O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, propôs hoje um encontro com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, na próxima semana em Maputo, convite ao qual o presidente da maior força política da oposição responderá na quarta-feira.
O conselheiro e porta-voz da presidência moçambicana, Edson Macuácua, disse hoje aos jornalistas que "Armando Guebuza está disposto a manter um encontro com o dirigente da Renamo, próxima semana, na cidade de Maputo", impondo como condição a desmilitarização do movimento.
Desde Dezembro, o Governo e a Renamo tentam alcançar sem consenso em torno da legislação eleitoral aprovada no Parlamento pela Frelimo, mas, nos últimos dias, as diferenças agudizaram a tensão entre as partes com emboscadas contra viaturas na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, no centro de Moçambique, atribuídas à oposição.
Mas, em contacto com a Lusa, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse que Afonso Dhlakama só vai dizer se aceita o encontro em Maputo na próxima quarta-feira, em conferência de imprensa a realizar em Santujira, localizado na Serra de Gorongosa, onde reside desde o ano passado.
De acordo com o porta-voz da presidência moçambicana, Armando Guebuza mandatou a delegação do governo, chefiada pelo ministro da Agricultura, José Pacheco, para criar condições que resultem na realização deste encontro ao mais alto nível.
A agenda das conversações será fixada pelas delegações do Governo e da Renamo que voltam a se reunir na segunda-feira, contudo, o executivo anunciou um ponto prévio para o próximo encontro: a desmilitarização da Renamo.
"O Governo vai apresentar no encontro de segunda-feira um ponto prévio que tem a ver com a desmilitarização da Renamo, para que este movimento se conforme com o quadro de um Estado de direito democrático que regula as atividades dos partidos políticos no país", disse Edson Macuácua.
Na sexta-feira, líderes religiosos defenderam um encontro entre o chefe de Estado moçambicano e o líder da Renamo, numa audiência com Armando Guebuza.
Anteriormente, na terça feira, Dia da Independência de Moçambique, Armando Guebuza disse que "nunca" recusou falar com o presidente da Renamo, para ultrapassar o clima de insegurança que se vive no país, mas reconheceu a "complexidade do diálogo".
"Ele é que se escapa sempre", disse Armando Guebuza em declarações à imprensa, na Praça dos Heróis, à margem da cerimónia dos 38 anos da independência.
Reagindo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga considerou que "um chefe de Estado não pode lamentar que um compatriota seu, por sinal personalidade com a qual já disputou duas eleições, esteja a escapar-lhe".
Fonte: Lusa - 01.07.2013
Nguiliche
ResponderEliminarO governo empurrrou a Renamo para o lodo e pretende sair de lá e deixar a Renamo suja! Quem dizia o Chefe do Estado de que vive de sangue?
Nguiliche
ResponderEliminarQuais os discursos que vão se seguir depois do encontro? "Nós chamamos a ele para entender por que está a matar o POVO e nós demos aquilo que ele queria, por que nós não queremos que o nosso POVO continue a morrer, a sofrer, a viver ameaçado"!
África só poderá alcançar o seu crescente potencial com líderes que servem aos seus povos e não tiranos que se enriquecem às suas custas.
ResponderEliminarPenso que sim isso e isso. Alegro me que a minha terra amada seja uma excepcao, uma ilha perdida em africa