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quarta-feira, agosto 31, 2016

Eleições tipicamente africanas

Nota introdutória Ala nyu kanamuru (esta gente não tem vergonha) – Salvador Maurício

Gabão/Presidenciais: Comissão Eleitoral valida reeleição de Bongo



Em Haut-Ogooué, bastião da etnia Téké dos Bongo, Ali Bongo Ondimba obteve 95,46 porcento dos sufrágios, com uma participação de 99,93 porcento para 71 mil e 714 inscritos.
Esse resultado permitiu ao presidente cessante sair vitorioso com 49,80 porcento a nível nacioal, contra 48,23 porcento para o seu rival Jean Ping, com uma taxa de participação de 59,46 porcento, de acordo ainda com esses documentos provisórios.
Isso, representa uma diferença de cinco mil e 594 votos a favor de Bongo perante Ping sobre os 627 mil e 805 eleitores inscritos para a eleição presidencial que se desenrolou sem quaisquer incidentes.



Esta gente não tem vergonha mesmo.

Fonte: Angola press - 31.08.2016

E se A Dilma Rousseff fosse africana ou moçambicana?

E se a Dilma Rousseff fosse Presidente de um dos muitos países africanos e ou particularmente de Moçambique?
Tenho dito que muitos governantes de países lá ou cá fora têm inveja dos nossos governantes em África e em particular em Moçambique.
A Dilma Rousseff foi condenada por crimes de responsabilidade fiscal e por ter contraído empréstimos sem autorização do Congresso Nacional.

Ora, em Moçambique com empréstimos escondidos e sem autorização da Assembleia da República, empresas fantasmas como EMATUM, MAM, PROINDICUS, ainda mais com o hipotecário da soberania nacional??? A Dilma só pode estar a invejar Moçambique.

Dilma Rousseff impugnada

 Senadores votaram 61 contra 20.
O Senado brasileiro aprovou nesta quarta-feira, 31, por 61 votos a favor e 20 contra a impugnação da Presidente brasileira Dilma Roussef.
Ela foi condenada por crimes de responsabilidade fiscal e por ter contraído empréstimos sem autorização do Congresso Nacional.
A decisão foi tomada na primeira votação do julgamento final do processo.
A pedido de senadores aliados de Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, decidiu realizar duas votações, uma sobre a cassação do mandato e outra sobre a sua inelegibilidade para cargos políticos até 2027.
A segunda votação ainda não foi realizada, mas o resultado deve ser idêntico ao da primeira.
Ainda hoje, oficiais de Justiça notificarão a ex-Presidente e o Presidente em exercício sobre o resultado do julgamento e Michel Temer deve ser empossado Presidente da República ainda nesta quarta-feira, em sessão do Congresso Nacional que será realizada no plenário da Câmara dos Deputados.

Críticas aos opositores dominam celebrações dos oito anos do MDM

O presidente do MDM, Daviz Simango, voltou a criticar o Governo e a Renamo, por alegadas responsabilidades pela actual tensão política e militar que o país atravessa e apelou aos moçambicanos a unirem esforços no trabalho para o país sair das crises em que se encontra.
As críticas foram lançadas na Cidade da Beira durante a celebração do oitavo aniversário desta formação política, que foi assinalado no passado domingo, 28 de Agosto, dia da fundação do MDM, e que também é conhecido, no seio deste partido, como o dia de revolução.
“Já prevíamos que caso a Frelimo continuasse no poder ou a Renamo ascendesse ao mesmo, haveria guerra no país e de facto ela existe, mesmo que tentem desmentir. É que tanto a Frelimo, assim como a Renamo são dois partidos intolerantes e que pensam apenas nos seus interesses e não na nação. É importante que parem as matanças por razões meramente políticas. Há espaço para todos num país tão vasto como o nosso” criticou o líder do segundo maior partido da oposição. Simango, que falava num comício popular, afirmou que tanto o Governo, assim como a Renamo gastam milhões para comprar armas, simplesmente para matar compatriotas. Perante a actual situação de confrontação armada, o líder do MDM lançou apelos para o Governo e a Renamo apostarem num diálogo sério, para encontrar uma paz efectiva no país.

Ministério Público Brasileiro pede a condenação do publicitário do MPLA

A força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato pediu hoje ao juiz Sérgio Moro a condenação do publicitário João Santana e da mulher dele, Mônica Moura, em uma das ações penais da operação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Nas alegações finais apresentadas ao juiz, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o casal confessou que recebia recursos não contabilizados por serviços prestados em campanhas eleitorais.
“Observa-se da conduta desses réus, bem como dos demais, o desdém perante as instituições e as regras vigentes na sociedade, comportando-se como se estivessem acima delas, as regras, suplantando, sem qualquer remorso, a esfera do público, da coisa pública, do interesse social por seus mais egoístas interesses pessoais”, argumentou o MPF.

segunda-feira, agosto 29, 2016

“Cabe ao Governo e à Renamo convidarem a sociedade civil e os partidos políticos”

Mario Raffaelli sobre inclusão de outros intervenientes nas negociações

Mario Raffaelli, chefe da equipa dos mediadores internacionais nas negociações entre a Frelimo e a Renamo, disse, na semana passada, em Maputo, que compete às partes envolvidas no processo convidar organizações não-governamentais [geralmente apelidadas de “sociedade civil”] e os partidos políticos para darem as suas contribuições para a proposta de legislação sobre a descentralização, que está a ser preparada na Comissão Mista.

Há muito que se vem falando do envolvimento de outros sectores da sociedade no processo. Mario Raffaelli respondia a uma pergunta sobre quando seriam chamadas organizações não-governamentais para participarem na mesa das negociações e afirmou que, quando se fala do primeiro ponto da agenda, que é a “governação das seis províncias”, primeiro é preciso tomar em consideração que foi criada uma subcomissão encarregada de preparar uma proposta de legislação.

Gabão/Eleições: Jean Ping declara-se "presidente eleito"

O opositor Jean Ping, auto-proclamou-se este domingo, perante a imprensa e seus simpatizantes em Libreville, como vencedor da eleição presidencial à uma volta no Gabão, cujos resultados oficiais serão conhecidos na próxima terça-feira, noticiou a AFP.
"Fui eleito. Espero que o presidente cessante me venha felicitar", declarou o rival do presidente cessante Ali Bongo Ondimba, nas suas primeiras declarações públicas desde o encerramento do escrutínio de sábado, numa altura em que os dois campos declaram-se vencedores e acusam-se de fraudes.

Fonte: Angola Press – 29.08.2016

Dilma vai hoje ao banco dos réus lutar pelo seu mandato de Presidente do Brasil

A Presidente brasileira com mandato suspenso, Dilma Rousseff, vai hoje ao Senado, em Brasília, defender-se pessoalmente das acusações de irregularidades orçamentais, no âmbito do processo de 'impeachment' (destituição) que poderá afastá-la definitivamente do cargo de Presidente do Brasil.


A retomada do julgamento, agendada para as 09:00 locais (13:00 de Lisboa), começará com o pronunciamento da Presidente suspensa, seguido de perguntas dos senadores, da acusação e da defesa, à semelhança do que ocorre num interrogatório de um arguido num processo criminal.


A líder brasileira pode decidir responder ou não às perguntas.


A Presidente com mandato suspenso desde 12 de maio decidiu ir ao Senado por considerar que deve "lutar" pela democracia e contra o que vê como um "golpe" por parte dos seus opositores que não conseguiram vencer nas presidenciais de 2014, frisando que não dará a renúncia de "presidente" aos seus adversários.

domingo, agosto 28, 2016

Nyusi em maré baixa

Holanda, Suécia e Itália “indisponíveis” para receber Nyusi
Numa altura em que o país continua a precisar de encontrar mecanismos para lavar a sua imagem junto da comunidade doadora internacional, as démarches do executivo liderado por Filipe Nyusi, nessa direcção, continuam a não surtir efeitos positivos.
Exemplo disso, é a nega de receber o presidente moçambicano, que acaba de ser manifestada por três países europeus, nomeadamente a Holanda, Suécia e Itália. Naquilo que pode ser considerado subterfúgios para esconder as reais razões do “não”, os países alegaram questões de falta de disponibilidade dos dignitários com quem Filipe Nyusi pretendia manter encontros estratégicos.
No entanto, acredita-se que por detrás da nega “concertada” estarão questões relacionadas com a difícil digestão do escândalo das “dívidas escondidas”, que praticamente atiraram o país ao caixote de lixo do ponto de vista de performance macro económica.
A ideia de Filipe Nyusi era terminar o périplo pelos três países e, logo seguir para Nova Iorque e Washington D.C., nos Estados Unidos da América (EUA).

Diálogo de paz interrompido em Moçambique

Governo e Renamo com pontos divergentes quanto ao cessar-fogo.
O grupo de mediadores do diálogo político anunciou, ontem, 24, a suspensão temporária das suas actividades e o regresso aos respectivos países, deixando para trás, divergências extremas sobre os mecanismos da cessação imediata das hostilidades militares entre o Governo e as tropas fiéis à Renamo.
Ao fim de seis horas de uma sessão que deixou visível o nervosismo por parte da equipa de mediação, com particular destaque para Mario Raffaelli, coordenador da equipa, foi apresentada uma declaração à imprensa, que deixava clara a inflexibilidade das partes sobre o estabelecimento de tréguas.
O ponto sobre a suspensão das hostilidades foi baseado numa proposta da mediação, que apresentou como ponto prévio, a necessidade de um contacto directo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, situação que está condicionada ao estabelecimento de tréguas imediatas, cuja operacionalização divide as partes.
“A delegação da Renamo concorda com a visita dos mediadores/facilitadores internacionais ao presidente da Renamo. Para o efeito, aceita uma trégua temporária junto da Serra da Gorongosa, desde que o Governo retire as forças ali esta­cionadas, devido ao iminente perigo de insegurança que aquelas posições representam”, refere o comunicado de imprensa.
A delegação do Governo defende, por seu turno, que a suspensão das hostilidades não se deve circunscrever apenas na região da Gorongosa, mas em todo o território nacional e recusa o condicionalismo da Renamo, sobre o afastamento das Forças de Defesa e Segurança.
Os mediadores que retornam a Maputo em meados de Setembro, apelam as partes a se absterem de todas as acções que atormentam o povo moçambicano.
Fonte: Voz Voz da América – 25.08.2016

sexta-feira, agosto 26, 2016

Mediadores propõem presença de observadores internacionais para o cessar-fogo

Os mediadores do diálogo político propõem a presença de observadores internacionais para a cessação dos ataques armados no país. A proposta foi hoje divulgada por escrito, e diz que a cessação dos ataques deve abranger Gorongosa, onde se supõe que esteja o líder da Renamo.
Os mediadores consideram que, para o efeito, deve ser criado um grupo de trabalho capaz de estabelecer as condições para um corredor desmilitarizado para o encontro com Afonso Dhlakama, e, também, manifestam o interesse por um cessar-fogo definitivo, que restabeleça a paz.

Fonte: O País – 26.08.2016

quinta-feira, agosto 25, 2016

O governo levantou um processo contra a Joana Pereira?

Governo levantou um processo contra a moçambicana Joana Pareira que subiu ao pódio com bandeira da Renamo?

Eu não acredito que isso tenha acontecido ou esteja a acontecer ainda que não sei as bases legais desse processo. Contudo, o que não me faz acreditar é que os sucessivos governos da Frelimo nunca levantaram processos contra os que frelimizam as instituições públicas e não menos contra o Faizal Sidat, o ex-presidente da Federação Moçambicana de Futebol que em 2008, usando da Célula Olímpica promoveu uma campanha eleitoral nas autarquias de Nampula à favor dos candidatos da Frelimo.

E as coisas não param aqui, pois se lembrados, no início do Moçambola'2014 foi a Pemba o então candidato da Frelimo à Presidência da República para fazer tudo aquilo que um com boa memória pode não se esquecer. O governo patrocinou tudo isso e não processou a ninguém. Porquê?

Para mim, a Joana Pereira simplesmente demonstrou que desportistas podem ser de todos os partidos, ainda que esses todos partidos sejam moçambicanos. Para ela demonstrou a unidade na diversidade. Tolerem-na ou tomem conta do seu recado.

Bibliografia: aqui, aqui e aqui

1. http://noticias.mozmassoko.co.mz/2016/08/governo-levantou-um-processo-contra-a-mocambicana-que-subiu-ao-podio-com-bandeira-da-renamo.html

2. http://comunidademocambicana.blogspot.se/2008/11/faizal-sidat-est-criar-problemas-em.html

3. http://www.verdade.co.mz/desporto/44668-mocambola-2014-jogo-inaugural-a-22-de-marco-em-pemba



MUNÍCIPES EXALTAM REALIZACÕES E FALAM DE ASPIRACÕES

Nos 60 anos da cidade de Nampula


A cidade de Nampula celebra na próxima segunda-feira, 22 de Agosto, o 60˚ aniversário de elevação à actual categoria. Alguns munícipes abordados pelo nosso jornal para avaliação do presente estágio de desenvolvimento sócio-económico da urbe, exaltaram as realizações levadas a cabo pela edilidade nos últimos tempos, com destaque para as intervenções havidas na área de estradas, locais de lazer, recolha de resíduos sólidos, entre outras, tendo, porém, pedido um maior cometimento dos gestores municipais na área de saneamento público e abastecimento de água. Ler mais

"- Carta aos detratores da marcha do dia 27!

É por muitos sabido, que no próximo sábado, dia 27 de Agosto de 2016, realizar-se-á na capital moçambicana, Maputo, a «Marcha Popular pela Paz» sob o lema: “O POVO JÁ NÃO AGUENTA: STOP GUERRA, STOP FOME”, organizada pelo Painel de Monitoria do Diálogo Político para Paz.

Conforme mostra o cartaz de propaganda (imagem 1), a marcha terá como ponto de concentração na Estátua do arquitecto da Unidade Nacional, Eduardo Mondlane, pregada junto da avenida baptizada como o seu nome, como tem sido recorrente quando se realizam manifestações na Cidade de Maputo.

Contudo, desde a data que nos separa da divulgação do evento até ao dia de hoje, circulam pelas redes sociais, mensagens provindas de um “grupo” de jovens e demais quadros(?)* procurando descredibilizar e abalar a essência da visada marcha, rotulando-a como uma encomenda da famosa “mão-externa”.

1. O que dizem as mensagens dos detratores?

Os detratores, nas suas mensagens (imagem 2), apontam que a marcha de sábado não tem a sua razão de ser. É irrelevante e visa a prossecução de interesses de cunho eminentemente político-partidário, ou ainda, visa criar desordem, vandalismo, proferir impropérios contra os órgãos de soberania do Estado.

04 TRANSLADACAO 2

A demora na transladação de corpos de dois agentes da PRM agitou hoje a morgue do hospital central de Maputo. 

Os familiares queixam-se da demora e falta de comodidade dos transportes disponibilizados pelo Ministério do Interior. Ver (Video)  MIRAMAR

segunda-feira, agosto 22, 2016

Mediadores apresentam proposta de cessar-fogo imediato

Os mediadores internacionais nas negociações de paz em Moçambique apresentaram uma proposta às delegações do Governo moçambicano e da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) para a cessação imediata das hostilidades militares, anunciou hoje o porta-voz do grupo de mediação.
Falando durante uma conferência de imprensa em Maputo, no fim de mais um encontro da comissão mista, Mario Raffaelli disse que a proposta foi entregue na sexta-feira e que as partes continuam a analisar o documento, escusando-se a comentar o seu conteúdo.
“É uma proposta que toma em consideração o que foi discutido com as duas partes nos encontros que tivemos em separado”, referiu o antigo mediador chefe do Acordo Geral de Paz, firmado pelo Governo e pela Renamo em Roma em 1992, acrescentando que existem “pontos sensíveis” e que precisam de mais discussão.
“Agora começamos a confrontar as posições, tudo em busca de uma solução satisfatória para todos”, acrescentou Mario Raffaelli, que é um dos nomes indicados pela União Europeia para o processo negocial em curso. 

Lusa in Magazine Independente – 22.08.2016

sábado, agosto 20, 2016

TIRO NO PRÓPRIO PÉ?

Estes manos da Frelimo não devem estar desnorteados?
S. Excia Senhor Governador de Manica, Senhor Alberto Mondlane,
Nós moçambicanos já sabemos que a capacidade de roubar do Estado faz parte da meritocracia para se ser nomeado a dirigente nos diferentes escalões dos governos da Frelimo, desde os meados da década 80. Sabemos ainda que crimes eleitorais recompensam-se se nomeando a “gestor” da coisa pública. Ora, porquê acreditariamos que o “camarada” Sábado Malendza fora exonerado por ter roubado apenas 10 000 000 Mt (dez milhões de meticais) do Estado? Nós moçambicanos só acreditamos que o “camarada” Sábado Malendza será promovido nos próximos dias como sempre tem acontecido para com os seus camaradas em todo o país.
E vocês não são culpados, a culpa é de quem gosta do que vocês fazem e continua a dar voto a vocês e não só...

Em sociedades sãs, o pronunciamento do PR Nyusi e do governador Alberto Mondlane em relação o caso Malendza seria severamente punido primeiro pelos dos membros e simpatizantes do partido que dirigem – a Frelimo. Este caso teria sido UM TIRO NO SEU PRÓPRIO PÉ.


SÁBADO MALENDZA/GOVERNADOR DE MANICA DESFAZ EQUÍVOCOS


O governador de Manica, Alberto Mondlane, desmentiu hoje que a exoneração de Sábado Teresa Malendza, do cargo de administrador do distrito de Vanduzi, província central moçambicana de Manica, esteja relacionada com o rombo financeiro de dez milhões de meticais (no cambio corrente, o dólar americano equivale a aproximadamente 73 meticais) do erário público.

quinta-feira, agosto 18, 2016

Liga dos Direitos Humanos de Moçambique acusa Governo e Renamo de crimes de guerra

A presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique (LDH) considerou hoje em Maputo que o Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição, estão a cometer crimes de guerra, pedindo a intervenção da justiça penal internacional.
"Em Moçambique há crimes de guerra, o que se passa são crimes de guerra, precisamos do Tribunal Penal Internacional", afirmou Alice Mabota, falando durante o lançamento do "Relatório da Crise de Refugiados Moçambicanos no Malaui e a Situação dos Direitos Humanos (2015-2016)".
Mabota acusou as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas de cometerem atrocidades nas zonas em que se confrontam com o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, referindo que o Estado está a falhar na proteção dos cidadãos indefesos.
"As atrocidades cometidas pela Renamo são atos de bandidos que devem ser levados a tribunal, mas as atrocidades cometidas pelas Forças de Defesa e Segurança eu não perdoo, porque a missão do Governo é proteger a todos nós", afirmou a presidente da LDH.
O relatório hoje apresentado pela LDH diz que o fluxo de refugiados moçambicanos no Malaui foi provocado por sistemáticas violações e abusos dos direitos humanos causados pelas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas.
"As evidências ilustram que o motivo do fluxo de refugiados moçambicano para o Malaui prende-se com as sistemáticas violações e abusos dos direitos humanos protagonizados pelas FDS (Forças de Defesa e Segurança), no âmbito da tensão político-militar que o opõe o Governo e a Renamo", lê-se no documento.
A pesquisa da LDH diz que foram reportados 13 assassinatos nas zonas de proveniência dos refugiados em Moçambique por parte das FDS contra três protagonizados pelos homens armados da Renamo.
O Governo e a Renamo alcançaram na quarta-feira consensos em torno de reformas legislativas visando o aprofundamento do processo de descentralização administrativa do país, mas ainda não há detalhes sobre o entendimento, que foi atingido no âmbito de negociações em curso destinadas à restauração da estabilidade no país.
A Renamo exige governar em seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, acusando a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), de ter cometido fraude no escrutínio, para se manter no poder.

Fonte: LUSA – 18.08.2016

PR pode nomear governadores indicados pela Renamo nas seis províncias reivindicadas pelo partido de Afonso Dhlakama

O Presidente da República, Filipe Nyusi, pode nomear, em breve, governadores indicados pela Renamo nas seis províncias onde o partido de Afonso Dhlakama reclama vitória nas eleições gerais de 2014.
As nomeações ainda não têm data precisa para acontecer, contudo, segundo um acordo fechado hoje pela Comissão Mista do diálogo político, a medida deverá acontecer o mais rápido possível.
“Sobre a governação da Renamo nas seis Províncias”, devem ser encontrados mecanismos para a nomeação provisória dos governadores provinciais oriundos do Partido Renamo, o mais cedo possível”, refere o acordo hoje assinado.

Fonte: O País – 17.08.2018

terça-feira, agosto 16, 2016

Este Yaqub Sibindy as vezes serve

O FILHO DO PEIXE NÃO APRENDE NADAR
O Camarada Sábado Malendza, foi nomeado recentemente como Administrador Distrital do Distrito de Vanduzi, localizado na Provincia Central de Manica! Malendza, não tardou demonstrar os seus apetites para VANDALlZAR O DISTRITO DE VANDUZI!
Malendza, distingui-se como um dos melhores estudantes de mérito formado na Universidade da FRELINEGÓCIOS, donde passou com notas de alta relevância nas disciplinas nucleares de Corrupção e Abuso do Poder!
Chegado à Província de Manica, Sábado, mostrou que ele não brinca com serviço, em menos de um ano, o Cda Administrador logo com muita mestria e habilidade conseguiu produzir um expediente capaz de mexer com a Ministra da Administração Estatal, assim como com a Procuradoria Provincial de Manica que neste momento acabou de instaurar um processo crime contra o Sr Administrador para averiguar o paradeiro de mais de 10 milhões de meticais que desapareceram nos cofres daquele Distrito!
Todavia, uma voz sonante da "Reitoria" daquela Universidade, garantiu à população em pleno comicío popular que o cda Administrador vai ser transferido daquele Distrito para assumir outros cargos ainda no aparelho do Estado!

Assim vai o nosso Moçambique, gerido pelos novos quadros formados na Academia das Dívidas Secretas e de Insuborinação aos Poderes Constitucionais!

segunda-feira, agosto 15, 2016

Quem deverá pagar as dívidas escondidas?

Estado moçambicano não tem dinheiro, mas deve honrar os seus compromissos para não continuar a ser penalizado pelas agências de notação, diz o jurista Ignésio Francisco.
Em Moçambique, o Centro de Integridade Pública (CIP) diz que o regime administrativo nacional conduz à nulidade da chamada dívida soberana, mas juristas dizem que se isso acontecer, vai afectar ainda mais a credibilidade do país nos mercados internacionais.
Alguns sectores da sociedade moçambicana, e não só, defendem a teoria de uma eventual nulidade de todo o processo que está por detrás das chamadas dívidas escondidas.
O CIP, numa recente análise sobre esta matéria, diz que na contratação das dívidas para as empresas EMATUM, ProIndicus e Mozambique Assets Management, foi violado o preceituado constitucional de que compete à Assembleia da República autorizar o Governo a contrair ou conceder empréstimos, pelo que essas dívidas devem ser consideradas nulas.
Juristas dizem que se ficar juridicamente assente que, realmente, se trata de dívidas nulas, a principal implicação é a não vinculação do Estado moçambicano ao pagamento destas obrigaçõe e a imputação da responsabilidade dessas dívidas às entidades que estiveram por detrás do endividamento.
"A consequência mais imediata que eu visualizo é estas dívidas serem imputadas às pessoas que estiveram por detrás disso e o Estado ficar exonerado dessas obrigações," disse o jurista José Machicane.
Por seu turno, o jurista Ignésio Francisco diz que o Estado moçambicano não tem dinheiro, mas deve honrar os seus compromissos para não continuar a ser penalizado pelas agências de notação.
Recentemente, o célebre sociólogo português, Boaventura Sousa Santos, também defendeu que era importante que se divisasse, de forma nítida, a natureza destas dívidas.
O objectivo é saber qual é o nível de responsabilidade do Estado moçambicano e se este tem de ficar com essas dívidas, tendo sempre presente que o Estado agiu como avalista e não como devedor principal.
Isto significa que o Estado assume as dívidas em caso de incumprimento do principal devedor, que são as empresas públicas e os moçambicanos não pagam essas dívidas.

Fonte: Voz da América – 15.08.2016

Manuel de Araújo: Com quem negociar em Moçambique?

Se a memoria nao me trai, foi Sergio Vieira quem uma vez disse que em Lusaka a delegacao da FRELIMO descobriu que estava a negociar com alguem sem poder! Mandou Aquino de Braganca a Lisboa para saber quem detinha o verdadeiro poder e exigiu que as negociacoes fossem com os que detinham poder! E tivemos os Acordos de Lusaka! Nao se negoceia com quem nao tem poder! ! Nyussi nao e o interlocutor valido! Quem quer negociar de verdade, negoceia com Chipande, o Dono do Poder! E mais nao disse. MA

terça-feira, agosto 09, 2016

Decorrem negociações para formação de coligações na África do Sul

Os maiores partidos políticos sul-africanos iniciaram uma corrida para formação de coligações, após a divulgação oficial, segunda-feira, dos resultados das eleições Municipais. Neste momento, a formação de coligações domina a política local.
O ANC, tido como o principal perdedor destas eleições, está em negociações com o UDM para formar una coligação em Nelson Mandela Bay. Bantu Holomissa, líder do UDM, confirmou as negociações com o ANC, mas assume que já estava em curso um processo similar com o partido da Aliança Democrática de Msui Maimane.
Perante duas propostas de formação de coligação, Bantu Holomissa diz que está em curso um processo de consulta nas lideranças do partido assim como na base, para juntos tomarem a melhor decisão para o partido e simpatizantes.

Linchados dois supostos assaltantes em Nacala-Porto

Os criminosos andam à solta. Em Nacala-Porto, província de Nampula, dois supostos assaltantes a residências foram agredidos até à morte, semana passada, quando uma multidão invadiu a casa onde se encontravam refugiados.
“Eles faziam parte de uma quadrilha que a polícia está no encalço desde há muito tempo e dedicam-se ao roubo de motorizadas, assalto a estabelecimentos comerciais e residências com recurso a armas de fogo”, explicou o porta-voz da PRM em Nampula durante o briefing à imprensa sobre as principais ocorrências da semana passada. 
Fonte: O País - 09.08.2016

EUA/Eleições: 50 republicanos peritos em segurança nacional consideram Trump perigoso

Cinquenta republicanos que exerceram funções importantes na segurança nacional norte-americana denunciaram na segunda-feira a ignorância e incompetência do candidato à Casa Branca do partido, Donald Trump, considerando que seria “o presidente mais perigoso da história” do país.
A denúncia foi feita através de uma carta aberta cujos signatários trabalharam na Casa Branca, no Departamento de Estado ou no Departamento da Defesa, para os presidentes republicanos, de Richard Nixon a George W. Bush.
Sem apelarem ao voto na candidata democrata, Hillary Clinton, escrevem claramente, na carta publicada pelo jornal The New York Times, que nenhum deles vai votar em Donald Trump.
Os signatários declaram que Trump não é qualificado para o cargo, devido à falta de competências e à instabilidade do seu carácter.
"O sr. Trump não tem a personalidade, os valores ou a experiência para ser Presidente", escrevem, sublinhando que isso iria enfraquecer a autoridade moral dos Estados Unidos no mundo.
Dizem ainda que o candidato parece ignorar aspectos elementares da Constituição e do Direito norte-americanos.

Entre Janeiro a Junho: Estado desfalcado em 79 milhões de meticais

POUCO mais de 79 milhões de meticais foram retirados fraudulentamente dos cofres do Estado durante os primeiros seis meses deste ano, em golpes urdidos por funcionários públicos afectos a diversas instituições.
Deste montante, segundo informação prestada pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), foram recuperados perto de 14 milhões de meticais, cujos processos respectivos se encontram em sede de instrução preparatória.
Falando ontem à imprensa, Eduardo Sumana explicou que o desvio destes fundos foi resultado de operações levadas a cabo por funcionários públicos, na sua maioria operadores do e-SISTAFE, sistema através do qual o Estado procede ao pagamento dos seus fornecedores de bens e prestadores de serviços. Ler mais (09.08.2016)

RETOMADAS ONTEM (8) AS NEGOCIAÇÕES DE PAZ EM MOÇAMBIQUE

As negociações entre a Renamo e o governo de Moçambique, irão concentrar-se num dos primeiros e principais focos da Agenda, que é a exigência da Renamo em governar as 6 províncias que alega ter vencido as eleições de 2014.
Para além do pedido ou exigência da Renamo em governar nas 6 províncias, as negociações tem também na agenda outro ponto segundo ponto que de certa forma no momento a quem defende que chega a ser o mais importante da agenda, que é a cessão do confronto militar entre a Renamo e o governo, bem como a despartidarização das forças de defesa e segurança, visando incluir os militares ou toda a força militar política do Partido Renamo no Governo e a sua reintegração efectiva na vida civil. (moznotícias, 09.08.2016)

segunda-feira, agosto 08, 2016

Há cada pronunciamento bizarro.

 Questão: Desta forma como ensinar às nossas crianças sobre o que é patriotismo?

“Manifestações contra a dívida do governo é falta de patriotismo” diz Carvalho Muária

O antigo governador da província central de Sofala, Carvalho Muária, disse que os moçambicanos devem lutar pela preservação da paz.
O membro da Comissão Política da Frelimo e chefe da brigada de assistência à província do Niassa, em contacto com Rádio Moçambique, exortou os moçambicanos, a aumentarem a produção e produtividade para fortalecer a economia do país.
Muária considera falta de sentido de patriotismo o recurso a manifestações para contestar contra a dívida do governo, o actual custo de vida e o conflito político-militar.

In: Mozmassoko – 08.08.2016

Desentendimento politico persiste em Moçambique

Não há consenso quanto à governação das seis províncias exigidas pela Renamo.
O governo e a Renamo voltaram hoje a mostrar sinais de desentendimento no diálogo político.
Ao fim de cerca de duas horas e meia de conversações, as duas partes abandonaram o local sem qualquer declaração à imprensa.
Com a presença de parte dos mediadores, as delegações do governo e da Renamo retomaram as conversações sobre a governação das seis províncias reivindicadas por Afonso Dhlakama.
Depois de hora e meia à porta-fechada, os mediadores abandonaram a sala, com poucas palavras, transmitindo um sinal de que o trabalho de casa que haviam deixado não registou avanços.
Novamente à porta-fechada e longe dos mediadores, a comissão mista voltou a reunir-se. Ao fim de cerca de uma hora terminava o encontro. Sem declarações à imprensa, que foi convidada para a cobertura do encontro, as delegações do governo e da Renamo abandonaram a mesa, cada uma no seu elevador.
Analistas afirma que tal é indício de que as partes ainda estão longe de qualquer cedência sobre a matéria colocada à mesa.

Fonte: Voz da América – 08.08.2016

CADA UM DE NÓS PODE REFLECTIR SOBRE O SEU PAPEL NO PROCESSO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE.

As reflexões Juma Aiuba,que vão ao encontro do que trava as mudanças em Moçambique a acção da Frelimo, a postura da oposição e dos moçambicanos como povo.
Aos poucos a infelicidade é somente nossa como mocambicanos e acaba aquilo de chamarmos a isso aos outros africanos. Portanto:
1) Comprar calcinhas e soutiens grandes para esconder votos, fabricar votos falsos, desviar editais, não coisas de África em geral, mas particularmente de Moçambique
2) Puxa-saquismo do partido no poder, fingindo-se ser da oposicão só porque quer prémio porque evitou mudancas, não são coisas de África em geral, mas de Mocambique. Partidos políticos que nascem como cogumelos em tempo eleitoral, simplesmente à caca do "trust fund" não é coisa da África em geral.
3) Lambebotismo, conformismo, a indiferença em períodos eleitorais, não são coisas de africanos em gerais, mas particularmente nossas como moçambicanos. Em Mocambique basta um frango, uma camisete, uma cerveja, uma capulana para mudar a consciência.
4) Mas também há outro problema particular em Moçambique que é a luta pelo lugar elegível na lista das candidaturas.

Eis:

Por Juma Aiuba

Infelizmente...

Engana-se quem pensa que os resultados eleitorais da vizinha África do Sul irão dar algum juízo aos cinquentenários das redondezas. Muito pelo contrário. Devem estar a dizer "bem feito!" ao A-Ene-Cê... Quem mandou não roubar votos... Quem mandou não ter a Comissão Eleitoral na mão... Quem mandou contar e divulgar logo os redultados... Quem mandou nao chamboquear pessoas... etecetera. Bem feito!

domingo, agosto 07, 2016

Frelimo é força de bloqueio

Por Edwin Hounnou

Um politólogo moçambicano disse, criticando o ANC da África do Sul pelo desaire que teve nas recentes eleições eleições municipais de Agosto de 2016, que, diferentemente do partido Frelimo que percebeu que poderia perder as eleições se não adaptasse indo buscar um candidato do norte, o ANC deixou-se ficar e agora tem aí os frutos.

Esta dissertação é, completamente, falsa, nula e pode fazer cair muita gente em análise sócio-política errada. Quem anda atento aos acontecimentos do país entende que a Frelimo socorre-se de malabarismos para alcançar o poder e não se dará ao prazer de atribuir mérito a quem não o merece.

Este domingo, 07.08.2016, estive a escutar o programa ESTA SEMANA ACONTECEU, da Rádio Moçambique, em que dois dos propagandistas do regime, Gustavo Mavie e Alexandre Chivale, apelavam à ilegalização da Renamo. Apercebi-me que do outro lado, estavam uns indivíduos sem consciência do assunto que estavam a falar, num monólogo de vendidos ao diabo.

sábado, agosto 06, 2016

Alguma ilação?


O ANC foi um movimento aglutinador na luta contra o regime minoritário, racista e segregacionista na África do Sul. Mas com as últimas eleições locais tanto no processo de organização como nos resultados é possível concluir que:

1) Os líderes do ANC não viram que a vitória do partido era IMPERATIVA, como tem sido em Moçambique. Já ouvi até de Chissano que a vitória da Frelimo era um imperativo. Imperativo é princípio que tem o carácter de obrigação imperiosa. Esse carácter de obrigação imperiosa dito a membros, simpatizantes dum partido e sobretudo aqueles que estão ligados à gestão do processo eleitoral, interpreta-se como sendo obrigação à prática de fraude.

2) Na verdade, não há nada que seja de carácter de obrigação imperiosa a permanência no poder de qualquer partido libertador onde quer que seja. Nenhum país deixa de existir, somente porque o partido ou movimento que o liberta, deixa o poder.

3) Não acompanhei a campanha eleitoral, mas não me parece que os partidos na África do Sul recorreram a ataques baixos como ligando a qualquer partido ao regime de apartheid. Posso estar errado.

Iraê Lundi considera que ANC precisa mudar de políticas

A pesquisadora do Centro dos Estudos Estratégicos Internacionais, Iraê Lundi, defende que o ANC, assim como os outros partidos que surgiram dos movimentos de libertação, devem mudar de políticas para melhor posicionarem-se nos processos eleitorais. De acordo com Lundi, o ANC ficou agarrado ao passado pelo facto de ter sido um partido que lutou contra o Apartheid em vez de apostar na boa governação para garantirem o apoio da população.
A investigadora diz que a crise económica é outro factor a não ignorar, pois teve fortes influências nos resultados eleitorais na terra do rand.
O partido da Aliança Democrática já garantiu vitória nos Municípios da Cidade do Cabo e no histórico Nelson Mandela Bay.

Fonte: O País – 05.08.2016

Moçambique está preso a uma tradição de administração centralizada, afirma historiador

O historiador alemão radicado em Moçambique Gerhard Liesegang defende que o país está refém da tradição de um modelo de governação centralizado, apontando a falta de vontade política como o principal problema nas negociações para a paz. 
"Estamos presos a uma tradição de administração centralizada em Moçambique", disse à Lusa Gerhard Liesegang, considerando que o modelo de administração actual não respeita as novas dinâmicas socais e beneficia a elite no poder.
O pesquisador alemão entende que a causa da crise política em Moçambique está na incapacidade de ceder entre as partes, Governo e Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e alerta para as consequências da intensificação das actuais confrontações militares.

sexta-feira, agosto 05, 2016

Sobre a questão de pertença à uma terra.

Desde ontem, dia 4/8, estou de regresso na minha terra, segunda terra (para quem gosta de numeração), na Suécia. Uma terra que tanto gosto e me orgulho de tê-la como minha, tal igual é Moçambique. Nisto não dependo dos que não gostam que um ser humano possa pertencer a mais de uma terra, um país. Eu sou de muitas terras.

Sou um desterrado desde novo. Quando sai pela primeira vez, ainda muito pequeno, para viver em Mecutane, em casa da minha irmã, eu já não vivia na minha terra em Simuria, sobretudo em Nihuve. Não me sentindo como tal, pouco tempo depois, voltei à casa dos meus pais, à minha terra natal em Nihuve. Frequentando a terceira-classe, experimentei mais uma vez, a mudar-me para casa dum meu tio em Mecutane para viver um pouco perto da escola. Apesar dum bom tratamento que eu gozava para com os meus tios, voltei a Nihuve, minha terra natal.

Rendi-me para nunca mais sonhar em viver na minha terra natal quando fui frequentar a quarta-classe na então, Missão de São Pedro do Lúrio-Memba, actualmente Chipene. De Chipene fui a Namapa para um período de um ano. Ainda muito novo, estabeleci-me em Nacala-Porto e ali me naturalizei, me confundindo do distrito de Monapo, onde vivi durante sete anos, sobretudo de Itoculo e outros até me confundem sendo de Netia. No Itoculo, por exemplo, adoptei a uma família onde sou membro de pleno directo. No Monapo-Sede, idém. 
Nota: Pela recepção, por onde passei, tive e tenho a sorte de pertencer a essas terras. A única pretensão para exclusão, ouvi como um murmúrio que eu favoricia na colocação aos de Itoculo, até quando provaram que eu lutava para que todos os meus alunos tivessem um futuro melhor.

António A.S.Kawaria

A “reprimenda” dos eleitores sul-africanos ao ANC

Os resultados das eleições municipais mostram que o ANC a obter a maioria dos lugares mas a levarem ao mesmo tempo uma “reprimenda” nas principais áreas urbanas.
Os resultados eleitorais do escrutínio de terça-feira mostram que os eleitores sul-africanos se estão a afastar do Congresso Nacional Africano (ANC), em grande número, e a negarem-lhe a vitória nos maiores centros urbanos.
O ANC, que lutou pelo fim do apartheid na Africa do Sul, continuará, contudo, a disfrutar de um maior número de assentos nos governos locais.
Mas esta eleição deu à Aliança Democrática (DA) na oposição ganhos decisivos especialmente nas áreas metropolitanas como Joanesburgo, o centro económico, em Pretória a capital, e na cidade costeira de Port Elizabeth. A DA já controla a Cidade do Cabo e a vizinha província do Cabo Ocidental.

Membros da Frelimo em querelas na Zambézia

Há intrigas no seio dos “camaradas”, na Zambézia. O Secretário da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), Mateus Tomás, não se entende com o seu superior hierárquico, Primeiro-Secretário da Frelimo, Paulino Lenço. Em causa existe a alegação de Lenço estar a deixar-se manipular por dois deputados da Assembleia da República, o que diverge o partido a vários níveis.

Ler mais (O País, 04.08.2016)