O Presidente Filipe Nyusi reuniu-se hoje, em Maputo, com Daviz Simango, Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), tendo como agenda os últimos desenvolvimentos do processo de paz, no país.
Falando momentos após o encontro, Simango disse, a jornalistas, ser importante que o MDM esteja a par dos passos que tem sido dados e, particularmente, compreender melhor as iniciativas levadas acabo pelo Chefe do Estado moçambicano sobre este processo.
O encontro, segundo o líder da segunda maior força política da oposição com representação parlamentar, serviu de oportunidade para de uma forma clara e directa sabermos dos contactos que o Chefe de Estado tem mantido com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Até soubemos que teve mais um contacto esta manha, afirmou Simango.
Olhamos para isso com muita satisfação porque como partido político com representação parlamentar temos que nos comunicar com os moçambicanos sobre o processo, disse Simango.
Sublinhou que no mesmo encontro foi informado sobre os passos que estão a ser dados e sobre o que vai acontecer nos próximos tempos. Ficou acordado que periodicamente teremos oportunidade de, em primeira mão, acompanharmos, por perto, as iniciativas do Presidente da República.
A nossa preocupação é com acordos a dois que não constituem a forma justa e mais correcta de representar os interesses dos moçambicanos, disse Simango.
Durante a audiência, segundo Simango, ficou claro que todo o processo vai desaguar na Assembleia da República, o parlamento moçambicano, o mais alto órgão do poder legislativo no país.
Cabe a nós, partidos políticos, acompanhar de perto as iniciativas do Chefe de Estado para que quando o processo chegar ao parlamento, estejamos na posse de informação necessária para melhor contribuirmos no processo, afirmou.
Segundo Simango, esta é uma janela que se abre para que o MDM possa apresentar as suas contribuições de forma directa e permitir que a voz deste partido possa ser ouvida.
Um entendimento entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, culminou com o prolongamento da suspensão das hostilidades para dois meses, depois de uma trégua de sete dias.
Há mais de quatro anos que o Governo e a Renamo dialogam para acabar com as hostilidades militares no país.
O diálogo vai reiniciar brevemente para discutir assuntos militares e descentralização do país.
Fonte: AIM – 13.02.2017
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