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terça-feira, março 20, 2012

DEPORTADOS ESTRANGEIROS COM VISTOS DE MOÇAMBIQUE FALSOS

Maputo, 20 Mar (AIM) – Pelo menos 27 cidadãos estrangeiros foram interditados de entrar no território moçambicano na semana passada porque os seus passaportes ostentavam vistos falsos.

Trata-se de cidadãos de nacionalidades chinesa, somali e paquistanesa que chegaram a Moçambique por volta das 13 horas da Quarta-feira passada através de um voo da companhia aérea Ethiopian Airlines, segundo disse hoje o porta-voz do Comando-geral da Polícia, Pedro Cossa, durante o habitual briefing semanal com a imprensa.

Na sequência dessa medida das autoridades moçambicanas, todos os 27 estrangeiros foram deportados para os seus países de origem, obedecendo a norma internacional que obriga as companhias aéreas a arcarem com as despesas de devolução dos passageiros envolvidos nesse tipo de problemas.

“As nossas embaixadas não podem ter emitido um visto falso, é evidente que essas pessoas enganaram-se ou foram enganadas por alguém. Há uma rede clandestina que se dedica a falsificação de vistos”, disse Cossa, acrescentando que esse problema afecta vários países do mundo.

Nos últimos anos, Moçambique tornou-se num destino ou local de trânsito preferido por imigrantes estrangeiros ilegais ou com vistos falsos. Alguns destes usam Moçambique como um país de trânsito, onde se estabelecem por algum tempo, procurando melhores condições de atravessar a fronteira para a vizinha África do Sul.

Aliás, por causa de situações similares, ano passado, as autoridades moçambicanas chegaram a usar um total de quatro aviões, três dos quais fretados, para evacuar mais de 400 imigrantes estrangeiros que se encontravam no país em situação ilegal.

Ainda no seu contacto com a imprensa, Cossa disse que a Polícia da República de Moçambique (PRM) na província nortenha de Cabo Delgado deteve um total de 47 cidadãos tanzanianos, dois malawianos e um guineense que se dedicavam ao garimpo ilegal no distrito de Montepuez.

Este grupo foi encontrado com pedras semi-preciosas em quantidade não especificada, e somas em dinheiros em diversas moedas incluindo metical, dólar americano, kwacha, francos e shillings.

Segundo Pedro Cossa, este grupo é frequentemente neutralizado e devolvido para os seus respectivos países, mas logo regressam aquele ponto de Moçambique, rico em diversos recursos naturais, incluindo os minérios.
(AIM)
MM/DT

Fonte: AIM - 20.03.2012

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