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segunda-feira, abril 01, 2013

É preciso despir-se do medo da mudança

EDITORIAL (SAVANA)

Nestes próximos seis meses que precedem as eleições autárquicas de Novembro, veremos mais das mesmas figuras que depois de eleitas em 2008, remeteram-se à sua importância, deixando os seus eleitores a tentarem adivinhar qual é a importância do seu voto.
Durante estes seis meses, aparecerão em mercados, em comícios populares e em tudo quanto é espaço público, todos sorridentes, cara de simpáticos, num esforço para conquistar o voto. Mas chega o dia da tomada de posse, e logo a seguir desparecerão da arena pública. Estarão tão ocupados que já não lhes restará nem um minuto para se encontrarem com as mesmas pessoas de quem agora esperam o seu voto.
E como tem sido hábito para seres mais importantes neste nosso canto do mundo, lá estarão de novo nas suas limousines de vidros fumados, circulando pelas ruas e avenidas das suas respectivas jurisdições, escoltados por homens armados até aos dentes, cujo único contacto que têm com o público é a sua voz autocrática e ameaçadora a gritar: “afastem-se, afastem-se”!

In Savana (29.03.2013)

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