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quinta-feira, julho 29, 2010

PR do Malawi diz NÃO à energia de Cahora Bassa

O Presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika, rejeitou esta quarta-feira a importação da energia moçambicana a partir da Hidroeléctrica de Cahora-Bassa em Tete, alegando ser um negócio extremamente oneroso.
Segundo especialistas da indústria energética, a decisão do Mutharika significa que o Malawi vai continuar a perder anualmente 238 milhões de dólares devido a fraca energia eléctrica fornecida ao parque industrial daquele país.
Trata-se de um valor que o Malawi poderia poupar caso optasse pela energia da HCB contra o pagamento anual de apenas doze milhões de dólares.
Falando a jornalistas em Lilongwe, Bingu wa Mutharika reiterou que a ligação à HCB só iria favorecer apenas a Moçambique, uma vez que mesmo sem consumir toda a energia fornecida, o Malawi seria obrigado a pagar mensalmente a um milhão de dólares àquela empresa.
Ele considera que nestas condições, o negócio é inviável, sublinhando que como Presidente do Malawi não vai autorizar que tal aconteça, porque isso significaria o desperdício das poucas divisas de que o país dispõe.
Bingu Wa Mutharika referiu ainda que o Malawi vai potenciar o uso dos seus recursos hídricos para a produção de energia que necessita, sem depender de Moçambique.
Segundo dados oficiais, a economia malawiana sofre anualmente prejuízos estimados em duzentos e trinta e oito milhões de dólares devido a fraca energia eléctrica, valor este que representa quatro 4,4 por cento do Produto Interno Bruto do Malawi.
Mutharika afastou igualmente a possibilidade da assinatura de um acordo com o Banco Mundial visando o empréstimo de 48 milhões de dólares para a construção de uma linha de transporte de energia eléctrica a partir de Tete para o Malawi.
O projecto iria permitir ao Malawi dispor de 485 megawatts de energia contra os actuais 285, que se mostram insuficientes para fazer face à demanda.
Aquela instituição financeira internacional havia dado um ultimato ao Malawi para decidir sobre aquele financiamento até quinze de Março passado, mas até agora as duas partes não chegaram a consenso.
Recorde-se que no ano passado o PCA da HCB, Paulo Muxanga, disse que haviam fracassado as negociações com o Malawi visando a venda da energia aquele país.
Com uma população estimada em treze milhões de habitantes, apenas sete por cento de malawianos têm acesso à energia eléctrica.

Fonte: Rádio Mocambique - 29.07.2010

8 comentários:

  1. Hum, hum, hum,

    Não sei não, o certo é que Malawi sem grandes recursos como Moçambique, aquele país regista progressos em certas áreas que o nosso, sempre foi assiM...

    Zicomo

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  2. Hoye, Hoye,

    Cahora Bassa 'e Nossa.

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  3. Quando a alguns anos visitei Malawi, alguma coisa em termos de desenvolvimento me impressionou. Porém, há coisas que tanto no Malawi como em Mocambique deviam ser visto doutra maneira. E isso é precisamente em termos de desenvolvimento económico das duas nações. Essa visão tinha Kamuzu Banda, apesar de ditador. Também podemos dizer sobre a visão do governo colonial português nas suas relacões com os "hinterlands", incluindo Malawi. É assim que os portos e as linhas férreas foram construidos e desenvolvidos. Foram operacionais sem cessar.
    Por exemplo, o desenvolvimento das linhas rodoviárias e férreas ou e marítimas do Malawi é de grande interesse dos moçambicanos por razões que sabemos. O mesmo é quanto aos malawianos sobre o desenvolvimento de Moçambique. É que qualquer tentantiva das duas nações para se contornarem é onorosa. Ainda bem que cidadãos fronteiriços dos dois países compreende isso e construíram uma estratégia.
    Tenho em mim que o PR do Malawi, Bingu wa Mutharika, não encontrou a melhor solução, em termos de energia, para o seu país, mas mostrar que não precisa tanto de Moçambique. Mas isso é verdade?

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  4. Todos os países precisam um do outro. Uma coisa é certa, Reflectindo, com a qual estou inteiramente de concordo contigo: se os dois governos fizessem mais pelos seus povos (...) creio que o estágio das duas economias estaria neste momento no auge. Mais não digo.

    Zicomo

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  5. Eu gostei muito daquela caneta que assinou o acordo de reversao do HCB,

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  6. Mano Abdul

    Não vais comprar essa caneta? O meu conterrâneo não a levou.

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  7. Ai está Viriato. Eu acho que falta a vontade de fazer-se mais em beneficio dos povos e não às nomenklaturas.

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  8. Esta com quem entao, Mano ?

    Procura la saber, por favor.

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