Por Faustino Igreja
O vice-Presidente do Malawi, Khumbo Kachali, disse esta segunda-feira que a
Presidente Joyce Banda vai concorrer não só para as eleições gerais de 2014,
mas também em 2019, de modo a governar o Malawi durante doze anos.
Kachali acrescentou que a primeira mulher a ocupar o cargo de Chefe de
Estado na África Austral merece apoio, de modo a governar até 2024, porque,
segundo suas palavras, ela foi “enviada por Deus”.
Apesar desta intenção, a candidatura da Joyce Banda às presidenciais de 2014 deverá ser
confirmada durante o Congresso do seu partido, a realizar-se ainda este ano.
De acordo com a Constituição
malawiana, Joyce Banda tem o direito de fazer dois mandatos
presidenciais, o que significa que ela pode concorrer em 2014 e em 2019.
Os dois anos que ela vai fazer na Presidência até à realização das próximas
eleições gerais, não lhe retiraram esse direito porque ela assumiu a liderança
do país em Abril último, em substituição do falecido Presidente Bingu wa
Mutharika.
Joyce Banda, de sessenta e dois anos de idade, subiu ao poder na sequência da morte súbita
do Presidente Bingu wa Mutharika devido a paragem cardíaca.
O ano passado, Banda fundou a sua
organização política, o Partido Popular,
por não concordar com a indicação do irmão do falecido presidente Bingu wa
Mutharika para candidato as eleições de
2014.
Mas antes, ela já havia sido expulsa do partido DPP de Bingu wa Mutharika.
As eleições gerais de 2014 poderão constituir um teste decisivo para Joyce
Banda, mas tudo indica que ela poderá sair vencedora, tendo em conta o actual
xadrez político no Malawi, onde geralmente os partidos no poder ganham a disputa eleitoral.
Para além disso, dos mais de trinta partidos políticos registados no
Malawi, apenas três estão no activo, com
uma relativa estruturação ao nível do país, enquanto os restantes se debatem
com uma crise organizacional.
Esta desagregação das organizações políticas é agravada pelo facto de a
maior parte dos seus dirigentes estarem a filiar-se em massa ao partido da Joyce Banda, na
tentativa de chegarem ao poder.
Por outro lado, desde a subida ao
poder em Abril último, a nova liderança do país tem vindo a introduzir reformas
políticas e económicas de modo a
restaurar a democracia, os direitos humanos e uma maior aproximação com os
doadores ocidentais que contribuem para
o orçamento do Malawi em cerca de quarenta por cento, o que pode catapultar a
vitória da actual presidente malawina em
2014.
Caso se concretize intenção da Joyce
Banda se manter no poder por doze anos, o Malawi poderá ser o primeiro país da
África, senão mesmo do mundo, a cometer tal proeza, em que um país africano é
dirigido por uma mulher por mais de uma década.
O Malawi tem cerca de catorze milhões de habitantes, dos quais mais de
metade são do sexo feminino.
Fonte: Rádio Moçambique – 20.06.2012
Reflectindo: Pois é, coisas de África, ao invés de falar apenas das eleicões de 2014 os lambebotas já estão a estragar a imagem da Joyce Banda. Ela foi enviada de Deus, mister Kachali quer nos dizer que Deus matou Wa Mutharika para a Banda puder governar?
Reflectindo: Pois é, coisas de África, ao invés de falar apenas das eleicões de 2014 os lambebotas já estão a estragar a imagem da Joyce Banda. Ela foi enviada de Deus, mister Kachali quer nos dizer que Deus matou Wa Mutharika para a Banda puder governar?
O mais importante devia ser o Malawi ser bem governado por Joyce ou outra pessoa. Temos exemplos de sobram mostrando k kwanto mais tempo ficam no governo, mais "cagadas" cometem esses governantes africanos. Eu gostava k Joyce abandonasse o governo com uma imagem boa, diferente dos seus antecessores
ResponderEliminarNem restam dúvidas, Nelson. Mas os que estragam a muitos líderes são os subordinados que ganham por bajulacäo. Eu reservo as minhas duvídas que a Joyce tenha tido muito tempo para dizer a quem quer que seja que quer governar até 2024. Ela me parece muito inteligente que não faria isso. Isto acontece muito nos partidos africanos.
ResponderEliminarConcordo, Reflectindo. Parece leviano demais para ela ter feito esta afirmação, em tão pouco de governação. Parece-me mais ser coisa dos "lambe-botas" que ela, com certeza, também tem. E é por estas e outras que os tiranos se mantêm no puder, pois com o staff destes é muito fácil de conseguí-lo.
ResponderEliminarFico feliz em ter sinal da Gata.
ResponderEliminarEste caso ajuda-nos a perceber do porque temos tiranos, presidentes que nunca querem sair do poder. Este caso me fez lembrar dum post e debate do Jorge Saiete.
Ninguém pode acreditar que por mais confianca que tenha no seu vice-presidente, a Joyce Banda tenho o dito que a sua meta é governar até 2024.