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terça-feira, agosto 30, 2016

Críticas aos opositores dominam celebrações dos oito anos do MDM

O presidente do MDM, Daviz Simango, voltou a criticar o Governo e a Renamo, por alegadas responsabilidades pela actual tensão política e militar que o país atravessa e apelou aos moçambicanos a unirem esforços no trabalho para o país sair das crises em que se encontra.
As críticas foram lançadas na Cidade da Beira durante a celebração do oitavo aniversário desta formação política, que foi assinalado no passado domingo, 28 de Agosto, dia da fundação do MDM, e que também é conhecido, no seio deste partido, como o dia de revolução.
“Já prevíamos que caso a Frelimo continuasse no poder ou a Renamo ascendesse ao mesmo, haveria guerra no país e de facto ela existe, mesmo que tentem desmentir. É que tanto a Frelimo, assim como a Renamo são dois partidos intolerantes e que pensam apenas nos seus interesses e não na nação. É importante que parem as matanças por razões meramente políticas. Há espaço para todos num país tão vasto como o nosso” criticou o líder do segundo maior partido da oposição. Simango, que falava num comício popular, afirmou que tanto o Governo, assim como a Renamo gastam milhões para comprar armas, simplesmente para matar compatriotas. Perante a actual situação de confrontação armada, o líder do MDM lançou apelos para o Governo e a Renamo apostarem num diálogo sério, para encontrar uma paz efectiva no país.

Daviz Simango lembrou que é possível governar sem recorrer a armas, dando como exemplo a sua ascensão a governação de alguns municípios.
“Não foi necessário pegarmos em armas e matar moçambicanos para conquistarmos vitória” frisou Simango, destacando ainda os 16 assentos conquistados na Assembleia da República.
Para o presidente do MDM, uma nação só pode desenvolver se houver uma verdadeira unidade nacional e aceitação de formas diferentes de pensar.
“Pensar diferente não pode ser motivo para ser executado ou ser excluído de uma sociedade. O importante numa sociedade é que haja amor ao próximo, respeito de ideias e sobretudo tolerância política.

Fonte: O País  - 30.08.2016

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