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segunda-feira, novembro 29, 2010

Accionistas da Mcel mandam cessar funções administrador comercial

Por ter criticado decisão do Governo no programa “Café da manhã” da RM

O administrador comercial da mcel, Benjamim Fernandes, cessou funções na última terça-feira, 23 de Novembro em curso, por ter criticado, no programa “Café da manhã” da Rádio Moçambique, a decisão do Governo de introduzir o registo obrigatório dos cartões pré-pagos das redes de telefonias móveis. Trata-se de uma decisão operacionalizada pelo Diploma Ministerial n.º 153/2010 de 15 de Setembro, assinado pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula.
Benjamim Fernandes fora empossado administrador comercial daquela empresa há apenas cinco meses.

Um café amargo

Tudo começou quando o jornalista perguntou a Benjamim Fernandes qual era a sua opinião sobre o Diploma Ministerial n.º 153/2010 de 15 de Setembro, que obriga os utentes de telefonia móvel a registar os seus cartões pré-pagos. À questão, Fernandes respondeu que não compreendia a decisão do governo e que a mesma lesava os operadores de telefonia móvel.
Disse ainda que, do ponto de vista de gestão, a decisão foi uma má medida. Mais adiante teria afirmado que o Governo não acautelara os interesses do Estado no caso da mcel, e assumiu que, mesmo com a prorrogação, a mcel não conseguirá registar os cartões SIM de todos os seus clientes, mais de 4 milhões, até ao fim do novo prazo estabelecido pelo Governo e que nenhuma companhia estaria em condições de conseguir tal feito. Frisou que o processo tem estado a decorrer normalmente, mas que o novo prazo continuava a ser irrealista.
Segundo Fernandes, a mcel tem registados, até ao momento, apenas cerca de 100 mil clientes, o que representa perto de 2,5% do universo de clientes a serem registados. E, por isso, considerou a decisão não devidamente pensada.

AG extraordinária de emergência

Logo a seguir ao programa “Café da manhã” - dura 30 minutos, das 07h30 às 8h00 -, os accionistas da mcel convocaram uma Assembleia-Geral (AG) Extraordinária com único ponto: deliberar a cessação de funções de Benjamim Fernandes.
Até às 12h00 do mesmo dia 23, terça-feira, ou seja, quatro horas após o fim daquele programa radiofónico, Fernandes já conhecia a sua sentença, porque a Assembleia-Geral já tinha tomado a decisão. No mesmo dia, ele foi comunicado da decisão.
Dois dias depois, ontem, a decisão foi anunciada à imprensa através de um comunicado daquela empresa. O comunicado, que dizia que Benjamim Fernandes cessou funções por conveniência de serviços, foi emitido quando a mcel se apercebeu de que a informação já estava a circular na imprensa.

Mcel há muito que havia assumido as dificuldades

No princípio de Outubro deste ano, enviámos à mcel 22 perguntas sobre o processo em causa. Uma das pergunta foi: “A mcel, que tem milhões de clientes, julga possível cobrir todo o universo no período previsto?” À esta questão, dada a 8 de Outubro, a mcel foi peremptória: “Não, nenhuma operadora está em condições de fazê-lo”.
A Vodacom também havia dito o mesmo. (Lázaro Mabunda)

Fonte: O País online - 26.11.2010

7 comentários:

  1. Felizmente este não é o únino caso.

    Nem vou aqui citar casos análogos.

    Sem se ser da Renamo ou do PIMO ou de qualquer outro partido, académicos são "encostados" por não concordarem com a posição da Frelimo.

    Como disse, conheço vários casos.

    Coitado desse administrador. Até que foi bom, porque aqueles tipos pouparam-lhe a prisão ou até morte.

    Zicomo

    PS: Quando vi o Pilale "arrumado" na cama de um hospital (paz à sua alma) fiquei a pensar: " Meu Deus, veja onde acabou um célebre quadro. Neste país é mau ser do lado oposto do poder. Depois vi, semelhante exemplo, com os "putos" de Mabote, meus amigos, também arruinados. Tive o mesmo pensamento. Vi, não muitos anos atrás, os descendentes de Maguni (outro "teimoso") na mesma situação dos citados acima!!! Bem, citei apenas três casos que o mundo conhece, mas um dia há-de vir mais nomes...

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  2. Qual é a solução. É chegada a hora de todos dizer a estas coisas um grande não.

    Pessoalmente não concordo com a forma de como os administradores e PCA´s são nomeados. A opção de concurso resolveria estes problemas.

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  3. "A opção de concurso resolveria estes problemas."

    Não querem isso porque eles perderiam o poder de escolher lambebotas.
    Não acho que não percebam que só assim os interesses nacionais estariam acima dos dum grupo ou indivíduo. Num país onde até o directorzinho duma escolinha ou posto de saúde é por confianca política, esse país está a se arruinar.

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  4. Essa exoneração fez-me recordar da exoneração dos antigos vereadores do municipio da Beira, nomeadamente: Fernando Mbararano e Manuel Bissopo, e o Director Arnaldo.
    Esses senhores foram humilhados so porque se recusaram a aderir ao MDM.

    Bila

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  5. Sr. Bila, qual é a relação com Mbarano e Bissopo?

    Esses 2 senhores eram claramente da Renamo; um era Delegado da Cidade e outro Provincial. Querias que elementos da Renamo trabalhassem com o Daviz? Querias que eles sabotassem o trabalho do nosso presidente?

    Existem pessoas que não pensam.

    Manuel Fogão

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  6. Manuel Fogão

    Não te preocupes que não existe Bila nenhum. Não se trata de Amorim Bila. Mas ainda bem que ele dá pistas.

    Esse senhor sabe que o tal que não relacão entre o caso que ele conta com este do Mcel. Como quer comparacão, falaria ele de
    1. Ismael Mussá

    2. Eduardo Namburete

    3. Benjamim Pequenino

    4. Falecido Domingos Pilale e a mulher

    Entre muitos;

    Talvez escrever o nome próprio desse "Bila"???

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  7. Reflectindo, porque duvidas da minha indentidade? Estas a procura de alguém em particular?

    Bila

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