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terça-feira, setembro 03, 2013

Comissão Distrital de Eleições acusa candidata do MDM de pré-campanha

No Município de Massinga, em Inhambane

A Comissão Distrital de Eleições (CDE), no distrito de Massinga, através do seu director distrital, Júlio Chitofo, notificou a candidata do MDM, Ivone Jamisse, para responder no dia 02 de Setembro corrente, em sede da referida comissão, acusada de fazer campanha política antes da data marcada, entretanto devido à ausência dos queixosos a audição foi adiada para amanhã, quarta-feira.

O Canalmoz está na posse da notificação manuscrita e enviada à candidata do MDM com número 17/CDEM/2013, com assunto único “notificação”, datada de 30 de Agosto passado, a qual transcrevemos na íntegra:

“A Comissão Distrital de Eleições de Massinga notifica a senhora Ivone Florinda Bernardo Jamisse, candidata à presidente do Conselho Municipal da Vila deMassinga, e mandatária deste partido, Florência Sefane, para comparecerem na sede desta.

A referida nota foi assinada pelo presidente distrital da Comissão de Eleições de Massinga, Júlio Chitofo.

Em contacto com o Canalmoz, a candidata à presidente do Município de Massinga, pelo partido Movimento Democrático de Moçambique, disse que a Comissão Distrital de Eleições da Vila de Massinga está a acusar-lhe de estar a fazer campanha no mercado local.

Ivone Florinda nega, entretanto, todas as acusações da CDE de Massinga e diz que foi ao mercado para uma simples apresentação e não proferiu “palavras de vota” nem coisa semelhante, quando se fez presente no mercado local no dia 28 de Agosto passado.

“Fui ao mercado para apresentar--me como candidata à presidente da vila municipal de Massinga, e não pedimos votos como a comissão acusa” para de seguida fazer ela acusações:

“a CDE está a intimidar-me para não me sentir à vontade, querem fazer-me calar, querem humilhar-me, mas isso não vai vedar a minha candidatura à presidente”, referiu Ivone Florinda.

Director da CDE em Massinga foge a dar esclarecimentos

Esta segunda-feira em contacto telefónico com a nossa Reportagem em Inhambane o director distrital da Comissão de Eleições na vila de Massinga, Júlio Chitofo, negou tecer detalhes em torno do assunto. Recomendou que lhe contactássemos por volta das 14 horas do mesmo dia. Voltámos a contactá-lo e fizemos a questão de enviar um SMS a dizer que ainda estávamos à espera da sua resposta em torno do assunto que já lhe tínhamos abordado, no entanto todas as nossas tentativas redundaram em fracasso.

Candidato do MDM em Maxixe humilhado

O candidato a edil de Maxixe pelo partido Movimento Democrático de Moçambique, José Siquira, foi humilhado no mercado Dumbanegue, o maior centro de negócio nesta autarquia, quando se fazia apresentar como candidato desta formação política no último sábado, dia 31 de Agosto passado.

Alguns jovens vieram interromper o seu trabalho quando estava acompanhado pelos membros e simpatizantes do MDM. A nossa Reportagem presenciou o sucedido.

Os jovens, a mando de desconhecidos, proferiam ameaças alegando que o candidato do MDM não devia exercer actividades políticas dentro do município sem autorização das autoridades governamentais.

O facto criou uma agitação mas de um momento para o outro, simpatizantes do foram autorizados a prosseguir com o trabalho, contudo foram advertidos que da próxima vez deveriam formular um pedido, porque “este País tem donos”. (Luciano da Conceição, em Inhambane)

Em Sussundenga

MDM acusa administradora local de inviabilizar actividades políticas

Candidato do partido a edil de Sussundenga foi despromovido de professor para contínuo

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na província de Manica, distrito de Sussundenga, acusa a administradora do distrito, Mariazinha Niquisse, de estar a inviabilizar actividades políticas desta formação partidária.

Segundo o delegado político provincial desta formação política, Domingos Manuel de Sousa, os membros do partido são vítimas de ameaças, intimidações.

A administradora é também acusada de ter ordenado a prisão de 17 membros do MDM em plena reunião na sua sede em Junho último, acusando-os de estarem a se reunir em um lugar impróprio para o exercício de actividade política.

No caso mais recente, administradora é acusada de ter ordenado o enceramento da sede distrital do MDM e da casa do seu delegado distrital, alegando não estarem autorizados pelo Governo a hastearem as bandeiras partidárias.

“Estamos preocupados com a administradora e não sabemos para onde é que ela quer levar este tipo de violação da lei”, disse de Sousa.

Professor que se candidatou pelo MDM foi despromovido a contínuo

Ainda no quadro das suas acções de perseguição, a administradora de Sussundenga teria ordenado a Direcção Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia a mandar despromover e transferir o professor Albertino Alberto, docente das turmas de 4.ª e 5.ª classes na EPC de Mandjate para simples contínuo na secretaria duma outra escola.

Albertino Alberto é candidato à presidência do Município de Sussundenga, pelo partido MDM.

Administradora explica-se

Abordada a administradora do Distrito de Sussundenga, Mariazinha Niquisse, apronunciar-se sobre o sucedido, esta, em parte, confirmou os factos.

“Eu não dei ordens a ninguém para que o professor passasse a contínuo, mas, sim, fizemos-lhe uma transferência da escola onde ele dava aulas para a sede distrital e como não havia salas para ocupar deixamos o professor na secretaria da escola mãe”, afirmou a administradora de Sussundenga, Mariazinha Niquisse, em contacto telefónico com a nossa Reportagem.

“Portanto todas as acusações vindas do delegado do MDM são infundadas porque muito bem falei com ele sobre os assuntos do seu partido. Eles não podem circular com bandeiras em todo o canto do distrito, sem que se esteja em pré-campanha ou campanha eleitoral, isto não é permitido por lei”, disse sem citar a tal lei em que se baseia.

Questionada, administradora, sobre a sua alegada “mão” na prisão dos 17 membros do MDM, a governante disse que não se encontrava no distrito quando a detenção sucedeu.

Mariazinha Niquisse é conhecida, na administração pública como sendo uma das administradoras “radical” a nível da província de Manica, que em tempos mandou encerrar as sedes da Renamo e mandou deter os delegados do PDD e MDM, na campanha para as eleições gerais de 2009 e que foi a promotora de uma campanha que resultou na violência eleitoral a nível daquele distrito da província de Manica. (José Jeco)

Fonte: CANALMOZ – 03.09.2013

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