Prisão de Bakhir baseou-se em matéria de elevado valor investigativo - PRM

A Polícia da República de Moçambique (PRM) vai respeitar a soltura, pelo tribunal, do empresário Bakhir Ayoob, porém reitera que a acção da corporação que culminou com a sua detenção baseou-se em matéria de  elevado valor investigativo.

O empresário, ora em liberdade, foi detido pela polícia no dia 21 de Setembro último, em sua residência em Maputo, suspeito de ser o mandante da onda de sequestros que se registavam na cidade, tendo até sido levado ao Comando da Força de Intervenção Rápida (FIR).

Volvidos nove dias, a juíza de Instrução Criminal da província de Maputo, Helena Mateus Kida, ordenou (Segunda-feira) a restituição da liberdade ao empresário, pois entende não haver provas para sustentar a acção policial de manter Ayoob sob custódia.

Leia aqui: Juiza manda soltar empresário Bakhir Ayoob

O porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, que se escusou de comentar a decisão do tribunal, disse hoje em Maputo no habitual briefing à imprensa que a corporação trabalhou devidamente e em estrita observância das normas.

“Nós respeitamos a avaliação feita pelo tribunal”, disse Ele, reafirmando que “a detenção do empresário foi resultado de muitos meses de seguimento e não um lapso”.

Cossa indicou, porém, que a soltura do empresário não colocará ponto final as detenções que a PRM vem efectuando para acabar com os sequestros.

Para a detenção do empresário, a corporação, segundo a fonte, teve inclusive a colaboração de alguns dos detidos no processo de busca de evidências que permitissem estabelecer uma ligação com as investigações da polícia.

Todavia, a polícia continuará a realizar o seu trabalho na esfera de investigação policial, com vista a travar estas (sequestros) e outras formas de manifestação criminal que atentam contra a ordem e tranquilidade pública.

Fonte: RM/AIM - 02.10.2012