Acusada de abuso de poder
Conforme reportámos neste jornal, alguns cidadãos, que supostamente foram vítimas da alegada má actuação da juíza em causa, já fizeram exposições para a PGR com o conhecimento da AR.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já está na posse do processo referente ao “caso juíza-presidente do Tribunal Judicial de Nacala-Porto”, Chakila Mahomed Abu Bakar, acusada de abuso de poder, na sequência de ter alegadamente julgado e condenado, sem matéria, a seis meses de prisão, a sua ex-empregada.
O referido julgamento, lembre-se, relacionava-se com um suposto crime de condução ilegal, alegadamente forjado pela própria juíza em conivência com o chefe da brigada da Polícia de Trânsito em Nacala, Romão da Graça, agora exonerado do cargo e suspenso das suas actividades, na sequência do mesmo caso.
Alberto Paulo, procurador-chefe da Procuradoria-Geral da República a nível da província de Nampula, disse à nossa reportagem, na última segunda-feira, que logo depois de o caso ter sido despoletado pela Stv e pelo jornal “O País”, a instituição que dirige tratou de recolher toda a informação e enviou-a ao procurador-geral da República, Augusto Paulino, para, em função dos elementos disponíveis, avaliar se se pode solicitar a revisão extraordinária da sentença, segundo recomenda a lei.
A nossa fonte acrescentou ainda que este procedimento resulta do preceituado na própria lei, uma vez que o caso já havia transitado em julgado e, a nível da província, não há nada que se pode fazer para a revisão da sentença, mesmo que se conclua que houve injustiça. Neste caso, o recurso seria escrever-se para o procurador-geral da República - entidade a quem a lei confere o poder de solicitar a revisão de uma sentença. (Nelson Belarmino)
Fonte: O País online - 21.10.2010
Reflectindo: Leiam os comentários no O País online. Alguns são assustadores.
Pois é...
ResponderEliminarZicomo