O partido islâmico Ennahda (no poder) rejeitou, ontem, a proposta do primeiro-ministro tunisiano, Hamadi Jebali, de dissolver o governo e criar um executivo tecnocrata, numa tentativa de restaurar a calma após a morte de um líder da oposição. “O primeiro-ministro não perguntou a opinião do seu partido”, disse Abdelhamid Jelassi, vice-presidente do Ennahda.
“Nós, do Ennahda, acreditamos que a Tunísia precisa de um governo político agora. Vamos continuar as discussões com outros partidos sobre a formação de um governo de coligação”, acrescentou.
Jebali anunciou, quarta-feira, que ia dissolver o governo após a morte do líder secular da oposição Chokri Belaid, em frente da sua casa em Tunes, ter despertados protestos por todo o país. Entretanto, o líder do Partido republicano (centro) tunisiano, Ahmed Nejib Chebbi, declarou esta quinta-feira, em Paris, que figurava “numa lista de personalidades a assassinar” e que beneficiava de uma protecção oficial, numa entrevista à rádio francesa RTL.
“Estou ameaçado. O ministério do Interior informou-me, oficialmente, há cerca de quatro meses, que constava de uma lista de personalidades a assassinar. O presidente da República deu-me um guarda desde há três ou quatro meses”, declarou Chebbi, opositor histórico no governo de Ben Ali e, actualmente, chefe de um partido centrista oposto aos islamitas no poder.
Fonte: O País online - 08.02.2013
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