Cândida Cossa reafirmou em declaração ao Tribunal que foi pressionada por Nympine Chissano para assumir os cheques que Nini Satar apresentou em sede de julgamento, como prova do seu envolvimento no assassinato de Carlos Cardoso.
Por sua vez, Nyimpine Chissano, confirma que foi anfitrião de encontro, que ligou ao antigo ministro do Interior, Almerino Manhenje, pedindo-lhe protecção para Cândida, mas nega que a pressionou. Entretanto, a sessão de hoje será preenchida pela acareação entre Vicente Ramaya e Anibalzinho.
Durante o primeiro julgamento de "caso Cardoso", Momed Assif, Nini, apresentou alguns cheques ao tribunal pretendendo provar o envolvimento de Nyimpine Chissano na morte de Carlos Cardoso. Na ocasião, Cândida Cossa assumiu como declarante a responsabilidade dos cheques exibidos, como se de um negócio entre ela e Nini se tratasse. Alguns dias depois, esta dirigiu-se voluntariamente à Procuradoria-geral da República pedido alterar as suas declarações, porque havia mentido ao Tribunal, a pedido de Nyimpine Chissano e António Maló.
"A sessão sessão foi interrompida naquele dia, e eu voltei para casa. Quando eram mais ou menos 19:30 a Stela Pateguana ligou-me e disse-me que o seu irmão (Nanaio) juntamente com Nyimpine queriam falar comigo urgentemente, pelo que ela me veio buscar até ao palácio presidencial, onde reside Nyimpine", acrescentando que, na ocasião, disse-lhes que ia ver o que fazer em tribunal "porque não podia assumir uma coisa que não sei e nunca vi. Não prometi dizer sim, porque lhes disse que estava com medo, pois estava a ser ameaçada ", elucidou.
Acrescentou ainda que eles sossegaram-na em como não se devia preocupar com as ameaças, porque iria ter protecção. "Depois, Nyimpine pegou no seu telefone ligou para o antigo ministro do Interior, Almerino Manhenje e no dia seguinte, chegaram à minha casa polícias que permaneceram cerca de 10 dias", narrou Cândida Cossa, para, depois "insistirem comigo em como que deveria aceitar os cheques porque ficava mal serem conectados com Nini Satar".De acordo com a declarante, não aceitou, porque estava numa situação confusa e, não sabia de que lado devia estar, pois, de um lado "havia o grupo que me ligava através de um número privado e de uma voz que não conheço, dizendo: não te envolvas, cai fora, não te metas no negócio de cheques porque não sabes qual era o destino", e de outro estavam "Nympine, Maló e Apolinário a pedir para assumir os cheques".
Para além dos grupos que a pressionava, Maria Cândida Cossa declarou ainda em Tribunal que estava também confusa, porque acabava de voltar do tribunal e estava a receber ameaças e, igualmente porque não estava preparada para estar num encontro daqueles, que o considera como não normal. "Não me sentia bem, por ter mentido ao tribunal, a minha consciência pesava-me, daí que decidi ir a PGR alterar as minhas declarações". Para chegar ao local do encontro, onde para além de Nyimpine estavam também à minha espera António Maló e Nanai Pateguana.
[IN ZAMBEZE-15.12.2005]
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Há 2 horas
1 comentário:
Iiiiiiiii nao seiiii
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