação social de Estado e Privados a dizerem coisas sem nexo”, acusou.

Esta informação da suposta detenção de Dhlakama surge num momento em que a situação em Marínguè que foi alvo de um ataque ontem pelo guerrilheiros da Renamo a um posto policial, está controlada pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.


Fonte: Folha de Maputo - 23.10.2013

Ministro da Defesa justifica ataque a "núcleo do terrorismo interno"

O ministro da Defesa de Moçambique justificou hoje o ataque do exército à base da Renamo com a necessidade de "desactivar núcleos do terrorismo" no país, apontando que o acampamento poderá ser transformado em quartel militar.
O líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, alguns dos seus colaboradores mais próximos e a sua guarda pessoal fugiram na segunda-feira do seu acampamento em Santungira, província de Sofala, centro do país, para lugar incerto, devido a um ataque do exército.

Mediador: Líder da Renamo exige fim de “perseguição militar” para retomar diálogo com o governo

A Renamo, principal partido da oposição, exige o fim da "perseguição militar" ao seu líder, Afonso Dhlakama, para o relançamento de negociações com o governo de Maputo, disse hoje um dos mediadores das negociações entre os dois lados.

Em declarações à imprensa, no final de um encontro com alguns dirigentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em Maputo, Lourenço do Rosário, que tem atuado como "intermediário" no processo negocial entre o principal partido da oposição e o governo, disse à imprensa que Afonso Dhlakama exige o fim da perseguição militar de que está alegadamente a ser alvo, para o reatamento das negociações com o governo.

O fim da paz!

EDITORIAL - SALOMÃO MOYANA


O descalabro do processo de diálogo entre o Governo e a Renamo, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, afinal de contas, esconde o desejo camuflado de recurso fácil à violência como forma de alcançar objectivos inconfessáveis, estando a nação moçambicana, neste momento, com pouquíssimas chances de continuar a garantir a paz e estabilidade política, o que terá reflexos na paralisação económica e social de um país que, nos últimos 21 anos, conheceu um franco desenvolvimento em vários sectores devido à prevalência da paz.

Desde a quinta-feira da semana passada que o Governo ordenou a concentração de enormes efectivos militares nos arredores de Santhunjira, a base onde se encontrava a residir o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, há, precisamente, 12 meses.

Liga dos Direitos Humanos critica ataque ordenado por Guebuza

À base de Sadjundjira

O comprometimento do chefe de Estado na manutenção da paz deve ir para além do discurso populista. É que não faz sentido que o presidente da República multiplique os seus slogans sobre a necessidade de diálogo para a paz, na mesma altura em que autoriza as tropas a recorrer à força das armas para impor autoridade sobre os homens da Renamo que se saiba confinavam-se apenas em Sadjundjira - Alice Mabota

Maputo (Canalmoz) – A Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH) diz encarar com “profunda preocupação e inquietação” a situação política e militar do País. Para a “Liga”, não faz sentido que o presidente da República, Armando Guebuza, faça apelos à paz e ao mesmo tempo ordene as Forças Armadas para atacarem, com armamento pesado, a base do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, em Sadjundjira.

terça-feira, outubro 22, 2013

Populares: Homens armados atacaram coluna militar em Muxúnguè

Homens armadas atacaram na tarde hoje uma coluna militar na região de Muxúnguè, distrito de Chibabava, em Sofala, centro, onde o Presidente, Armando Guebuza, efectua uma "presidência aberta", disseram à Lusa populares.
"Foi ao princípio da tarde, quando os militares escoltavam a última coluna de viaturas no troço Save-Muxúnguè, que uma viatura foi atacada a cerca de 10 quilómetros do rio Save. As pessoas que vinham na viatura atacada foram socorridas e não há feridos e nem vítimas", disse à Lusa Carlos Tadeu, um camionista.

Ataques representam uma declaração de guerra

Raúl Domingos
Antigo número dois da Renamo
“Penso que isto só pode significar início de um conflito armado, que era latente, mas que, neste momento, todos podemos confirmar que estamos numa situação de guerra. Uma guerra que poderia muito bem ser evitada se não fosse a falta de um diálogo sério, da intolerância política e de desejos inconfessáveis.”
Lutero Simango
Chefe da Bancada do MDM
“Qualquer violência gera outra violência e os moçambicanos não merecem viver neste ambiente de tensão militar e serem submetidos, novamente, a esta violência, porque sabemos qual é a consequência de uma violência armada e de imposições políticas.”

REAÇÃO CONSELHO CRISTÃO



Os ataques ocorridos hoje na base da renamo em sathungira representa vergonha para o os moçambicanos

" Em política nunca se sabe a verdade. Mas :

1-.Acho que não houve ataque! O que é bom para o governo pois não atacou. Mesmo se quer dar a entender que tem poder coragem para disciplinar o Dlhakama. 
2.- A RENAMO também não foi provocar como diz o governo. O que é bom para a RENAMO.
3.- A RENAMO sentiu-se encurralada estando sempre com militares a volta e achou melhor abandonar o local aparentemente desde o dia 19. 
4-. Os acordos de Roma, previam uma segurança pessoal armada para o Dlhakama. Portanto o argumento de que é anticonstitucional o Dlhakama andar com homens armados não é verdade! 
5-. Atacar bens e pessoas é anticonstitucional, se for a RENAMO é mau, só que como provar isso? Já ha anos atrás muitos ataques eram feito por soldados indisciplinados da FRELIMO e simulavam ser a RENAMO.
6-. O Governo (Frelimo) fez mal em dizer q atacou enquanto na realidade apenas ocupou o local abandonado. É mau porque o Dlhakama pode de novo arranjar a desculpa de que não ha segurança para ele e deve armar-se mais. 'A semelhança do que aconteceu em Nampula. Portanto nada de pânico! O diálogo e só o diálogo é a solução. Ninguém tem razão. Ninguém ganhou ou perdeu. E como no passado quando duas bestas lutam o capim é que sofre".

(Dr Philipe Gagnaux, in Jornal @Verdade - 22.10.2013)

Comando da PRM em Marínguè atacado esta manhã

Por suposto homens da Renamo

A vila sede do distrito de Marínguè, província de Sofala, foi alvo de um ataque registado ao amanhecer desta terça-feira, supostamente protagonizado por homens da Renamo, apurou o Canalmoz de fontes na província de Sofala.
O principal alvo dos atacantes, segundo fontes no terreno, foi o Comando Distrital da Polícia, local onde se encontra estacionada a Força de Intervenção Rápida (FIR) mas também foi atingido o edifício do Governo do Distrito de Marínguè. Ler mais

Renamo ataca posto policial no centro de Moçambique

Homens armados da Renamo atacaram esta madrugada um posto da polícia em Maríngue, centro de Moçambique, horas depois do aquartelamento do seu líder, Afonso Dhlakama, ter sido ocupado pelo exército.

O ataque foi descrito como "intenso" por uma fonte policial à Rádio Moçambique, tendo durado uma hora mas sem causar vítimas, ainda segundo a mesma fonte.

Em Maríngue, na serra da Gorongosa, localizou-se o quartel-general da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) durante os 16 anos de guerra civil (1976-1992) que quase destruíram o país.

Na segunda-feira, na mesma zona da Serra da Gorongosa, o exército tomou a base da Renamo de Sandjudjira, onde, desde há um ano, estava aquartelado o líder do agora principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, que se encontra em parte incerta, "mas bem de saúde", segundo disse o seu porta-voz

Fonte: @Lusa - 22.10.2013

Voz do Editor: Fórmula Savimbi

Chegam-me notícias da fuga de Dhlakama da sua base em Sathungira. Em casos desta natureza, a prudência desautoriza qualquer espécie de certeza, mas não consigo deixar de pensar que durante as negociações no Centro de Conferências Joaquim Chissano estava a ser urdido, ao mais alto nível, um esquema para acabar com o “pai” da democracia. Se, claro, compreendermos que a única pedra no sapato de Armando Guebuza, depois da sua incontestável vitória no congresso de Muxara, é Dhlakama.

A manutenção de Guebuza como “dono” da Frelimo e o poder que terá sobre o futuro Presidente de Moçambique permitir-lhe-á - enquanto líder do partido que manda no país - governar de acordo com o sal do seu próprio arbítrio. Aqui não é preciso lembrar que qualquer militante da Frelimo subordina-se ao Presidente do Partido. E Guebuza sabe, de ciência certa, que não deve correr o risco de ver o seu poder colocado em causa. Aliás, para evitar que Chissano estivesse acima do actual Presidente da República, Guebuza foi colocado na cadeira mais alta do partido. Situação que, como é previsível, não acontecerá com o futuro Presidente da República.  Ler mais

Comunicado de imprensa da RENAMO

ULTIMA HORA

Moçambicanas e moçambicanos, compatriotas residentes no pais e na diáspora, comunicamos, através dos órgãos de comunicação de massas, a operarem no pais, que hoje, segunda-feira, 21 de Outubro de, perto das 13 horas, o governo do partido Frelimo, usando comandos e artilharia pesada, atacou ao residência do presidente da RENAMO, Afonso Macacho Marceta Dhlakama, para o assassinar a sangue frio.
Neste momento em que vos falo, o presidente da RENAMO, o obreiro da democracia multipartidária, esta a ser fustigado por balas de armamento pesado, comprado a custa dos impostos dos moçambicanos.
Afonso Macacho Marceta Dhlakama, sexagenário, foi quem libertou este pais do jugo comunista e do sistema monopartidário, bem como trouxe a economia de mercado livre.

ÚLTIMA–HORA: Dhlakama abandona Santungira

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, acaba de abandonar Santungira e, neste momento, encontra-se em parte incerta.
Segundo informações, citando o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga à RDP-Africa, Dhlakama já terá abandonado a sua base.
A Folha de Maputo entrou em contacto com Fernando Mazanga através do seu celular pelo que o seu colega Gilberto Chirindza atendeu dando informações de conferencia de imprensa para reagir o sucedido em Santungira “meu irmão, não posso dar mais informações, Mazanga está a preparar para falar a imprensa, até já”, disse Chirindza.

Fonte: Folha de Maputo - 21.10.2013

Forças Governamentais atacam Sadjundjira

ÚLTIMA HORA* ÚLTIMA HORA* ÚLTIMA HORA*


“Este ataque é para a Renamo uma declaração oficial de guerra” – Jeremias Pondeca, membro da Renamo


Maputo (Canalmoz) - Iniciou há minutos o ataque a Sadjundjira, a base da Renamo onde oficialmente se encontra o líder da Renamo. Segundo informou ao Canalmoz, o membro sénior da Renamo e um dos integrantes do partido às conversações com o Governo, Jeremias Pondeca os ataques são conduzidos pelas forças conjuntas do Governo (Forças Armadas de Defesa de Moçambique – FADM e Força de Intervenção Rápida - FIR) a partir do posto Administrativo de Vunduzi. Ler mais

Igrejas apelam ao diálogo

As igrejas moçambicanas estão preocupadas com o agudizar da tensão militar no centro do país e exigem dos dirigentes políticos, medidas mais sérias para acabar com o terror que já resultou na morte de dezenas de pessoas, entre militares e civis, apenas neste ano.


Falando nesta sexta-feira em Maputo, na sequência dos confrontos de ontem, que resultaram na morte de pelo menos duas pessoas em Gorongosa, Dom Dinis Sengulane, bispo da Igreja Anglicana classificou de intolerável o ambiente vivido no país.
"A situação que se vive hoje é totalmente inaceitável, intolerável e desnecessária e tentar ficar onde nós estamos é muito mau" disse o bispo.

Dhlakama cercado pelas FADM com tanques e armas pesadas

Os militares dizem que receberam ordens para atacar com todos os meios a base de Dhlakama, caso a Renamo volte a protagonizar ataques na região de Gorongosa ou em qualquer outra parte do país.

domingo, outubro 20, 2013

MARCO DO CORREIO por Machado da Graça

Olá Ricardo

Como estás de saúde? Do meu lado tudo bem, felizmente.

E, como se costuma dizer, sempre a aprender.

Vê lá tu que eu, com a idade que já tenho, sempre acreditei que, num país, as forças armadas serviam para enfrentar inimigos externos e a polícia para resolver problemas internos. Mas, pelos vistos, estava redondamente enganado, a avaliar pelas declarações do nosso Ministro da Defesa, citadas pelo Magazine Independente.

Segundo aquele jornal, Filipe Nyussi garantiu que as forças armadas estão-se a preparar para garantir a realização das eleições municipais de 20 de Novembro. Disse mesmo que os votantes poderão ir exercer o seu direito sem medo porque a sua segurança estará garantida.

Ora eu não tenho conhecimento de que haja alguma potência estrangeira interessada em impedir a realização do acto eleitoral. Portanto, a preparação dos militares está virada para combaterem outros moçambicanos, no interior das nossas fronteiras.

Mas, já que estamos a falar de funções de diferentes estruturas, houve outras coisas interessantes nas declarações do Ministro. Uma delas foi, e cito o jornal, “está em curso um trabalho de envolvimento do sector privado na protecção do mar, do espaço e da terra”.

Ora isto é levar o capitalismo até onde não creio que nenhum outro país já chegou. Entregar tarefas da Defesa a entidades privadas não passa pela cabeça de ninguém, nem na capitalistíssima América.

– FADM NÃO ATACARAM HOMENS ARMADOS DA RENAMO- CHUME

'Gostáriamos de dizer que essas informações são falsas e pensamos que têm o objectivo de lançar confusão no meio da comunidade moçambicana”, afirmou hoje, em conferencia de imprensa, em Maputo, o Director Nacional da Política de Defesa, no MDN, o Coronel Cristóvão Chume.

Segundo Chume, as informações em causa não correspondem a verdade e pretendem retirar o crédito às FADM e ao Governo.

Chume disse ainda que os homens armados da Renamo é que atacaram, por duas vezes, (por volta das 16 horas e às 22 horas desta Sexta-feira) uma sub-unidade das FADM, na zona próxima do quartel de Satunjira.

sábado, outubro 19, 2013

Carvalho Muária

“O crime faz parte do desenvolvimento”, disse o ministro do Turismo, Carvalho Muária. A justificação de um alto quadro do Governo deixou os nossos leitores agastados. É que, dizem, se o crime faz parte do desenvolvimento a letargia da Polícia da República de Moçambique só pode fazer parte do retrocesso. “Um dirigente não pode brincar com a inteligência das pessoas. O que passa, com essa afirmação, é a ideia de que o Governo é incapaz de combater o crime e arranjou um desculpa para se eximir da sua responsabilidade. Patético”, diz um dos nossos leitores assíduos. Outro acrescenta: “essa justificação absurda é digna de um Xiconhoca”.

Fonte: @verdade - 18.10.2013

Efraime Macitela

A expulsão de Diamantino Miranda, depois da divulgação de uma gravação feita sem o seu consentimento, coloca em maus lençóis os profissionais de comunicação que enveredaram por atitude tão torpe. Os nossos leitores, frise-se, estão cobertos de razão pela escolha. “As lágrimas daquele homem não podem ser de crocodilo, elas escondem a raiva pelo acto pouco profissional de jornalistas que se vendem por um prato de sopa”, diz um leitor descontente. “O Sindicato Nacional de Jornalistas devia agir ou fazer alguma coisa”, diz outro. Nós concordamos, pois achamos que a atitude é realmente digna de Xiconhocas.

Fonte: @verdade - 18.10.2013

Ministério da Defesa nega ataque à periferia de Sadjundjira

Maputo (Canalmoz) - Um dos porta-vozes do Ministério da Defesa Nacional (MDN), Cristóvão Chume, apareceu esta noite na televisão pública a negar que tenha havido ataque em postos avançados da Renamo em Sadjundjira. 
As palavras de Chume contrariam informação confirmada por diversas fontes desde membros da Renamo, deputados da mesma bancada e jornalistas independentes. Ler mais

Ultimas (Canal de Moçambique)

As forças governamentais estão a impedir a saída de membros da Renamo que vivem em Maputo e noutros pontos do País, que se tinham deslocado a Sadjundjira para celebrar os 34 anos da morte de André Matade Matsangaissa, o primeiro presidente da organização a quem sucedeu Afonso Dhlakama.
Jeremias Pondeca, que está em Mucodza retido pelas forças governamentais, disse há momentos em contacto telefónico com Canalmoz que "as forças militares não nos deixam sair".
"Estabeleceram fronteira e não deixam sair nem entrar ninguém, incluindo a população local", disse Pondeca momentos antes da sua chamada ser interrompida por um oficial da Polícia que lhe disse e nós ouvimos que não podia falar ao telefone.
A polícia não deixa sequer as pessoas falarem ao telefone. ler mais

Cessaram ataques a Sadjundjira mas ainda não há rescaldo

Maputo (Canalmoz) - Na manhã de hoje, depois das forças militares do Governo terem atacado a base central da Renamo em Sadjundjira, no distrito de Gorongosa onde se encontra Afonso Dhlakama, a situação no terreno era descrita como tendo voltado à "normalidade".

Rahil Khan, membro sénior da Renamo, disse há momentos ao Canalmoz ter recebido esta manhã de sábado informações de Gorongosa de que depois do ataque da tarde de sexta-feira das forças governamentais à base central da Renamo, "o ambiente voltou a normalizar-se".
"O ataque foi à distância. Vários obuses foram lançados para a base onde se encontra o presidente Dhlakama, mas não temos o registo do rescaldo, dado que os contactos que tentámos manter esta manhã foram dificultadas com frequentes cortes" disse Rahil Khan. Ler mais

Se Samora ressuscitasse

Se ele (Samora Machel) só viesse para visitar, ficaria decepcionado. Se ele viesse para impor ordem, diria que vamos acabar com com estas coisas, mas, no sentido de impedir a exploração desses recursos. Os recursos existem, são nossos e devem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país. Agora, o que ele diria é que temos que dirigir esse processo de tal maneira que o povo inteiro não sofra e uma pequena minoria beneficie” – Jorge Rebelo, in SAVANA, 19/10/2013.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Renamo e populares falam em ataque à base de Dhlakama no centro

O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, denunciou hoje um ataque à base onde se encontra Afonso Dhlakama, líder do principal partido da oposição, na Serra da Gorongosa, centro de Moçambique.
"O presidente Dhlakama está a ser atacado neste momento na sua base", escreveu Mazanga, numa mensagem por sms, enviada à Lusa, às 16:22 (15:22, em Lisboa).

Forças governamentais estão a "atacar com armas pesadas" postos avançados dos homens da Renamo

Última Hora:
Maputo (Canalmoz)- Confirmado! Forças governamentais estão a "atacar com armas pesadas" postos avançados dos homens da Renamo nas nas imediações da base deste partido, em Sadjundjira, onde se encontra o líder da Renamo.
A deputada da Assembleia da República pela bancada parlamentar da Renamo, Ivone Soares acaba de confirmar a poucos minutos o ataque.
Ivone Soares está de regresso à Maputo, ido de Sadjundira onde ontem participou nas cerimónias de mais um aniversário da morte de Andre Matsangaisse que coincidiu com o primeiro ano de regresso de Afonso Dhlakama à base.
A deputada disse estar "indignada com o ataque militar contra um partido político" e contou que ela mesma foi proibida de abandonar a zona de Sadjundjira pelo comando militar, apesar de ter imunidade como deputada e gozar de direito de protecção especial como deputada. A deputada acabou sendo liberada a passar mas o ataque está confirmado. (Redacção)
(Notícia em actualização aqui)

Forças Armadas e guerrilheiros da Renamo voltam matar-se na Gorongosa (canalmoz)

Governo e Dhlakama com versões diferentes sobre confrontos de ontem em Mucodza

Maputo (Canalmoz) – A tensão militar que se vive em Gorongosa está longe do fim. O Ministério da Defesa Nacional disse ontem que abateu dois homens da Renamo e prendeu um, em resultado de uma emboscada que uma coluna das FADM sofreu na estrada que liga Sadjundjira à Vila da Gorongosa (ex-Vila Paiva). Mas a Renamo tem outra versão, e diz que os seus homens, foram atacados em Mucodza quando se encontravam a celebrar a passagem do 34.o aniversário da morte de André Matsangaisse, o fundador da Renamo. Diz a Renamo que ao reagirem terão infringido baixas à força conjunta das FADM/FIR, de mais de sete homens.

O próprio presidente da Renamo Afonso Dhlakama, disse em exclusivo ao Canalmoz a partir de Sdjundjira, que foram as FADM que atacaram em Mucodza e foi informado pelos militares da Renamo que as forças governamentais perderam “sete ou mais homens”.
Dhlakama fez questão de nos frisar que nos falava na qualidade de “presidente do partido e não como comandante militar para falar de assuntos militares”. Disse-nos que “tem sido hábito”, as forças governamentais fazerem “provocações sempre que há algum evento da Renamo e desta vez voltaram a fazer o mesmo”. Ler mais

Jorge Rebelo em grande entrevista

Jorge Rebelo afirma estar decepcionado com a Frelimo actual

“A Frelimo de hoje não aceita a crítica e muito menos fazer auto-crítica”


Visto por muitos como uma das últimas reservas morais do movimento de libertação, Jorge Rebelo diz em entrevista ao SAVANA que está decepcionado com a Frelimo actual, mas reconhece que neste momento não vê alternativas. Eterno admirador de Samora, Rebelo, um dos fundadores da Frelimo, onde foi o temido secretário do trabalho ideológico, afi rma que se o proclamador da independência de Moçambique voltasse não fi caria contente com a situação que se vive nopaís. Lamenta o facto de actualmente o país estar infestado de lambebotas, porque, segundo ele, as pessoas são escolhidas na base da sua capacidade de lamber as botas do chefe.
Numa conversa amena, onde a ideia era falar do legado de Samora (amanhã, sábado, passam 27 anos após a sua morte), Rebelo aceitou abordar o tema de sucessão na Frelimo e defende que não há necessidade de reuniões dos órgãos do partido (Comité Central e reunião nacional de Quadros) “porque hoje já há um pensamento comum”. O tema sobre as críticas dirigidas directamente a alguns colaboradores de Samora nalguma imprensa em que os apelida de “revolucionários da desgraça” foi incontornável.


Nota: ver o Savana de hoje (18.10.2013), edição nr 1032

Os recados de Dhlakama

O líder da Renamo falou ontem ao país a partir do seu quartel-general, perante centenas de membros idos de todas as províncias e jornalistas dos principais órgão de informação

A Renamo celebrou ontem a passagem dos 34 anos após a morte de André Macate Matsangaissa e de um ano desde que Afonso Dhlakama está instalado em Santungira. Centenas de membros daquele partido provenientes de todas as províncias reuniram-se na chamada Academia Política de Santungira para celebrar a ocasião com actividades culturais e ouvir o discurso do seu líder.

Afonso Dhlakama, diferentemente das ocasiões anteriores, apareceu com um discurso apaziguador e disse que jamais promoverá guerra no país e que os incidentes deste ano foram apenas para responder a ataques do governo e mostrar que ainda tem capacidade para responder militarmente às provocações.

Dhlakama exigiu que o governo acabe com as escoltas policiais, até próxima segunda-feira, no troço Muxúnguè-Rio Save e vice-versa ao longo da Estada Nacional número Um. é que segundo afirmou, as escoltas em causa não fazem sentido, porque já havia dito que não iria mais atacar viaturas e, se assim o disse, nenhum militar da Renamo ousaria contrariá-lo.

Afonso Dhlakama, que promete combater a partidarização do Estado, afirmou que “não basta que alguém tenha lutado ao meu lado para ser ministro, tem de merecer intelectual e tecnicamente” .

Na ocasião, o líder da “Perdiz” chamou Rahil Khan, um dos membros do seu partido, para apresentá-lo aos presentes como exemplo de quem está a sofrer e perdeu muitas oportunidades só por ser membro da Renamo. “São pessoas como esta que são marginalizadas no nosso país. essas pessoas são perigosas, porque, se houver centenas dessas pessoas ‘stressadas’ e sem oportunidades, elas não terão nada a perder com a guerra. por isso, temos que combater isso e dar oportunidades a todos”, disse Dhlakama.

Fonte: O País online - 18.10.2013

Terror em Gorongosa!

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e os homens armados da Renamo confrontaram-se ontem, acerca de 20 quilómetros de Santungira, local onde está aquartelado o líder da “Perdiz”, Afonso Dhlakama. O ataque aconteceu por volta das 12h30, exactamente na altura em que centenas de membros da Renamo estavam a celebrar a passagem dos 34 anos da morte do seu fundador, André Matsangaissa, exactamente em Gorongosa.

As FADM dizem que o primeiro tiro foi dado pelos homens da Renamo, quando viram uma coluna composta por seis viaturas do exército levando consigo muitos militares, tendo atacado o que transportava uma arma pesada. As Força Armadas de Defesa e Segurança responderam ao fogo, o que resultou em dois mortos do lado da Renamo, seis detidos, destruição da sub-base da Renamo e respectiva ocupação. Informações colhidas no local indicam que do lado das forças governamentais não houve qualquer baixa, senão seis feridos.

Os militares fizeram questão de exibir à imprensa os cadáveres dos dois homens abatidos e os seis detidos da Renamo. Estranho, no entanto, é que, quando os jornalistas, incluindo a nossa equipa de reportagem, saíam de Santungira em direcção à vila de Gorongosa, foram interceptados por militares que impediram que continuassem a marcha e foram levados para a base das FADM, que dista cerca de cinco quilómetros da base central da Renamo. Mas, minutos depois, chegou ao local uma viatura que, aparentemente, transportava feridos ou cadáveres e só depois disso é que as FADM levaram os jornalistas para o local onde houve ataque. Depois, os militares acompanharam os jornalistas até à vila do distrito de Gorongosa, onde exibiram os detidos e os cadáveres dos dois homens da Renamo.

As Forças de Defesa e Segurança interditaram a circulação de viaturas e pessoas ao longo da estrada que dá acesso à base do líder da “Perdiz” e prometem restringir, nos próximos dias, o acesso a Santungira, bem como a movimentação dos membros da Renamo.

Fonte: O País online - 18.10.2013

quinta-feira, outubro 17, 2013

Forças governamentais atacam posições da Renamo em Mucodza

Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FADM) e agentes das Forças de Intervenção Rápida (FIR) atacaram uma posição de homens armados da Renamo, cerca das 13 horas desta quinta-feira (17), - data em que a "perdiz" recorda os 34 anos da morte do seu fundador, André Matsangaíssa -, na região de Macodza, a cerca de 7 quilómetros da vila-sede do distrito de Gorongosa, na província central de Sofala. Há registo de vítimas mortais e feridos em ambos lados.

Exército moçambicano abateu hoje dois homens da Renamo numa "emboscada"

O Ministério da Defesa Nacional de Moçambique (MDN) afirmou hoje que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) "abateram" dois homens armados da Renamo, principal partido da oposição, no centro do país, em resposta a uma "emboscada".

Em conferência de imprensa, o diretor Nacional de Política de Defesa no MDN, Cristóvão Chume, disse que as mortes aconteceram no distrito de Gorongosa, centro de Moçambique, quando elementos armados da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique), "emboscaram" militares que faziam um trabalho de rotina na área.

ULTIMA HORA ULTIMA HORA FOGO EM VUNDUZI ,GORONGOSA. HA REGISTO DE MORTOS E FERIDOS.

Por Brito Simango


FORCAS ARMADAS DE DEFESA DE MOCAMBIQUE ATACAM POSICAO DA RENAMO NA REGIAO DE MUCODZA, NAS IMEDIACOES DO POSTO ADMINISTRATIVO DE VUNDUZI, EM GORONGOSA, PROVINCIA DE SOFALA.HA MORTES E FERIDOS.O ATAQUE OCORREU AS DOZE HORAS DE HOJE, 17.10.2013.FONTES OFICIAIS REFEREM QUE O ATAQUE VISAVA DESACTIVAR O POSTO DE CONTROLE MONTADO PELA RENAMO NA REGIAO DE MUCODZA.



Fonte: mural do Brito Simango - 17.10.2013




FRELIMO suspeita de manipular media moçambicana antes das eleições


Em Moçambique, com a aproximação das eleições autárquicas (20.11.), exonerações nos media e imposição de uma suposta lista de comentadores da FRELIMO agitam a opinião pública. E boa parte da imprensa critica as medidas. 

Supõe-se que a substituição de jornalistas e de líderes de alguns meios de comunicação estão a acontecer para que os seus substitutos falem a favor da FRELIMO, o partido no poder. A DW África entrevistou Tomás Vieira Mário, jornalista e analista político moçambicano sobre este novo quadro que se vive no seu país.


DW África: Como vê as exonerações que ocorrem ao nível da comunicação social em Moçambique?

Miséria chamada partido Frelimo!

Se alguém tinha dúvidas sobre o instinto calamitoso do partido Frelimo e da sua propensão para o crime, o porta-voz da Frelimo, Damião José, tratou de decepar essas dúvidas. A reacção de solidariedade e aposta do partido Frelimo num delinquente de provas dadas é, no mínimo, esclarecedora da linha de orientação política de um partido que aposta muito seriamente em individualidades de comportamento duvidoso.

Enquanto a nível da opinião pública, o escândalo do candidato da Frelimo em Moatize, Carlos Portimão, o tal que foi apanhado em flagrante delito a subornar a procuradora local Ivânia Mussagy, está a causar enorme preocupação, a nível do partido Frelimo, o caso está a ser tratado como exemplo de heroicidade e entrega à causa do grupo.

Polícia prende delegado político e candidatos à Assembleia Municipal do MDM

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gaza deteve na noite da última quarta-feira o delegado político e outros três membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), no município da Macia.

Três dos quatro detidos são candidatos à Assembleia Municipal local.

Os presos são acusados de terem agredido três membros do partido Frelimo em retaliação à invasão protagonizada por aqueles à sede da Delegação Política do seu partido, naquele município.

Entretanto, A PRM na Macia já transferiu, da esquadra policial para a cadeia, os presos.

MDM acusa STAE de querer dispersar votos na Gorongosa

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política, acusou o Secreta­riado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) na Gorongosa, Sofala, centro de Moçambique, de transferência de uma mesa de voto, sob proposta do Governo, para “dispersar” eleitores.

Em declarações à Lusa, Daniel Massasse, do MDM, disse que o STAE “validou” uma proposta da Frente de Libertação de Mo­çambique (Frelimo, no poder), através do governo local, para transferir as assembleias de voto da EPC 3 de Fevereiro para EPC 1.º de Maio, num “flagrante pro­tagonismo político”.
“As pessoas foram se recensear na EPC 3 de Fevereiro e, chega­da a altura de votação, devem procurar as suas assembleias de voto num outro lugar, porque al­guém decidiu transferir a mesa. Isso vai baralhar os eleitores, e, claro, favorecer o proponente”, disse à Lusa Daniel Massasse, também candidato do MDM à autarquia de Gorongosa.

Fonte: O País online - 17.10.2013

quarta-feira, outubro 16, 2013

A nova situação política de Moçambique e os seus reflexos sobre a liberdade de imprensa

Luca Bussotti


O Congresso de Pemba e o fim do Político em Moçambique

Quando o Embaixador espanhol, no dia seguinte ao despedimento, por parte do grupo privado SOICO, do chefe da informação, Jeremias Langa, de visita às instalações do mesmo grupo, elogia Moçambique como um país em que domina o pluralismo e a liberdade de informação, ficou claro que a luta pelo retorno duma democracia mais efectiva e menos autoritária tem que ser desempenhado apenas ao nível interno, sem contar com a contribuição dos supostos doadores e da comunidade internacional.

O episódio apenas referido representa o último de uma série que está abalando o mundo político e, de reflexo, a comunicação social em Moçambique. Esta aceleração começou com o Congresso de Pemba por parte da Frelimo, em Setembro, e desaguou numa mudança que já não diz respeito apenas ao partido no poder, mas sim a toda a sociedade moçambicana. Ela pode ser resumida com a seguinte expressão: passou-se duma concepção do poder "diluído" (ou seja, nas mãos das várias alas da Frelimo) a uma de poder "concentrado" (ou seja, nas mãos do actual Presidente da república, Armando Emílio Guebuza, e da restrita elite a ele fiel).

No Congresso de Pemba, Guebuza conseguiu afastar todos os seus supostos opositores internos, empurrando as organizações de massa controladas pela Frelimo do seu lado. Daquela que reune os jovens (OJM) aquela das mulheres (OMM) aos Antgos Combatentes. Personagens relevantes, tais como Luísa Diogo e Manuel Tomé, foram afastados do Comité Político do partido, assim como ministros de peso, a partir do antigo primeiro, Aires Alí, passando por muitos outros e, por último, pelo Ministro dos Transportes, Zucula, cairam estrondosamente e repentinamente, sem uma explicação política clara.  Ler mais