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sexta-feira, agosto 17, 2012

Marínguè: Há falcatruas na Educação


Comentário (Reflectindo): Quando o desvio de fundos do Estado e até roubar dos colegas se tornou algo eis que:

1. A directora de Educação, Juventude e Tecnologia em Marínguè, Maria Baronete, reconheceu a ocorrência de tais falcatruas que, no seu entender, resultam de falhas que acontecem no exercício normal de qualquer actividade. Ela promete corrigir este procedimento, a breve trecho, numa região que conta com um efectivo de 483 docentes.

2. O governador de Sofala diz: “fica claro que a questão das horas extras é complexa até no país, porque, às vezes, pagamos a pessoas que não deviam receber e prejudicamos aqueles que têm direito”. Que isto resulta da fraqueza de planificação do sector visado.

Digam-me senhores porquê tamanha falcatrua tem que se considerar de falhas que ocorrem em exercício normal de qualquer actividade? Porquê só nos últimos anos, com pessoal formado em administração escolar, em economia, em contabilidade em instituições do ensino superior, a questão de horas é complexa quando já tivemos administrativos com apenas 4ª ou 6ª classe que tornavam isso muito simples? Fraqueza de planificação no sector de educação, ainda em Marínguè com apenas 483 professores?
Finalmente: digam-me que é falha e precisa apenas de ser corrigida e não tomarem-se medidas administrativas e processarem-se os infractores?





O Sector de Educação, Juventude e Tecnologia a nível do distrito de Marínguè, em Sofala, está a enfrentar graves problemas relacionados com desvios de fundos do Estado, em moldes de pagamento de horas extras aos funcionários não contemplados que exercem actividades burocráticas, em detrimento dos professores com legítimo direito nas salas de aula.

Trata-se de um esquema já cativado nas folhas de vencimentos em que mensalmente um grupo de funcionários sentados no gabinete saca dos cofres do Estado 15 horas de trabalho acima do seu salário, sem que tenham realizado qualquer actividade neste sentido.

Além disso, trabalhadores há que recebem subsídios de directores de escolas sem exercer esta função, enquanto os legítimos dirigentes não se beneficiam deste direito há longos anos. A directora da Escola Primária Completa de Nhadongo, Irene Inguane, é exemplo desta situação desde o ano passado até esta parte.

Como se não bastasse, o administrativo da Educação em Marínguè, Domingos Baitone, é apontado como estando a beneficiar-se de cinco por cento do valor descontado das dívidas mensais contraídas pelos funcionários aos comerciantes, constituindo assim uma flagrante violação do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado, senão com o estabelecimento de um prévio acordo como no caso dos mutuários do Fundo de Desenvolvimento Distrital, (sete milhões).

Abordada pelo nosso Jornal sobre o assunto, a directora de Educação, Juventude e Tecnologia em Marínguè, Maria Baronete, reconheceu a ocorrência de tais falcatruas que, no seu entender, resultam de falhas que acontecem no exercício normal de qualquer actividade. Entretanto, a nossa interlocutora promete corrigir este procedimento, a breve trecho, numa região que conta com um efectivo de 483 docentes.

O facto, foi despoletado durante o encontro que o governador Carvalho Muária orientou semana passada em Marínguè com funcionários e agentes do Estado, sendo que a problemática da Educação veio ao de cima ainda com queixas da falta da educação inclusiva e casos isolados da suposta discriminação de professores deficientes, conforme desabafou o deficiente visual Joaquim Jambo, professor da EPC na vila de Marínguè.

Reagindo sobre o “fantasma” de horas extras, o timoneiro de Sofala determinou que seus assessores vão trabalhar pormenorizadamente na matéria com vista a apurar a veracidade dos factos. “Mas fica claro que a questão das horas extras é complexa até no país, porque, às vezes, pagamos a pessoas que não deviam receber e prejudicamos aqueles que têm direito”. Por isso, Muária referiu que este assunto deve ser analisado cuidadosamente, pois que resulta da fraqueza de planificação do sector visado.

Fonte: Jornal Notícias – 17.08.2012

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