PRM proíbe MDM de manifestar

O Movimento Democrático de Moçambique, MDM, havia marcado, para o dia 18 de Abril uma manifestação popular que consistiria uma marcha pelas avenidas da cidade de Maputo e uma comissão faria entrega de uma carta de repúdio ao Ministério do Interior devido ao recurso abusivo da força policial para reprimir a oposição e até para ganhar uma eleição, como foi o caso da eleição de intercalar de Inhambane, em Abril de 2012 e a tentativa falhada em Dezembro de 2011, na intercalar de Quelimane.

Para tal efeito, no dia 12 deste Abril, o MDM mandou informar ao presidente do Conselho Municipal de Maputo sobre a sua intenção e pediu a protecção da polícia, segundo recomendam as leis. Tanto o Conselho Municipal quanto a polícia mantiveram-se calados até que, na manhã de hoje, dia 18, um contingente policial, fortemente, armado aparece a dizer que tinha ordens superiores (não disse de quem) para que o MDM não se fizesse à rua.

Quando a concentração de militantes do MDM ia crescendo e chegada a hora do início da marcha sem que tivesse aparecido qualquer elemento da polícia para a protecção solicitada, a chefia do partido do galo indigitou um colega seu para se deslocar ao Conselho Municipal para perceber o que estava a acontecer. Chegado lá, o enviado do MDM foi-lhe entregue uma carta, elaborada naquele preciso momento, com o despacho seguinte: “O substituto do Presidente do Conselho Municipal de Maputo indefere o pedido, em virtude da data e horário propostos coincidirem no meio da semana, período em que se regista tráfego intenso nas vias indicadas, podendo, no entanto, reprogramar para um fim-de-semana” – fim da citação.

Depois apareceu um oficial superior do Comando da PRM ao nível da Cidade de Maputo que disse ser o Chefe da Ordem que mandou os efectivos policiais fazer um cerco aos militantes do MDM que, no entanto, cantavam e dançavam enquanto aguardavam que a situação fosse resolvida.

Gerou-se uma grande confusão e a polícia barrava a passagem e com armas em riste, como sempre actuou em circunstâncias idênticas. Em Inhambane, o presidente do Conselho Municipal da capital provincial, Benedito Guimino, saído da conturbada eleição intercalar de Abril de 2012, tomou uma atitude igual à do seu camarada David Simango, interditando a manifestação programada pelo MDM, tendo apelado à policial para que as manifestações não fossem toleradas.

A presidente da Liga dos Direitos Humanos, Dra. Alice Mabota não conseguiu demover a polícia das ordens recebidas para reprimir o MDM caso avançasse. Inconformados com a ilegalidade, os homens do MDM foram conduzidos, pela polícia, à sua delegação.

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Notícias idênticas de interdição de manifestação aconteceu na Vila da Macia, onde, na noite do dia de Abril, supostos elementos ligados ao partido no poder vandalizaram e incendiaram a sede do MDM, um partido com assento na Assembleia da República, mas, completamente sufocado pelo partido no poder que diz, pelos cantos do País e não só, que é democrático, inclusivo e aberto ao diálogo.

Na prática, o partido governamental pela boca diz desejar paz, porém, manda bater, prender, torturar elementos da oposição, não permite nem tolera que os partidos da oposição de facto, e não os seus fantoches, hasteiem os seus símbolos como bandeira e manda queimar as sedes dos adversários. Esta é a postura irónica de um partido que diz lutar pela paz e tranquilidade. O partido governamental pensa que a paz é ver as pessoas em silêncio com medo das armas.

Por: MDM - Gabinete de Informação