Violação dos
Direitos Humanos em Moçambique
Há 16 fugitivos
destas províncias em busca de protecção, dos quais cinco casos são do
conhecimento da Procuradoria-Geral da República.
A zona centro do país está a ser um palco de violação dos Direitos Humanos, sendo a marca principal os sequestros e posterior execução das vítimas, pelos esquadrões da morte. Geralmente as vítimas são membros dos partidos políticos da oposição ou a eles ligados. De Janeiro até agora, foram executadas 83 pessoas nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia.
Dezasseis pessoas
abandonaram as suas residências naquelas províncias devido ao medo de execuções
sumárias. Os dados foram divulgados na passada terça-feira, dia 10, pela presidente
da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos de Moçambique, Alice Mabota.
“O aumento de
sequestros dos membros dos partidos da oposição pelos alegados esquadrões da
morte que depois executam as suas vítimas deixa a LDH num estado de alarme”,
disse a presidente da LDH, Alice Mabota, que considera que estes actos
constituem “detenções arbitrárias, cárcere privado e execuções” puníveis nos
ternos da lei e condenáveis à luz da legislação internacional.
Moçambique
ratificou a Convenção Internacional contra a Tortura, Penas Cruéis e Tratamento
Degradante e ratificou também o respectivo Protocolo Operacional.
Estes dados são
divulgados numa altura em que a comunicação social tem reportado com alguma
insistência a existência de uma suposta vala comum em Manica. Sobre esta
matéria, a Liga dos Direitos Humanos diz que não tem dúvidas sobre a existência
das valas, mas promete trabalhar para dissipar as dúvidas nos próximos tempos.
“De Janeiro a esta
data, a LDH foi notificada de 83 execuções sumárias ocorridas em Manica,
Sofala, Tete e Zambézia, e recebeu na sua sede 16 fugitivos das províncias, em
busca de protecção”, informa a Liga dos Direitos Humanos e acrescenta que,
deste número, cinco pessoas foram encaminhadas à Procuradoria-Geral da
República, devido à gravidade dos casos.
Recorde-se que há
cerca de 11.000 moçambicanos, maioritariamente da província de Tete, que se
encontram refugiados no Malawi.
Esses moçambicanos
disseram à comunicação social que fogem do país por medo de assassinatos e de
destruição dos seus bens.
Quarenta e cinco
mil crianças sem aulas
A LDH diz que, nas
províncias acima referidas, há cerca de 45.000 crianças em idade escolar que
não frequentam as aulas em consequência da guerra, o que põe em causa a
materialização do direito à educação dessas crianças. (André Mulungo)
Fonte: CANALMOZ – 12.05.2016
Os Europeus e os Americanos estão a falhar a monitoria da democracia em África. Depois de financiarem a ditadura em Angola, agora estão a financiar a ditadura em Moçambique.É o problemas de pessoas que tem muito dinheiro.
ResponderEliminarVicente Nguiliche