(Maputo) O reinicio dos trabalhos da Assembleia da República (AR), marcado para hoje, poderá trazer à ribalta a discussão sobre a bandeira nacional. É que nas últimas cerimónias do Estado na Praça dos Heróis, as bandeirinhas da República que foram distribuídas ao público ostentam no verso o “batuque e a maçaroca”, símbolos do partido Frelimo que tem a sua sede na Rua Pereira do Lago, nome de um ex-Governador Geral da Colónia de Moçambique. Quem levantou esta questão foi Raúl Domingos, antigo número 2 da «Perdiz», e actual líder do Partido para Paz e Desenvolvimento (PDD), no “baptismo” da CIP (Centro de Integridade Pública). Domingos trazia com a ele a bandeira, bem guardada numa agenda, e desconfia que as mesmas estejam a ser reproduzidas com fundos dos contribuintes deste País.
“Desde as celebrações dos 30 anos de independência, até nas cerimónias do dia 3 de Fevereiro que venho notando isto. Esta bandeira é da República ou é da Frelimo? Com que dinheiro isto é feito? Não estarão a usar fundos públicos?” - indagou o líder do PDD, acrescentando deste modo mais um dado para ser investigado e um desafio às autoridades competentes sobre o fenómeno da corrupção ao nível do Estado e do Governo.
A chefe da bancada da Renamo, Maria Moremo, que participou do debate, no fim da sessão em que Raúl Domingos fez a denúncia – e não o podia ter feito em local mais adequado – solicitou ao líder do PDD alegadamente para levá-la à «Casa do Povo» onde é suposto discutirem-se os grandes temas nacionais para além de ali se fazerem leis. “Eu ainda não tinha visto que isso está a acontecer”, admitiu Maria Moreno. Ela promete mostrar aos moçambicanos a constatação de Domingos: “Vou levar a bandeira do Estado/Frelimo ao parlamento para discussão” (Luís Nhachote)
Fonte: Canal de Mocambique, 2006-03-01 00:18:00
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