Por Linette Olofsson*
Contacto com a então guerrilha da Renamo
Foi em finais de 1979 com a passagem de guerrilheiros da Renamo pela baixa Mopeia, zona de Chimbazo, Luabo que Lúcia teve o primeiro contacto com a guerrilha da Renamo. Ao contrário da propaganda da Frelimo no País e no Estrangeiro, (nesta zona específica), os guerrilheiros tinham uma estreita e harmoniosa ligaçao com as populações. Apresentavam-se ao regulado e explicavam as causas da luta contra a Frelimo. Lúcia recorda que quando os guerrilheiros da Renamo chegavam a uma zona, pediam a populaçao para lhes servir água e comida, pois vinham com muita fome. Pediam apoio as populações para lhes levar as bases, galinhas, porcos, cabritos, arroz e milho. E muitos desses mantimentos eram transportados a cabeça pela populaçao, a partir da zona baixa do Distrito até o Quartel general de Marringué. Este entendimento mútuo entre as populações e os guerrilheiros da Renamo durou até ao acordo Geral de Paz, e teve a sua continuidade após a transformaçao de grupo de guerrilha em partido político.
Lúcia assistiu vários combates entre as forças governamentais e a Renamo. Fugia e só regressava a casa quando terminavam os bombardeamentos contra a populaçao civil, então feitos habitualmente pelas tropas do governo nas manhãs. As populações já sabiam. Mal escutavam o ruído de aviões escondiam-se por debaixo das árvores.
A guerrilha da Renamo, segundo ela, era chamada de Capricornio e Matsangaiças, e as populações sabiam diferenciar, à prior, dos soldados da Frelimo. Por uma questão de estratégia de guerrilha, tratavam-nas da mesma forma.
Conta, Lúcia, que a Renamo nunca fazia mal a população e que como mulher tradicional, de um Régulo, gozava de um certo estatuto hierárquico, porém com a chegada da Frelimo, o seu marido perdeu o seu valor, pois houve uma quebra na autoridade tradicional em favor dos secretários da Frelimo.
A coragem e luta da Lúcia
Durante o cumprimento do meu modesto mandato Parlamentar (1999-2004), entre outras tarefas partidárias, o que me preocupava e me criava bastante confusão, como pessoa habituada a valores da Social Democracia nórdica, era a exclusão social que as populações sofriam por pertencerem a Renamo. Verificar in loco este fenómeno era o meu objectivo, para, dentro do mandato que me foi confiado, trazer a Assembleia da Républica os problemas e denunciar as violaçoes de Direitos Humanos dentro do contexto multipartidário.
Historicamente, no distrito de Mopeia, durante a guerra civil , existia uma dupla governaçao , que só veio a terminar com a assinatura do AGP. Numa das minha visitas parlamentares pelo inteiror daquele distrito, hospedei-me em casa da Lúcia Inácio. Recordo-me que nessa altura, nas zonas rurais vivia-se uma grande confusao devido ao decreto de Lei 15¬/2000 do Conselho de Ministros, em que o governo tentava desvalorizar a autoridade tradicional, substituindo-a pelos secretários da frelimo. Quando lá hospedei o régulo nao estava presente. Lúcia havia-me informado que o régulo Chimbazo ja havia passado para a frelimo, e nesse momento se encontrava em Luabo.
Segundo as tradiçoes africanas, e desde a era colonial, aprendemos a respeitar aos régulos como guias ou faróis das nossas comunidades rurais. Pensei, a prior, que dado que o próprio régulo pertencia já a Frelimo, o meu trabalho político em Mopeia iria por água abaixo. Enganei-me!
Durante a reuniao com a populaçao, na casa do régulo Chimbazo, a Senhora Lúcia Inácio, sua esposa, assume publicamente o comando do regulado e seus ideais . Num acto de coragem inusitado, perante a população em volta, acabou, ela própria hastendo a bandeira da Renamo. De seguida, usando da palavra, Lúcia disse:
“Apesar do meu filho ainda ser menor, e ter como primeira filha maior uma rapariga, eu irei assumir o regulado, pois a política não pode parar pelo facto do meu marido se ter entregue a Frelimo. Nós, vivemos com a Renamo, durante todo o conflicto armado, nós apoiamos-lhes e eles nos defenderam das aldeias comunais, e dos maus tratos, como vamos hoje virar as costas a Renamo e abraçar a Frelimo?” No meio de aplausos, Lucia rematou: “Eu asseguro o poder tradicional aqui! Eu asseguro o regulado”.
Eu não esperava esta atitude de coragem e muito menos que viesse duma Mulher do interior de um distrito, onde a informaçao é escassa e só chega quando há pilhas para pôr o rádio a funcionar.
Entretanto, pouco depois do meu regresso a Maputo, ficaram a acontecer os episódios habituais que a Frelimo nos habitou desde a Independência. As estruturas da Frelimo, utilizando o decreto 15/2000 do Conselho de Ministros, convidam todos os régulos para uma reunião em Luabo. Obrigatoriamente deveriam comparecer com as repectivas esposas. Lúcia nao aceitou por se achar nao membro da OMM. A recusa da Lúcia foi até a terceira tentativa de aliciação. A partir daí, iniciaram-se os conflitos familiares.
As estruturas da Frelimo, vendo a bandeira da Renamo erguida no regulado do Chimbazo, dentro dos direitos constitucionais, após a aprovaçao da nova Constituição, onde é introduzido o multipartidarismo, leva Lúcia a um julgamento público. É lhe exigida pela Frelimo a bandeira da Renamo. Lúcia, uma simples camponesa, conhecedora dos perigos, temendo que a bandeira fosse roubada, foi pessoalmente fazer a entrega desta ao delegado da Renamo que, por sua vez, acaba traindo a população e a Renamo, passando para as fileiras da Frelimo onde se transformou em secretário.
Apesar das humilhações da Frelimo, Lúcia continua a assumir o regulado de Chimbazo. É tratada como Raínha do Chimbazo e continua a defender os seus ideais políticos. Aquando dos trabalhos em volta dos meus projectos sociais junto as comunidades naquele distrito, ela assumiu os projectos e delegou com alta responsbilidade os homens que com ela trabalham. É mulher com clareza, determinação e coerência incríveis naquele meio recondido do País.
Separou-se do marido em 2008, vindo viver com os seus filhos para vila de Mopeia junto dos seus familiares. Entretanto, o esposo, tendo perdido o seu poder como autoridade tradicional, tenta hoje reconquistar Lúcia, mas esta, coerente e firme nos seus ideias, com base no seu passado, opta pela separaçao difinitiva.
Algumas palavras, em jeito de consideraçoes finais.
Lúcia, é sem dúvida uma simples Mulheres Moçambicana igual as outras. A diferença reside na forma de luta exercida em conformidade com a sua consciência e seus ideais. Apesar de todas as represárias, humilhações do partido no poder e do seu própio esposo, nao cedeu, pois, para ela, a consciencia de um ser humano não se compra.
Em todo o Mundo, especialmente nos chamados Países do terceiro Mundo, as Mulheres tem enfrentado imensas dificuldades de acesso ao poder. Mas estão contribuindo para mudar suas comunidades, seus Países e o Mundo. Contudo, ainda que estejam avançando, ainda há muito que fazer. As mulheres continuam sub-representadas em todos os níveis do poder. Além de aumentar a participação das mulheres nos orgãos oficiais de tomada de decisoes, é preciso também aumentar seu impacto no processo de tomada de decisoes.
Moçambique, já nao é o único País no continente Africano como exemplo.
Uma das notícas relevantes do domínio das Mulheres na polítca é no continente Africano. Ruanda é primeiro País no Mundo a ser reconhecido pelo domínio feminino no Parlamento.
As mulheres ocupam 55% dos cargos, desde a conquista do direito de voto até a ocupação de cargos oficiais. Os direitos políticos das mulheres evoluíram muito comparando com Moçambique. Os numeros falam por si: Ruanda com 55%, Suécia 49%, Africa Sul 37%, Noroega 37% e Moçambique 34%.
Ao analisar os dados das ultimas eleiçoes legislativas em Moçambique, a presença da Mulher é minoritária, apesar de sermos cerca de 52% da populaçao Nacional.
No sector legislativo é que estamos melhor em quantidade, pois em qualidade expressiva, ainda está muito a desejar. Um conjunto de factores contribui para essa baixa participaçao. Entre os principais, está a falta de investimentos dos partidos políticos na formação e aposta nos quadros femininos.
A Renamo, maior partido da oposiçao, foi o primeiro partido em Moçambique a indigitar, em 2003, uma mulher para ocupar a Presidência de uma Câmara Municipal, em Cuamba, Maria Moreno. Foi também este partido o primeiro a ter uma Mulher a chefiar uma bancada parlamentar na historia do País.
É fundamental, estimular a entrada de Mulheres sérias e bem preparadas para a vida pública. Isso passa por um maior investimento dos partidos na qualificaçao de seus quadros e por uma mudança de mentalidade quanto a participação da mulher.
Um dia Feliz a toda Mulher Moçambicana que enfrenta desafios, gerando mudanças com um grito de despertar, para um Moçambique para todos!
*Linette Olofsson
Membro do Conselho Nacional do MDM
Círculo Eleitoral da Zambézia
Linetteolofsson@spray.se
Contacto com a então guerrilha da Renamo
Foi em finais de 1979 com a passagem de guerrilheiros da Renamo pela baixa Mopeia, zona de Chimbazo, Luabo que Lúcia teve o primeiro contacto com a guerrilha da Renamo. Ao contrário da propaganda da Frelimo no País e no Estrangeiro, (nesta zona específica), os guerrilheiros tinham uma estreita e harmoniosa ligaçao com as populações. Apresentavam-se ao regulado e explicavam as causas da luta contra a Frelimo. Lúcia recorda que quando os guerrilheiros da Renamo chegavam a uma zona, pediam a populaçao para lhes servir água e comida, pois vinham com muita fome. Pediam apoio as populações para lhes levar as bases, galinhas, porcos, cabritos, arroz e milho. E muitos desses mantimentos eram transportados a cabeça pela populaçao, a partir da zona baixa do Distrito até o Quartel general de Marringué. Este entendimento mútuo entre as populações e os guerrilheiros da Renamo durou até ao acordo Geral de Paz, e teve a sua continuidade após a transformaçao de grupo de guerrilha em partido político.
Lúcia assistiu vários combates entre as forças governamentais e a Renamo. Fugia e só regressava a casa quando terminavam os bombardeamentos contra a populaçao civil, então feitos habitualmente pelas tropas do governo nas manhãs. As populações já sabiam. Mal escutavam o ruído de aviões escondiam-se por debaixo das árvores.
A guerrilha da Renamo, segundo ela, era chamada de Capricornio e Matsangaiças, e as populações sabiam diferenciar, à prior, dos soldados da Frelimo. Por uma questão de estratégia de guerrilha, tratavam-nas da mesma forma.
Conta, Lúcia, que a Renamo nunca fazia mal a população e que como mulher tradicional, de um Régulo, gozava de um certo estatuto hierárquico, porém com a chegada da Frelimo, o seu marido perdeu o seu valor, pois houve uma quebra na autoridade tradicional em favor dos secretários da Frelimo.
A coragem e luta da Lúcia
Durante o cumprimento do meu modesto mandato Parlamentar (1999-2004), entre outras tarefas partidárias, o que me preocupava e me criava bastante confusão, como pessoa habituada a valores da Social Democracia nórdica, era a exclusão social que as populações sofriam por pertencerem a Renamo. Verificar in loco este fenómeno era o meu objectivo, para, dentro do mandato que me foi confiado, trazer a Assembleia da Républica os problemas e denunciar as violaçoes de Direitos Humanos dentro do contexto multipartidário.
Historicamente, no distrito de Mopeia, durante a guerra civil , existia uma dupla governaçao , que só veio a terminar com a assinatura do AGP. Numa das minha visitas parlamentares pelo inteiror daquele distrito, hospedei-me em casa da Lúcia Inácio. Recordo-me que nessa altura, nas zonas rurais vivia-se uma grande confusao devido ao decreto de Lei 15¬/2000 do Conselho de Ministros, em que o governo tentava desvalorizar a autoridade tradicional, substituindo-a pelos secretários da frelimo. Quando lá hospedei o régulo nao estava presente. Lúcia havia-me informado que o régulo Chimbazo ja havia passado para a frelimo, e nesse momento se encontrava em Luabo.
Segundo as tradiçoes africanas, e desde a era colonial, aprendemos a respeitar aos régulos como guias ou faróis das nossas comunidades rurais. Pensei, a prior, que dado que o próprio régulo pertencia já a Frelimo, o meu trabalho político em Mopeia iria por água abaixo. Enganei-me!
Durante a reuniao com a populaçao, na casa do régulo Chimbazo, a Senhora Lúcia Inácio, sua esposa, assume publicamente o comando do regulado e seus ideais . Num acto de coragem inusitado, perante a população em volta, acabou, ela própria hastendo a bandeira da Renamo. De seguida, usando da palavra, Lúcia disse:
“Apesar do meu filho ainda ser menor, e ter como primeira filha maior uma rapariga, eu irei assumir o regulado, pois a política não pode parar pelo facto do meu marido se ter entregue a Frelimo. Nós, vivemos com a Renamo, durante todo o conflicto armado, nós apoiamos-lhes e eles nos defenderam das aldeias comunais, e dos maus tratos, como vamos hoje virar as costas a Renamo e abraçar a Frelimo?” No meio de aplausos, Lucia rematou: “Eu asseguro o poder tradicional aqui! Eu asseguro o regulado”.
Eu não esperava esta atitude de coragem e muito menos que viesse duma Mulher do interior de um distrito, onde a informaçao é escassa e só chega quando há pilhas para pôr o rádio a funcionar.
Entretanto, pouco depois do meu regresso a Maputo, ficaram a acontecer os episódios habituais que a Frelimo nos habitou desde a Independência. As estruturas da Frelimo, utilizando o decreto 15/2000 do Conselho de Ministros, convidam todos os régulos para uma reunião em Luabo. Obrigatoriamente deveriam comparecer com as repectivas esposas. Lúcia nao aceitou por se achar nao membro da OMM. A recusa da Lúcia foi até a terceira tentativa de aliciação. A partir daí, iniciaram-se os conflitos familiares.
As estruturas da Frelimo, vendo a bandeira da Renamo erguida no regulado do Chimbazo, dentro dos direitos constitucionais, após a aprovaçao da nova Constituição, onde é introduzido o multipartidarismo, leva Lúcia a um julgamento público. É lhe exigida pela Frelimo a bandeira da Renamo. Lúcia, uma simples camponesa, conhecedora dos perigos, temendo que a bandeira fosse roubada, foi pessoalmente fazer a entrega desta ao delegado da Renamo que, por sua vez, acaba traindo a população e a Renamo, passando para as fileiras da Frelimo onde se transformou em secretário.
Apesar das humilhações da Frelimo, Lúcia continua a assumir o regulado de Chimbazo. É tratada como Raínha do Chimbazo e continua a defender os seus ideais políticos. Aquando dos trabalhos em volta dos meus projectos sociais junto as comunidades naquele distrito, ela assumiu os projectos e delegou com alta responsbilidade os homens que com ela trabalham. É mulher com clareza, determinação e coerência incríveis naquele meio recondido do País.
Separou-se do marido em 2008, vindo viver com os seus filhos para vila de Mopeia junto dos seus familiares. Entretanto, o esposo, tendo perdido o seu poder como autoridade tradicional, tenta hoje reconquistar Lúcia, mas esta, coerente e firme nos seus ideias, com base no seu passado, opta pela separaçao difinitiva.
Algumas palavras, em jeito de consideraçoes finais.
Lúcia, é sem dúvida uma simples Mulheres Moçambicana igual as outras. A diferença reside na forma de luta exercida em conformidade com a sua consciência e seus ideais. Apesar de todas as represárias, humilhações do partido no poder e do seu própio esposo, nao cedeu, pois, para ela, a consciencia de um ser humano não se compra.
Em todo o Mundo, especialmente nos chamados Países do terceiro Mundo, as Mulheres tem enfrentado imensas dificuldades de acesso ao poder. Mas estão contribuindo para mudar suas comunidades, seus Países e o Mundo. Contudo, ainda que estejam avançando, ainda há muito que fazer. As mulheres continuam sub-representadas em todos os níveis do poder. Além de aumentar a participação das mulheres nos orgãos oficiais de tomada de decisoes, é preciso também aumentar seu impacto no processo de tomada de decisoes.
Moçambique, já nao é o único País no continente Africano como exemplo.
Uma das notícas relevantes do domínio das Mulheres na polítca é no continente Africano. Ruanda é primeiro País no Mundo a ser reconhecido pelo domínio feminino no Parlamento.
As mulheres ocupam 55% dos cargos, desde a conquista do direito de voto até a ocupação de cargos oficiais. Os direitos políticos das mulheres evoluíram muito comparando com Moçambique. Os numeros falam por si: Ruanda com 55%, Suécia 49%, Africa Sul 37%, Noroega 37% e Moçambique 34%.
Ao analisar os dados das ultimas eleiçoes legislativas em Moçambique, a presença da Mulher é minoritária, apesar de sermos cerca de 52% da populaçao Nacional.
No sector legislativo é que estamos melhor em quantidade, pois em qualidade expressiva, ainda está muito a desejar. Um conjunto de factores contribui para essa baixa participaçao. Entre os principais, está a falta de investimentos dos partidos políticos na formação e aposta nos quadros femininos.
A Renamo, maior partido da oposiçao, foi o primeiro partido em Moçambique a indigitar, em 2003, uma mulher para ocupar a Presidência de uma Câmara Municipal, em Cuamba, Maria Moreno. Foi também este partido o primeiro a ter uma Mulher a chefiar uma bancada parlamentar na historia do País.
É fundamental, estimular a entrada de Mulheres sérias e bem preparadas para a vida pública. Isso passa por um maior investimento dos partidos na qualificaçao de seus quadros e por uma mudança de mentalidade quanto a participação da mulher.
Um dia Feliz a toda Mulher Moçambicana que enfrenta desafios, gerando mudanças com um grito de despertar, para um Moçambique para todos!
*Linette Olofsson
Membro do Conselho Nacional do MDM
Círculo Eleitoral da Zambézia
Linetteolofsson@spray.se
Excelente relato da Linette! Quantas heroinas anonimas e ostracizadas andam espalhadas pelo pais inteiro!
ResponderEliminarUma história inspiradora que revela uma autentica heroína.
ResponderEliminarO exemplo desta mulher deve servir deve de aviso para aqueles que pensam que o Povo é ignorante e pode ser enganado, a verdade é que é possível uma pessoa ser sábia sem ter muitos anos de instrução.
Este caso de coerencia e coragem mexeu comigo!
Uma linda e veridica historia. O 'canudo' nem sempre e sinonimo de sabedoria acrescida. Maria Helena
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