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quarta-feira, agosto 13, 2014

GOVERNO E RENAMO AINDA SEM CONSENSO SOBRE HOMOLOGAÇÃO DO DOCUMENTO FINAL

As delegações do governo e da Renamo, maior partido da oposição, voltaram a divergir quanto as modalidades da assinatura do documento final que vai garantir a cessação das hostilidades militares em Moçambique.

Em causa está o facto de o governo entender que o documento deve ser assinado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. A Renamo alega que o mesmo não será assinado pelo seu líder, uma vez que este deu ordens à delegação para assina - lo.

Até aqui as espectativas apontavam que o documento seria assinado ao mais alto nível, entre Guebuza e Dhlakama.

Não obstante este facto, as duas partes concluíram hoje o documento a ser rubricado pelas partes.
Falando hoje, em Maputo, o chefe da delegação do governo, igualmente ministro da agricultura, José Pacheco, reiterou que este documento será assinado pelo Presidente moçambicano e o líder da Renamo. Vamos identificar as melhores formas para as partes se encontrarem na cidade de Maputo para rubricarem este documento. Sentimos um desconforto sob o ponto de vista militar. Por isso, as partes trabalharão para também garantir conforto que a Renamo quer para o seu líder.

O ponto é trazer a capital do país o senhor Dhlakama para rubricar o documento com o Presidente Armando Guebuza. Compete ao Chefe do Estado, na sua qualidade de Comandante-em Chefe, emanar ordens as Forças de Defesa e Segurança (FDS), acrescentou José Pacheco.

Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo e deputado pelo mesmo partido, no parlamento moçambicano, Saimone Macuiana, disse hoje, no fim da 71ª ronda do diálogo, que o mais importante é que o documento seja homologado.

Segundo Macuiana, o mais importante para os moçambicanos é a declaração do fim das hostilidades no país, ou seja eles querem saber se já temos cessar-fogo.

Macuiana acrescentou que do nosso lado temos o mandato de declarar o cessar-fogo, enquanto os nossos irmãos não têm esse aval por parte do governo, por isso a assinatura ainda não ocorreu.


Fonte: AIM – 13.08.2014

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