Quatro chefes de Estado e de governo africanos, entre os quais, a líder malawiana Joyce Banda deslocam-se próxima semana aos Estados Unidos da América à convite do presidente Barrack Obama, no quadro do reforço das relações com o continente africano.
Para além da estadista malawiana, foram igualmente convidados à Casa Branca os presidentes da Serra Leoa, Ernest Koroma, e do Senegal, Marck Sall, bem como o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves.
Durante a audiência, a ter lugar no próximo vinte e oito deste mês, Barrack Obama, vai discutir com os dirigentes africanos o reforço das instituições democráticas na África Sub-sahariana e a consolidação do progresso democrático para gerar maiores oportunidades económicas e a expansão do comércio e do investimento.
Os Estados Unidos pretendem através do mecanismo designado “AGOA”ajudar os países africanos a usar o comércio para combater a pobreza e desenvolver as suas economias através da promoção do ambiente de negócios.
Actualmente trinta e oito países africanos são elegíveis para o programa, entre os quais o Malawi, podendo assim exportar quase todos os seus produtos para os Estados Unidos isentos de direitos, em especial produtos de valor acrescentado.
A embaixadora norte-americana acreditada em Lilongwe, Jeanine Jackson, destaca numa declaração, a importância da visita e a parceria estratégica entre os Estados Unidos e os líderes dos quatro países africanos convidados pelo Presidente Obama.
Lê-se na declaração que os Estados Unidos mantém fortes alianças com estes países baseadas em interesses e valores decmocráticos comuns.
A Casa Branca salienta também a importância estratégica que o Presidente Barrack Obama atribui a construção de alianças e ao compromisso para trabalhar com as democracias africanas fortes e emergentes na África sub-saharina.
Recorde-se que no quadro da parceria entre a América e África, o Presidente Obama reuniu-se em Julho de 2011 na Casa Branca com os presidentes do Benin, Guiné, Nigéria e Costa do Marfim.
As relações entre os Estados Unidos da América e o Malawi ganharam novo ímpeto com a subida da Presidente Banda ao poder em Abril do ano passado.
A restauração dos direitos humanos levou a administração norte-americana a repôr o compacto de trezezentos e cinquenta milhões de doláres do Millennium Challenge Corporation que havia sido suspenso pelos Estados Unidos devido a alegada má-administração do falecido presidente Bingu wa Mutharika.
Uma das condições para o acesso aos fundos do Millennium Challenge Corporation diz respeito à boa-governação e aos direitos humanos.
Por Faustino Igreja, em Blantyre
Fonte: Rádio Mocambique - 20.03.2013
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