O governo moçambicano manifestou hoje a sua disponibilidade para realizar mais uma sessão de diálogo com a Renamo, o maior partido da oposição no país, a ter lugar na quinta-feira da semana corrente, em Maputo, tendo como principal ponto da agenda o desarmamento deste antigo movimento rebelde.
Segundo o Gabinete do Primeiro Ministro, este encontro, o segundo em uma semana, também deverá servir de uma plataforma para preparar o diálogo entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
A delegação do governo quer assegurar ainda que nesta sessão sejam assinadas três actas pendentes das três sessões anteriores.
Contudo, a sessão de quinta-feira ainda carece de uma confirmação da Renamo.
Refira-se que o governo levou como questão prévia para a sessão de segunda-feira última o desarmamento deste antigo movimento rebelde.
Porém, a Renamo recusou-se a discutir o assunto do desarmamento dos seus militares, anotando que a matéria será abordada no segundo tema das conversações, que versa sobre as Forças de Defesa e Segurança.
A Renamo entende que a exigência do governo é uma forma de introduzir o segundo ponto das conversações, que tem a ver com as Forças de Defesa e Segurança, numa altura em que não foi concluído o primeiro tema, quando já passam oito rondas negociais.
No total, são quatro os pontos apresentados pela Renamo nas conversações e que já estão na mesa do debate, designadamente a Legislação Eleitoral; Forças de Defesa e Segurança; Despartidarização do Aparelho do Estado; e Questões Económicas.
Falando a imprensa no término da última sessão de diálogo, o chefe da delegação do governo, José Pacheco, disse que “vimos uma Renamo não disposta em falar sobre este assunto porque, no seu entender, este assunto não é importante como questão prévia e pode aguardar”.
Segundo Pacheco, a proposta do governo visa consolidar a unidade nacional e a independência bem como preservar a paz e aprofundar o exercício democrático e o diálogo.
O governo entende que não pode haver uma Renamo em três metamorfoses, com representação na Assembleia da República e no diálogo – aparentemente com interesses democráticos – e uma outra Renamo belicista e que protagoniza ataques a civis e militares.
“Os ataques são consequência de quem tem armas ilegalmente e as usa para actos de banditismo e faz ataques e nós gostaríamos que a Renamo acolhesse esta questão de desarmamento”, disse Pacheco.
Fonte -AIM - 02.07.2013
Também me parece uma manha eSsa de desmilitarização como questão previa. E porque não as apresentou aquando das questões prévias que caracterizaram os primeiros encontros?
ResponderEliminarEsperava-se pelas mortes? Não brinquem com o povo. A primavera árabe da sinais de ressurreição no Egipto. Algum dia chegara a primavera dos moçambicanos.
Desmilitarização? Que palhaçada essa? É pra piorar a humilhação?
ResponderEliminarNguiliche
ResponderEliminarPerante aquilo que foi o comportamento das forças de defesa e segurança em relação aos partidos de oposição, nao se pode prever entendimento facil.