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quinta-feira, julho 12, 2012

Interesse no gás natural leva PM sul-coreano a Moçambique

A Coreia do Sul pretende instalar no país uma empresa de prospecção e exploração de gás natural para abastecer o mercado asiático. Em troca, Moçambique espera ganhos na área da ciência e tecnologia.
Não podia ser outra coisa, senão o gás: este é o grande interesse que move o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Hwang-Sik, a deslocar-se a Moçambique para um encontro de negócios com as autoridades moçambicanas, representadas pelo Ministério da Energia, com envolvimento directo dos técnicos da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos - ENH.


A visita é de três dias e a agenda é de negócios, em particular.

Assim, o governante sul-coreano chegou na manhã de ontem a Maputo, naquela que constitui a sua primeira visita de trabalho ao país.

Com as recentes descobertas de gás na bacia do Rovuma e os trabalhos de prospecção deste minério, a Coreia do Sul não ficaria alheia. Na verdade, aquele país faz parte da estrutura accionista da empresa italiana de hidrocarbonetos - ENI, (com 10 por cento de acções) através da empresa sul-coreana, KOGAS. mas também porque pretende se envolver, directamente, na pesquisa do minério.

A razão é simples: com a Europa controlada pela Rússia na produção de gás e a Ásia pelo Irão e outros colossos, a Coreia do Sul não tem outra manobra do que direccionar os seus investimentos para outros destinos: África e, em particular, Moçambique.

Com o alerta das britânicas BP e Shell, de entrar na corrida pelo gás em Moçambique, para além das mais de sete companhias já no terreno, a KOGAS não ficaria para atrás.

Mas os interesses da Coreia do Sul em Moçambique não são de hoje. Em 2010, uma missão empresarial da Coreia do Sul, liderada pelo então vice-ministro do Conhecimento Económico, Young Jun Park, visitou Moçambique para identificar possíveis áreas de investimentos no país. Estiveram no país representantes de 20 empresas de diversos ramos, incluindo de hidrocarbonetos, tecnologias de informação e comunicação e, por fim, de recursos minerais. Uma dessas empresas foi a própria KOGAS, o maior comprador de gás natural líquido e único vendedor de gás a retalho na Coreia do Sul.

Fonte: O País online - 12.07.2012

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