Eu estava
acompanhando o jornal da noite da STV de hoje, 13.01.2017, em que a Renamo pede
a criação de inquerito para averiguar as provocações pelas forças de defesa e
segurança às tréguas declaradas pelo PR e Presidente da Renamo, uma comissão em
que se inclui todos os partidos políticos e toda a sociedade e todos os
interessados na manutenção da paz.
A questão é como é
que os outros partidos políticos, a sociedade civil e outros interessados na
paz em Moçambique saberão definir a violação de tais supostos acordos de
tréguas se não participaram nem testemunharam dos acordos entre Filipe Nyusi e
Afonso Dhlakama.
Desde há muito
defendi que devia ter sido a iniciativa da Renamo e ela a defender a
participação dos outros partidos políticos e a sociedade civil nas negociações
de paz para que os acordos sejam válidos.
A minha pergunta é
se a Renamo já entendeu a essência da participação de todos os partidos
políticos, sociedade civil e todos interessados pela paz em Moçambique? E
porquê a Renamo se deixa enganar pelo veneno da Frelimo?
Nota: A Renamo é
como aqueles velhos que não plantam coqueiros porque segundo os seus cálculos
nunca comerão cocos dos mesmos. A Renamo lutou pela democracia e muitos de nós
reconhecemo-la nisso, mas aliar-se aos monopartidaristas com o medo do
multipartidarismo é condenar-se a si própria.
Desde há muito que
eu disse que um dia a questão de inclusão no diálogo sobre a paz será feita
como uma iniciativa genuína da Frelimo se a Renamo insistir em ver-se
importante ao estar a sós com a Frelimo.
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