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quinta-feira, outubro 25, 2018

As lideranças da Renamo e MDM são um caso para um estudo político


Na sede da CNE a Renamo contestou os resultados das Autarquias de Matola, Alto Molócue, Monapo, Marromeu e Moatiz e diz exigiu a recontagem dos votos com base nos editais enviados à CNE pelos órgãos eleitorais locais. Para ultrapassar a diferença, os membros da CNE optaram por submeter os resultados à votação, tendo havido três abstenções, seis votos contra e oito votos a favor. “ Fonte o país (25.10.2018).
Segundo o Boletim sobre o Processo Político em Moçambique nr 71, as três abstenções foram de dois membros do MDM e do Presidente da CNE.
Ora, a abstenção de membros do MDM só nos revela que desde dia 10 de Outubro até o dia do ao anúncio dos resultados de apuramento nacional, as lideranças da Renamo e MDM nunca se aproximaram para a concertação das posições. Sabemos pela imprensa que localmente, isto é, nas autarquias os MMVs, fiscais de ambos os partidos, apresentavam as mesmas queixas e até diziam provar actos fraudulentos. Localmente estes pareceram ter voz unánime. O caso da Matola, vimos os vogais ou porta-vozes a se darem palavra.
AGORA, podemos nos questionar a proveniência do ódio que não permite aproximação entre a Renamo e o MDM ou já definitivamente sabemos que vem das duas lideranças do topo? Essas lideranças, têm em conta sobre a quem prejudicam? Sabem que se tratava e se trata de vota da Matola, Monapo, Moatize, Marromeu, Alto Molócuè e não deles?

As lideranças da Renamo e MDM são um caso para um estudo político.

segunda-feira, outubro 22, 2018

Tribunais rejeitam recursos da oposição baseando-se em formalidades

… sem nunca analisar o mérito!

Os tribunais locais decidiram desfavoravelmente a todos os recursos interportos pela Renamo e MDM em 7 autarquias onde a oposição alega ter havido irregularidades no processo de apuramento intermédio. Todos as decisões dos tribunais foram desfavoráveis aos partidos recorrentes e grosso modo, os tribunais cingiram-se a questões de formalidades jurídicas, sem nunca analisar o mérito da matéria levantada pela oposição. Em Marromeu, o Tribunal Judicial Distrital reconheceu quem “houve irregularidades”, mas recursou-se a julgar alegando falhas processuais na submissão do recurso.

A rejeição liminar dos recursos foi na sua generalidade fundamentada em dois argumentos. Primeiro, que os recursos deram entrada 48 horas após a publicação de editais de apuramento intermédio, que são o objecto da reclamação. Segundo, na base de que os partidos recorrentes não apresentaram reclamação prévia junto dos órgãos eleitorais recorridos. Mas alegam que não foi possível apresentar reclamações na hora. De facto, a lei assume que delegados de candidatura dos paridos políticos, técnicos do STAE e vogais das comissões locais de eleições acompanham o processo de apuramento intermédio. Porém, a Renamo alega que foi excluída das operações de apuramento intermédio, não podendo assim apresentar reclamação durante a contagem que sequer nem soube da sua ocorrência.

Com a rejeição dos recursos em tribunais de primeira instância, os recorrentes interpuseram recursos para o Conselho Constitucional (CC), que funciona como Tribunal Superior Eleitoral. O CC deverá decidir antes da validação [ou anulação] e proclamação dos resultados.

domingo, outubro 21, 2018

Details of the 7 main appeals


Matola: Renamo and MDM both appealed to the Matola District Court against the results announced by the Matola city elections commission (Comissao de Eleicoes da Cidade, CEC). The court rejected both appeals without considering their merits. The Renamo appeal was rejected on the grounds that it had not first protested to the CEC and had not submitted its appeal to the court within 48 hours after the result was posted. 

The intermediate count was done by the CEC on 12 October and formally posted on 13 October. Renamo and MDM say they count was done in their absence, and that only Frelimo-linked members of the CEC signed the formal results sheets. The results announced gave Frelimo victory of just 1%, with 137,875 against 135,678 for Renamo.

Marromeu: Renamo appealed to the district court to invalidate the results on the grounds that some polling stations had votes counted in secret. The court wrote in its ruling that it "recognised that the had been irregularities" but refused to consider these because Renamo had not protested to the elections commission at the time.

The head of operations of the local technical secretariat (STAE) and police took all the voting materials from 10 polling stations and STAE then counted in secret, without party observers or opposition members of STAE and the district elections commission. At the 29 polling stations where the count was completed in public, Renamo was ahead by 7406 votes against 4457 for Frelimo. But the final results sheets for the full 39 polling stations (including the 10 counted in secret) gave Frelimo the victory with 8330 (47%) against 7810 for Renamo (44%) and 1533 for MDM (9%).

Moatize: Renamo appealed to the district tribunal for a recount but this was rejected because it did not appeal within 48 hours and did not appeal to the local elections commission. Renamo says it could not have done so, as a recount was done without it being present.

The count done on 11 October gave Renamo victory with 11,169 to 9,856 for Frelimo. The warehouse for electoral materials has for locks with Frelimo, Renamo, MDM and STAE each holding a key to one lock. Frelimo demanded a recount; Renamo and MDM were opposed and refused to allow the warehouse to be opened for a recount. Late on the night of 12 October, Frelimo and STAE broke into the warehouse and carried out a recount without opposition parties present, which declared more than 1000 votes for Renamo invalid. The official result gave Frelimo victory by 97 votes, 9839 for Frelimo and 9742 for Renamo.

Alto Molocue: Renamo says it appealed to both the District Elections Commission (CDE) and the local court. Party agent Fernando Mario says the CDE did not respond and the local court rejected the appeal on the grounds that Renamo had not gone first to the CDE. The court noted that Renamo had not appended copies of the results sheets and minutes that it was protesting against.

Provisional results based on all polling stations posted by CNE/STAE in Maputo and a 100% parallel count by EISA both gave Renamo victory with more than 50% of the votes. But the official results issued by the CDE give Frelimo a narrow victory by 113 votes, with Frelimo 45.4% and Renamo 44.8%. (See our comparisons table on http://bit.ly/LocEl2018)

Monapo: The local court rejected the Renamo appeal because it did not first appeal to the CDE. The CDE did not formally post or announce the results.

The CNE/STAE provisional count, based on 62 of 63 polling stations, gave Renamo victory: Renamo 9186 (49.16%), Frelimo 8480 (45.38 %), MDM 609 (3.26%) and AMUSI 410 (2.19%). But the results finally released by the CDE, based on all 63 polling stations, gave Frelimo 9579 against 9363 for Renamo. That means the extra polling station gave Frelimo 1099 votes, which is impossible because the maximum number of people registered in a polling station is 800.

Gurue: MDM appealed to the district count for a recount, but the appeal was rejected "as lacking basis", according to the party agent, Nelson Albino.

Tete city: Renamo appealed to the city court asking for a recount, but the appeal was rejected on the grounds that correcting the alleged illegalities would not "influence significantly the election result", as is required by law (artigo 144 da Lei 7/2018). 

Renamo pointed out that the published official results had about 4000 more valid votes than the sum of the valid votes from the polling station results sheets, and the court accepted this. Renamo wanted a ruling that the official results were false, using made up numbers rather than those from the polling stations. But the court said this made no difference to the Frelimo victory. 

During voting: Renamo has also made at least two protests to district or city courts over alleged misconduct on polling days. In Nhamatand, Sofala, Renamo said that at one polling station the number of votes cast was greater than the number of people registered, but it failed to show the polling station result sheet it was protesting against. In Milange it protested against incidents during voting; the case was rejected by the tribunal because Renamo did not object at the time, but Renamo is appealing to the Constitutional Council about Milange, AIM reports.


Source: 2018 Local Elections – 70 Mozambique Political Process Bulletin - 21 October 2018

Tribunal Judicial chumba recurso interposto pelo MDM

O Tribunal Judicial do Distrito da Matola chumbou o recurso interposto pelo MDM, de alegada fraude nas eleições autárquicas de 10 de Outubro. O Juíz do caso alega incumprimento de prazos e falta de denúncia nas mesas onde houve as irregularidades.
O partido  não concorda com a sentença e submeteu hoje um novo recurso a pedir que o caso seja levado ao Conselho Constitucional.
O Cabeça-de-lista do MDM, Silvério Ronguane, desqualifica os argumentos do juiz alegando má interpretação da lei. "O juiz diz que não submetemos o recurso 48h depois. Mas a divulgação dos resultados foi num sábado.
Ora, como isso poderia ser feito se aos finais de semana o tribunal não funciona?  E se fosse numa sexta-feira? Em relação a alegação de falta de denúncia das irregularidades nas mesas de voto também entendemos que não faz sentido porque os dados que estão em causa são dos três editais, que anexamos no recurso", explicou Ronguane.

Fonte: O País – 18.10.2018

Comissão Distrital de Eleições de Moatize invalidou 1 400 votos da Renamo


A Comissão Distrital de Eleições de Maotize fez uma recontagem completa de votos na qual descartou mais de 1400 votos da Renamo, determinado desta forma a vitória da Frelimo. Após a recontagem, o número de votos nulos subiu para 7,2%, o mais alto do país e muito acima da média nacional (2, 77%).
 
O jornal Malacha, baseado em Moatize, escreve que o presidente da comissão distrital de eleições de Maotize confirmou a recontagem de votos. Havia quatro cadeados no armazém do STAE onde estavam guardados os votos. O STAE, Frelimo, Renamo e MDM tinham as chaves de cada um dos cadeados. A Renamo recusou a fazer a recontagem na noite de 12 para 13 de Outubro e não aceitou abrir o cadeado de que detinha as chaves. A Comissão Distrital de Eleições ordenou o arrombamento do cadeado e fez a contagem na ausência dos vogais indicados pela Renamo.

Aparicio Jose de Nascimento, editor do Malacha, organizou contagem paralela dos votos em Moatize, onde estavam instaladas 49 mesas em 8 postos de votação. Às 2h00 da manhã do dia 11 de Outubro publicou os resultados da contagem paralela, nos quais a Renamo tinha 11 166 votos contra 9 786 da Frelimo. O mandatário nacional da Renamo, Andr’e Madjibire, disse em conferência de imprensa  que no apuramento intermédio realizado pelo STAE/CDE de Moatize, a Renamo teve 11 169 votos contra 9 856 da Frelimo, muito próximo da contagem paralela do Malacha.
 
O editor do AMalacha sofreu meaças de morte de desconhecidos pelo facto de ter realizado contagem paralela e divulgar resultados desfavoráveis à Frelimo.
 
Nascimento disse que houve um número estranhamente alto de votos reclamados durante a contagem, totalizando 1 449. Parece que a maioria destes votos eram da Renamo e foram aceites como válidos mas posteriormente rejeitados na recontagem, que deu a Frelimo como vencedor, com 9 839 votos contra 9 742 da Renamo. A Renamo viu seus votos reduzidos em 1 424.

In: CIP/Boletim sobre o Processo Político em Moçambique – Eleições Autárquicas - edição 68 (15.10.2018)

quarta-feira, outubro 17, 2018

Oposição arrecadou 49% dos votos a nível nacional


A Renamo e o MDM conquistaram juntos 9 municípios, nomeadamente:

MDM – Beira
Renamo: (1) Cidade de Nampula, (2) Cidade de Nacala, (3) Cidade de Quelimane, (4), Angoche, (5) Malema, (6), Ilha de Moçambique, (7) Chiúre, (8) Cuamba.
 
Em termos da distribuição global de votos, a Frelimo não foi muito para além da metade dos votos. Obteve 51,78%. A Renamo obteve 38,90% e o MDM 5,50%. Os pequenos partidos, coligações de partidos e grupos da sociedade civil obtiveram juntos apenas 0.82%.
 
Com esta distribuição de votos, a oposição consegue conquistar mandatos em todos os municípios e em 6 municípios a Renamo e o MDM juntos terão maioria nas respectivas assembleias. Na Beira, onde o MDM ganhou, a oposição - Frelimo e Renamo – juntos têm a maioria na Assembleia.

Eleições Autárquicas com participação record de 60%


A participação média dos eleitores nos 53 municípios foi de 60,3%, um aumento significativo em relação a às eleições anteriores (2013 – 46%, 2008 – 46%, 2003 – 28%). A Cidade de Maputo teve uma participação de 63% e Matola 59%, comparado com 50% e 38% em nas eleições passadas (2013). Quatro municípios tiveram uma participação acima de 70%, com Metangula a registar a mais alta participação, de 77%. Malema, onde a Renamo ganhou, teve a mais baixa participação: 39%.

CIP/Boletim sobre o Processo Político em Moçambique – Eleições Autárquicas - edição 68 (15.10.2018)

terça-feira, outubro 16, 2018

MDM interpõe recurso ao tribunal da Matola

O movimento Democrático de Moçambique na Autarquia da Matola submeteu na tarde de hoje um recurso ao tribunal Judicial daquela cidade no qual contesta os resultados que divulgados Sábado ultimo. O partido pede responsabilização criminal aos que considera serem autores da fraude.
Foi fazendo –se acompanhar do cabeça de lista do partido que a mandataria do MDM na província de Maputo Isabel Augusto Macubele foi apresentar na tarde desta terça feira o recurso contencioso ao  tribunal Judicial da Matola, reclamando vários aspectos que diz serem irregularidades deste processo. Macubele diz que o seu partido foi injustamente penalizado no apuramento intermedio tendo lhe sido subtraídos cerca de quatro mil votos
“Nos não concordamos com os resultados, por isso estamos aqui para apresentar a nossa reclamação “afirmou
Disse ainda que a prova da viciação de resultados pode ser vista nos três editais existentes sobre a mesma eleição. Questionado sobre a alegada falsidade do edital que atribui pouco mais de 16 mil votos ao seu partido Macubele afirmou que era no tribunal que o seu partido queria provar que os votos do seu partido haviam sido subtraídos.

segunda-feira, outubro 15, 2018

Frelimo vence 4 municípios com vantagem de apenas 1% ou menos


Resultados finais de eleições na web: http://bit.ly/LocEl2018

Em 4 dos 44 municípios cuja vitória foi atribuída à Frelimo, a vantagem foi de 1% ou menos. Em duas dessas 4 cidades a contagem paralela atribui vitória à Renamo, que está a contestar os resultados.

Em Monapo, a contagem provisória do STAE/CNE deu vitória à Renamo com 706 votos acima da Frelimo. Mas a Comissão Distrital de Eleições local apresentou os resultados oficiais que dão vitória à Frelimo como 206 votos acima da Renamo (1.08%).

Depois da contradição, a CNE/STAE removeu os resultados de apuramento provisório em Monapo mas o Boletim tem cópia guardada.

Em Alto Molócuè, a contagem paralela do EISA deu vantagem à Renamo  em 1090 votos mas a CDE local apresentou resultados oficiais com vitória da Frelimo com 113 votos acima da Renamo (0,63%).

Em Moatize, a CDE local declarou vitória da Frelimo com 98 votos acima da Renamo, representando 0,49% de vantagem.

Na Matola, a Comissão de Eleições da Cidade atribui vitória à Frelimo com 2 197 votos cima da Renamo, representando 0,77% de vantagem. Na Matola e Moatize não houve contagem paralela.

A Renamo tem vitória confirmada em 7 municípios: Nampula, Quelimane, Nacala, Angoche, Ilha de Moçambique, Chiúre, Cuamba. Está a reclamar nos 4 municípios onde a Frelimo ganhou à tangente, mais Marromeu, onde a Polícia desapareceu com urnas depois de ter atacado postos de votação com disparos de armas de fogo e de granadas de gás lacrimogéneo. Está em posição de ganhar em Malema, que está fora do prazo legal para publicar resultados.

Fonte:  CIP/Boletim sobre o Processo Político em Moçambique – Eleições Autárquicas - edição 67

sexta-feira, outubro 12, 2018

CIP: “Polícia dispara, dispersa observadores e foge com urnas em Marromeu”


Segundo o boletim de actualização de dados eleitorais do Centro de Integridade Pública, a Polícia disparou armas de fogo e gás lacrimogéneo durante a contagem de votos em Marromeu e carregou urnas de 10 mesas de 2 postos de votação.
No total haviam sido instaladas 39 mesas em 8 postos na vila autárquica. As escaramuças deram-se nos postos de votação instalados na EPC 4 de Outubro e EPC Julius Nyerere. As urnas reapareceram dia seguinte com agentes de Grupos de Operações Especiais (GOE) da Polícia e foram armazenadas na esquadra local da Polícia.
Os disparos da polícia dispersaram membros de mesa de votação (mmv’s), delegados de candidatura, observadores nacionais e internacionais e jornalistas.
Daniel Macuacuá, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofala, citado pelo CIP conta que “… a Polícia foi chamada para reforçar a segurança dos locais onde decorria a contagem de votos, porque já se notava um clima de instabilidade. Membros da Renamo arremessavam pedras para as mesas onde os resultados não eram a favor do seu partido. Então, Polícia foi obrigada a agir para repor a ordem e tranquilidade pública naqueles locais”.

quinta-feira, outubro 11, 2018

PARA OS MEUS QUE QUESTIONAM A “CERTEZA DO MEU VOTO”

Por Niosta Cossa

PARA OS MEUS QUE QUESTIONAM A “CERTEZA DO MEU VOTO” (PORQUE RESPONDER A CADA UM SERIA CANSATIVO)

Eu estava oficialmente de férias do Facebook, a divertir-me em paz no Instagram, seguindo celebridades internacionais, e vocês não ficaram felizes com a minha paz. Tiveram que me arrastar de volta para cá, mais cedo que contava.

Amigos, parceiros do copo e das ruas, e companheiros da vida me ligaram e mandaram mensagens questionando a autenticidade da foto que acompanha o texto e a legitimidade das minhas ideologias por conta de tal foto, por isso, achei justo vir esclarecer alguns factos em torno da mesma. Para acalmar as massas. (Ou para agitá-las – dependendo do entendimento/interpretação que cada um vai fazer do texto e/ou de como cada um será atingido pelo mesmo.)

É o seguinte:

01. Eu sou tão membro da Frelimo quanto Venâncio Mondlane é membro da Renamo. Ou seja, na relação amorosa que mantenho com a Frelimo, tenho certeza que nenhum de nós hesitaria em apunhalar as costas do outro se a oportunidade aparecesse. Viesse a bela Ivone Soares amanhã com uma bandeira da Renamo e me pedisse que fizesse uma foto, provavelmente veriam algures uma imagem minha com a bandeira da Perdiz, a sorrir. (Os da Frelimo a ligarem, indignados, a perguntarem “Niosta, qual é o teu problema, afinal?”, eu a dizer “Foi a Ivone, camaradas…”)
02. Eu sou historicamente da Frelimo. Ou por outra, há acontecimentos, posicionamentos e pessoas que fazem parte da história da organização com os/as quais me identifico. A Luta Armada de Libertação Nacional; a Revolução; o Homem Novo; Samora Machel; a Esquerda. Alguns destes marcos se intersectam com a minha história como pessoa, o que aprofunda a minha ligação histórica com O Partido.

Renamo ganha Nacala-Porto


A Renamo ganhou de forma convincente a cidade de Nacala porto, segundo dados de contagem paralela do EISA. Com 100% das mesas processadas, a Renamo obteve 55% contra 40% da Frelimo e 3% do MDM. A participação foi de 60%.
 
A actualização dos resultados eleitorais será feita regularmente na nossa página web: http://bit.ly/LocEl2018 

 
MDM ganha Beira mas perde maioria na Assembleia
 
O MDM tem 46% dos votos na Cidade da Beira, com 86% das mesas processadas, assegurando a reeleição de Daviz Simango para presidente de Município. Mas a Frelimo com 29% e a Renamo com 24% impedem o MDM de alcançar a maioria, dificultando a aprovação do programa de governação.
  
Na cidade costeira de Angoche a disputa é ainda muito mais renhida, com a Renamo e Frelimo ambos com aproximadamente 46%, quando estão processados 71% dos votos. A Renamo que está a frente em com apenas 0,78% de vantagem já reivindicou vitória. A vitória da Renamo na Ilha de Moçambique parece segura – tem 50% contra 37% da Frelimo e 10% do MDM, com 48% dos votos processados.

Zambézia dividida

A vitória da Renamo em Quelimane parece segura. Com 50% dos votos processados, a Renamo de Manuel de Araújo tem 56% contra 40% da Frelimo e 4% do MDM. A Renamo ganhou igualmente Alto Molócuè. Com 92% dos votos processados, a Renamo tem 51%, Frelimo 44% e MDM 5%.
 
A Frelimo ganhou Milange, com todos os votos processados, obteve 57% contra 40% da Renamo. A Frelimo ganhou ainda Maganja da Costa com 53%, contra 42% da Renamo e 6 do MDM. Em Mocuba, dados de contagem paralela – não oficiais – atribuem à Frelimo 50% dos votos contra 46% da Renamo, quando contabilizados 96% dos votos.
 
Primeira vitória da Renamo em Cabo Delgado
 
Em Cabo Delgado, a Frelimo venceu em Montepuez com 52% dos votos, contra 44% da Renamo, enquanto a Renamo venceu em Chiúre com 58% dos votos, contra 38% da Frelimo, ambas cidades com 100% de votos processados.  É a primeira vez que a Renamo ganha nesta província.
No Niassa, a Frelimo ganhou Lichinga com 57% contra 40% da Renamo, com 64% dos votos processados.
 
Renamo derrotada em Sofala
 
Na província de Sofala a Renamo não ganha nenhum município. A Frelimo gnaha Nhamatanda com  55% contra 40% da Renamo e 5% do MDM. Em Gorongosa, a Frelimo ganha com 72% contra 21% da Renamo e 7% do MDM. A participação é da 65%. Em Marromeu Frelimo é dada como vencedora com47%, contra 44% da Renamo e 9% do MDM 9%. Mas há problemas sérios com estes dados e os editais de apuramento parcial não foram colados em muitas assembleias de voto, tornando difícil a contagem paralela. Há problemas.
 
Disputa renhida na Matola
 
Na Matola, com 46% dos resultados processados, a Frelimo tem 48% e a Renamo 46, com o MDM a alcançar 5%. Na Cidade de Maputo o nível de processamento é de 32%, a Frelimo tem 56% e a Renamo 37%, MDM 5% e JPC 1%.
 
 
Comentário:
 
A Renamo está em condições de ganhar 10 ou mais municípios, o que seria máximo histórico. Com vitória assegurada em Chiúre, Monapo, Alto Molócuè, Ilha de Moçambique, Nacala, está na dianteira em Quelimane, Nampula, Malema, Cuamba, Moatize e Angoche.
 
Até aqui o máximo que já tinha conseguido são 5 municípios, em 2013, quando concorreu coligada à União Eleitoral.
 
Os níveis de processamento de resultados são preocupantes em alguns municípios onde a Renamo está na Liderança. É o caso de Moatize, Cuamba, Nacala, Malema, onde segundo nossos correspondentes a Renamo está a liderar na tendência do voto mas as comissões locais de eleições nada dizem. Na página web da CNE os níveis de processamentos nestas cidades são ainda zero.
 
O MDM teve um desempenho muito baixo. Não conseguiu 10% dos votos em 51 municípios. Apenas na Beira – onde governa e vence – e em Gorué – onde é governo, superou 10%.
 
A participação foi mais elevada do que nas eleições passadas, em quase todas as cidades.


Fonte:  CIP/Boletim sobre o Processo Político em Moçambique – Eleições Autárquicas - edição 64

sábado, outubro 06, 2018

O nosso Rui Chong em Nacala


O Ruca, o edil de Nacala-Porto, deve estar muito feliz com esta nova lei. Ruca dispensa aquela pergunta dos nacalenses: We Ruca "okithonyere EFOTOWA VA" (mostra-me a tua foto aqui). 
Portanto, se a Frelimo perder Nacala, o culpado não é o meu irmão Ruca, mas o acordo telefónico.

quinta-feira, outubro 04, 2018

STAE abre material de votação em sigilo em Nampula

O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral em Nampula abriu o contentor de material de votação da próxima quarta-feira sem ter antes comunicado aos partidos políticos em Nampula. O material é destinado às autarquias de Malema, Ribaue, Monapo, Angoche, Ilha de Moçambique, Nacala porto, incluindo a Cidade de Nampula. 
O acto de abertura do contentor que dispunha o referido material que se encontra aprovisionado na sede provincial daquela instituição foi testemunhado apenas pelo grupo de jornalistas presentes, agentes da PRM, técnicos do STAE e com ausência dos mandatários dos partidos políticos, pois estes não lhes foram comunicados. 
O facto foi confirmado por Ussufo Ulane, mandatário do partido Renamo que segundo ele ao se aperceber do descarregamento daquele material transportado por um camião dirigiu-se aos armazéns do STAE. Chegado lá descobriu duas caixas de material de votação estavam abertas e coladas novamente. O mandatário da Renamo exigiu que os armazéns sejam trancados com cadeados de todos partidos, facto recusado pelo Director Provincial do STAE, Príncipe Lino Uataia.

Fonte: CIP/AWEPA – 04.10.2018

Professores que apoiam oposição transferidos para fora da autarquia

Dois professores afectos à Escola Secundária 28 de Janeiro, na vila municipal de Massinga, Inhambane, foram transferidos para escola fora da autarquia depois de terem manifestado abertamente apoio à Renamo. Os professores foram transferidos para a Escola Primária de Cofe, na localidade de Lionzuane, fora do no limite do território autárquico, dias antes de início da campanha eleitoral, depois que que se declararam membros da Renamo, apurou nosso correspondente em Massinga. 
Em Milange, o segundo da cabeça-de-lista do MDM, Sitoe Felizardo Assura, também foi transferido para uma escola que dista 100 km, do seu antigo local de trabalho, após ter sido visto a fazer campanha pelo seu partido. Tendo se recusado a transferência, acabou expulso do aparelho do Estado.

Fonte: CIP/AWEPA – 04.10.2018

terça-feira, outubro 02, 2018

Sobre os embrulhados na Bandeira da Frelimo


Até que enfim, alguém como o mano Juma Aiuba explica o fenómeno de certos compatriotas que se se exibem embrulhados na bandeira da Frelimo. Já bem recordei-me da exibição de madjuba durante a guerra de 16 anos como também das exibições que aconteciam durante a  guerra colonial. Os capturados pelo exército colonial até podiam ser levados para Lisboa para ser exibidos. Aliás, a Frelimo chegou de deixar um registo com apresentação descidentes em Nachingwea em 1974 com aquilo que chamou de CONFISSÃO que segundo relatos orais de um oficial com que estudei, a Joona Simeão é que nunca quis se confundir e ser confundida mesmo em M´telela.