O nome de Moçambique aparece numa lista de 26 países africanos com elevado grau de perigosidade, onde a qualquer momento poderão eclodir agitações pronunciadas na esteira do aumento de tensões socioeconómicas ao longo do presente ano de 2011.
O ambiente sociopolítico turvo alegadamente detectado em Moçambique surgiria na sequência dos constantes agravamentos dos preços de produtos alimentares e dos combustíveis, situação considerada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) “ameaça às famílias pobres”.
As tensões sociais e económicas devem-se também à incerteza na arena geopolítica internacional e ao crescimento excessivo dos mercados de activos dos países emergentes, segundo ainda o FMI, no seu mais recente relatório sobre perspectivas económicas mundiais, lançado no princípio deste mês de Abril.
Avança o documento que o aumento dos preços do petróleo registado desde Janeiro de 2011 e os dados mais recentes sobre a disponibilidade deste produto, incluindo sobre a capacidade de reposição, sugerem, contudo, que até agora as quebras de oferta terão apenas efeitos moderados na actividade económica.
Realça ainda aquela instituição de Bretton Woods que, em geral, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) mundial deverá atingir cerca de 4,5%, em 2011 e 2012, colocando- se pouco abaixo dos 5% registados em 2010.
África do Sul
Debruçando-se, particularmente, sobre o que poderá acontecer na África Subsaariana, ao longo do presente ano, o FMI indica que a subregião tem recuperado bem da crise financeira mundial, “perdendo apenas para a Ásia em desenvolvimento no seu ritmo de expansão”.
Caso nada ou quase de anormal ocorra, as projecções do FMI apontam para um potencial crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, em cerca de 5,5% e em 6%, em 2012, acontecendo cenário menos robusto na África do Sul, cujo PIB será de apenas 3,5%, em 2011, “taxa que é insuficiente para reverter substanciais perdas de empregos dos últimos dois anos”.
O fraco crescimento da economia sul-africana tem a ver com a “forte procura interna e excesso de capacidade de retenção do investimento privado”, segundo igualmente o FMI.
As convulsões sociais e económicas, na óptica do FMI, deverão ocorrer, em 2011, em países africanos tais como Benin, Burquina Faso, Burundi, República Centro Africana, Comores, Congo, Eritreia, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Lesoto, Libéria, Madagáscar, Malaui, Mali, Moçambique, Níger, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Togo, Zâmbia e Zimbabué.
Fonte: Correio da Manhã in @Verdade - 26.04.2011
Não quero ser acompanhante dos "apóstolos da riqueza usurpada", mas falta um reino déspota-Swaziland, e outro País paupérrimo- Malawi.
ResponderEliminarMoçambique está no crescimento acima dos 6,6%.
Pena que o povo não usufrua do crescimento - falso, na realidade.
As tensões tender-se-ão a agravar após descoberta de grandes bacias de Gás e petróleo, bem como carvão e ouro.
Será o fim de uma Monarquia, em que o Rei foi sempre a Frelimo.
Fungulamasso
Não me refiro Malawi, que consta, mas sim Uganda, que já dá sinais de distúrbio desde Janeiro 2011.
ResponderEliminarCurioso, Angola não consta na lista.
Será o "galo" do FMI.
Fungulamasso
Nada de novo.
ResponderEliminarNada mesmo.
Só não vê quem não quer.
Zicomo
Devem haver países que não constam na lista sendo de incerteza política latente. Os que constam na lista podem, querendo, prevenir-se e assim evitarem que algo se concretize. Mas o pior será para aqueles países que acharem que isto é uma conspiracão.
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