Segundo O Paísonline, a Governadora da cidade de Maputo, a capital moçambicana, Rosa da Silva, apelou hoje aos professores do país para ensinarem vigorosamente os feitos de Eduardo Mondlane , arquitecto da unidade nacional, aos seus alunos como forma de manter conhecida a História daquele herói. Acredito que todo o Moçambicano acata este e outros apelos que visam eternizar Mondlane e seus feitos. Contudo, será que os professores terão que ensinar algumas inverdades aos seus alunos sobre Mondlane?
Pessoalmente, se eu tivesse uma turma para ensinar a história sobre Eduardo Mondlane e outros heróis nacionais, punha-a a investigar sobre ele. Depois seria um seminário para apresentação e discussão sobre o resultado da investigação. De certeza, os alunos encontrariam algumas contradições entre a história oficial e a que é escrita por algunss historiadores sérios e mesmo aquilo que se conta gota a gota por alguns veteranos que já não conseguem continuar a mentir. Mas eu como professor, como satisfaria as preocupações dos meus alunos em relação a figura de Eduardo Mondlane, a sua filosofia e tudo aquilo que é importante para o conhecimento das novas gerações?
Aliás, eu próprio tenho uma série de perguntas semelhantes as que Jonathan McCharty no Desenvolver Moçambique nos apresenta partindo de que:
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, é nossa obrigação que nos perguntemos, quantos mais anos precisarão passar, para que (re)iniciemos a trajectória de progresso económico, político e social idealizada e que nos foi negada, com a eliminação desse e doutros verdadeiros nacionalistas!! (leia + aqui)
José Balmiro, jornalista do O País, publicou um artigo baseado em livros publicados sobre ele [Mondlane] e do Lutar por Moçambique de autoria de Eduardo Mondlane. O texto é mais rico que o discurso oficial. O texto de Balmiro (leia aqui) sugere-nos que o marxismo-leninismo introduzindo na Frente de Libertação e consumado em 1977 passando a Frelimo a Partido de Vanguarda do Povo Moçambicano, Partido Marxista-Leninista, não era da filosofia de Eduardo Chivambo Mondlane.
Pessoalmente, se eu tivesse uma turma para ensinar a história sobre Eduardo Mondlane e outros heróis nacionais, punha-a a investigar sobre ele. Depois seria um seminário para apresentação e discussão sobre o resultado da investigação. De certeza, os alunos encontrariam algumas contradições entre a história oficial e a que é escrita por algunss historiadores sérios e mesmo aquilo que se conta gota a gota por alguns veteranos que já não conseguem continuar a mentir. Mas eu como professor, como satisfaria as preocupações dos meus alunos em relação a figura de Eduardo Mondlane, a sua filosofia e tudo aquilo que é importante para o conhecimento das novas gerações?
Aliás, eu próprio tenho uma série de perguntas semelhantes as que Jonathan McCharty no Desenvolver Moçambique nos apresenta partindo de que:
Se quisermos recordar Eduardo Mondlane, é nossa obrigação que nos perguntemos, quantos mais anos precisarão passar, para que (re)iniciemos a trajectória de progresso económico, político e social idealizada e que nos foi negada, com a eliminação desse e doutros verdadeiros nacionalistas!! (leia + aqui)
José Balmiro, jornalista do O País, publicou um artigo baseado em livros publicados sobre ele [Mondlane] e do Lutar por Moçambique de autoria de Eduardo Mondlane. O texto é mais rico que o discurso oficial. O texto de Balmiro (leia aqui) sugere-nos que o marxismo-leninismo introduzindo na Frente de Libertação e consumado em 1977 passando a Frelimo a Partido de Vanguarda do Povo Moçambicano, Partido Marxista-Leninista, não era da filosofia de Eduardo Chivambo Mondlane.
Concordo com o seu ponto, um ensinador que se preze nao pode ensisar momentos historicos dotados de duvidas ... mas eu nao iria tecer criticas so ao sistema mas tambem ao muitos historiadores nacionais que actuam mais como professores do que dizem que aconteceu ao invez de investigadores do que aconteceu ...
ResponderEliminarLaude Guiry, veja aqui www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/ há razões políticas para a farsa meu irmão.
ResponderEliminarExistem mais mentiras do que verdades escritas sobre este nobre homem que foi E. Mondlane. Não convém a muitos que saibamos a verdade, especialmente ao partido no poder, pois ele nunca iria pactuar com a corrupção, falta de transparencia e discriminação/perseguição com que este governo nos tem presenteado. Um abraço da Maria Helena
ResponderEliminarAmigos, desculpe-me! Ontem fiquei tramado pela net.
ResponderEliminarLaude Guiry, bem vindo ao cantinho e mais uma vez à blogsfera!
Concordo que a crítica não pode ir só aos políticos, contudo o sistema político instalado no país é de tal modo que só aqueles que escamoteiam a verdade são elevados e duma ou doutra forma sanciona quem a revela.
Lembremo-nos da biografia de Armando Guebuza que escamoteia aquilo que todos sabem quanto a ele! E o que se faz com os estudos de Barnabé Ncomo, João Cabrita, Michel Cahen que são uma verdadeira contribuição à história moçambicana? O que se faz agora ao falar-se de 40 anos da morte deste e daquele? Não é apenas auto-promoção dos vivos? Porque não se fala também dos duplamente heróis?
A história sobre Filipe Samuel Magaia passou-se a esponja.
O nosso sistema de educação está nessa linha do sistema político corrente. Não está vocacionado à investigação porque desta saber-se-á a verdade.
Cara Maria Helena, é isso. Ao estudarmos Eduardo Mondlane, temos que saber muita coisa e nela está a forma como o Estalinismo foi introduzido no Movimento e qual foi p preço.
ResponderEliminarChacate, o link que deixaste não é específico. Eu gostaria que o especificasses.
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