Da mesma maneira que criticamos a Frelimo, por exemplo, quando através do seu porta-voz ouvimos que congratulou o Zanu-FP pelas farsas eleições presidenciais no Zimbabwe ou quando um dos seus membros seniores diz que os jovens vão vender o país, temos também que ser capazes de criticar quando da Renamo ouvimos coisas inconsistentes. Critica-se em prol da nação moçambicana. Critica-se em cumprimento do nobre dever de cidadania. Critica-se porque se crê na auto-crítica por parte dos criticados, permitindo-os melhorar nas suas acções em prol da pátria. Não se critica ou pelo menos, não se devia criticar com objectivo de se identificar em que partido se é simpatizante, embora, haja muitos que pensem desta maneira. Isto é uma infelicidade e no fim é o que chamamos de bajulação. Pensar-se que criticar e não criticar é uma manifestação de simpatias partidárias é nocivo ao desenvolvimento, à democracia, à liberdade de expressão e até pode ser nocivo à saúde, pois há tantos que morrem por desgosto de não puderem dizer o que pensam ainda que seja a bem da maioria.
Tenho muito apreço por muitos jornalistas e outros compatriotas que usam a crítica e ao questionamento aos nossos partidos políticos e às suas lideranças como exercício da sua cidadania participativa em prol da nossa democracia. Portanto, questionando sobre a função do Movimento Multipartidário Mundial (MMM), congratulo o jornalista Salomão Moyana pelo artigo, leia aqui.
Tenho que confessar que não fiquei entusiasmado ao ouvir o presidente da Renamo, o maior partido da oposição do meu lindo Moçambique, a dizer que lançava um MMM (Movimento Multipartidário Mundial ). Fiquei a reflectir sobre o verdadeiro mentor e os objectivos desta organização. Seria Afonso Dhlakama como forma de abrir uma porta de sua saída de liderança da Renamo? E se fosse isso, quanto tempo levaria para o projecto se concretizar? O mentor seria um dos quadros seniores da Renamo que duma forma independente quer contribuir para a democracia, sobretudo, a multipartidária em África, em geral, e em Moçambique, em particular? E se foi este último porquê não foi ele mesmo a apresentar o projecto? Que tem este projecto a ver com a Renamo? Veja-se que fazendo filiar a Renamo a esta organização viola os estatutos do partido, pois, é da competência do Conselho Nacional em autorizar a filiação da Renamo em organizações internacionais. Isto está expresso no artigo 26, ponto 8 dos estatutos da Renamo. E, quando é que a Conselho Nacional da Renamo se reuniu? Eis um dos pontos que Salomão Moyana levanta – o funcionamento dos órgãos do partido.
Vamos ser sinceros e avaliemos o trabalho dos órgãos centrais da Renamo que são:
- O congresso - realiza-se de cinco em cinco anos e o último realizou-se em 2002;
- O Presidente;
- O Conselho Nacional - segundo os estatutos é composto por 60 membros e reúne-se ordinariamente duas vezes por ano. Da última vez que acompanhámos pela imprensa, foi em Agosto de 2007. Foi um Conselho Nacional de sucesso, leia aqui.
- A Comissão Política Nacional - composta por dez membros mais o presidente do partido e reúne-se ordinariamente um vez por semana, mas raras vezes senão nunca, ouvimos sobre as suas sessões e nem conhecemos que faz parte dele.
- O Conselho Jurisdicional
Para além destes órgãos, a Renamo tem um governo-sombra que nunca apresentou o seu plano de governação desde que foi criado nem interveio aquando o 5 de Fevereiro. Ficámos a espera em vão em ouvir sobre a política de transportes públicos. E aqui deve ficar claro que não é apenas crítica que EXIGIMOS da Renamo, mas uma política de transportes públicos que corrija esta da Frelimo que já mostrou falaciosa.
Um bom sinal tem vindo dos municípios geridos pela Renamo. Através deles sabemos de quanto saber, quanta dedicação, quanto orgulho de moçambicanidade se desperdiçam em Moçambique. Apesar de tantos adversos, não menos criados pelo pelouro de Lucas Chomera, Beira, Marromeu, Angoche, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto já mostraram a competência de muitos membros da Renamo. Talvez, seja esta também uma forma de construir bases muitíssimo sólidas da Renamo. É bom ver que a maioria dos munícipes não se arrependeram em ter escolhido a Renamo para gerir as suas cidades.
Será o MMM como alternativa da Renamo o que fortalecerá o multipartidarismo em Mocambique? Como seria isso possível se os mais de meia centena de partidos não fazem?
A Renamo precisa do seu QUINTO-CONGRESSO e não do primeiro-congresso do MMM. Note-se que se MMM for uma organização democrática exige conferências, congresso a nível nacional e internacional para que seja lançado. Será necessário desperdiçar todos os recursos para um projecto deste quando temos a Renamo para reforçar e tomar o poder nas próximas eleições?
Salomão Moyana tem razão. Se voltarmos ao monopartidarismo a liderança da Renamo carrega a metade da culpa. Já saíram muitos relatórios internacionais alertando-a sobre isso.
Tenho muito apreço por muitos jornalistas e outros compatriotas que usam a crítica e ao questionamento aos nossos partidos políticos e às suas lideranças como exercício da sua cidadania participativa em prol da nossa democracia. Portanto, questionando sobre a função do Movimento Multipartidário Mundial (MMM), congratulo o jornalista Salomão Moyana pelo artigo, leia aqui.
Tenho que confessar que não fiquei entusiasmado ao ouvir o presidente da Renamo, o maior partido da oposição do meu lindo Moçambique, a dizer que lançava um MMM (Movimento Multipartidário Mundial ). Fiquei a reflectir sobre o verdadeiro mentor e os objectivos desta organização. Seria Afonso Dhlakama como forma de abrir uma porta de sua saída de liderança da Renamo? E se fosse isso, quanto tempo levaria para o projecto se concretizar? O mentor seria um dos quadros seniores da Renamo que duma forma independente quer contribuir para a democracia, sobretudo, a multipartidária em África, em geral, e em Moçambique, em particular? E se foi este último porquê não foi ele mesmo a apresentar o projecto? Que tem este projecto a ver com a Renamo? Veja-se que fazendo filiar a Renamo a esta organização viola os estatutos do partido, pois, é da competência do Conselho Nacional em autorizar a filiação da Renamo em organizações internacionais. Isto está expresso no artigo 26, ponto 8 dos estatutos da Renamo. E, quando é que a Conselho Nacional da Renamo se reuniu? Eis um dos pontos que Salomão Moyana levanta – o funcionamento dos órgãos do partido.
Vamos ser sinceros e avaliemos o trabalho dos órgãos centrais da Renamo que são:
- O congresso - realiza-se de cinco em cinco anos e o último realizou-se em 2002;
- O Presidente;
- O Conselho Nacional - segundo os estatutos é composto por 60 membros e reúne-se ordinariamente duas vezes por ano. Da última vez que acompanhámos pela imprensa, foi em Agosto de 2007. Foi um Conselho Nacional de sucesso, leia aqui.
- A Comissão Política Nacional - composta por dez membros mais o presidente do partido e reúne-se ordinariamente um vez por semana, mas raras vezes senão nunca, ouvimos sobre as suas sessões e nem conhecemos que faz parte dele.
- O Conselho Jurisdicional
Para além destes órgãos, a Renamo tem um governo-sombra que nunca apresentou o seu plano de governação desde que foi criado nem interveio aquando o 5 de Fevereiro. Ficámos a espera em vão em ouvir sobre a política de transportes públicos. E aqui deve ficar claro que não é apenas crítica que EXIGIMOS da Renamo, mas uma política de transportes públicos que corrija esta da Frelimo que já mostrou falaciosa.
Um bom sinal tem vindo dos municípios geridos pela Renamo. Através deles sabemos de quanto saber, quanta dedicação, quanto orgulho de moçambicanidade se desperdiçam em Moçambique. Apesar de tantos adversos, não menos criados pelo pelouro de Lucas Chomera, Beira, Marromeu, Angoche, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto já mostraram a competência de muitos membros da Renamo. Talvez, seja esta também uma forma de construir bases muitíssimo sólidas da Renamo. É bom ver que a maioria dos munícipes não se arrependeram em ter escolhido a Renamo para gerir as suas cidades.
Será o MMM como alternativa da Renamo o que fortalecerá o multipartidarismo em Mocambique? Como seria isso possível se os mais de meia centena de partidos não fazem?
A Renamo precisa do seu QUINTO-CONGRESSO e não do primeiro-congresso do MMM. Note-se que se MMM for uma organização democrática exige conferências, congresso a nível nacional e internacional para que seja lançado. Será necessário desperdiçar todos os recursos para um projecto deste quando temos a Renamo para reforçar e tomar o poder nas próximas eleições?
Salomão Moyana tem razão. Se voltarmos ao monopartidarismo a liderança da Renamo carrega a metade da culpa. Já saíram muitos relatórios internacionais alertando-a sobre isso.
E' interessante! Ouve, so' quero perceber, o MMM e' um partido ou ONG? Quem vai ser presidir essa organizacao? Ha' qualquer coisa que nao esta' clara aqui por parte da Renamo.
ResponderEliminarDede, essa pergunta de se MMMM é um partido ou ONG, é em sim muito interessante. Se é um partido vamos ver o que a lei de partidos políticos e se é uma ONG vamos ver o que os estatutos da Renamo dizem.
ResponderEliminarSe Mundial significa internacional, ainda há muito por interrogar em torno disto. Há alguma organização internacional que tenha se criado nos mesmos moldes? Onde é que esse movimento vai se registar? Maputo, Genebra ou Nova Iorque?
Espero que possamos discutir muito sobre isto e que haja gente que nos esclareça.
O que dizem os excelentes académicos da Renamo?
ResponderEliminarAcima de tudo, trata-se de um caso de prioridades erradas.
ResponderEliminarMais uma palhaçada de A.D. na arena política Nacional, logo em ano eleitoral. Não interessa quem será o Presidente, mas sim quem vai aderir a esta COISA ?
ResponderEliminarCara voz da revolucão, te agradeco pela visita e comentário neste canttinho. Porém lamento que os meus comentários no teu blog precisem da tua aprovacão. Será que és uns dos que gosta de filtrar as opiniões?
ResponderEliminarCaro Reflectindo,
ResponderEliminarAcho que os dois maiores partidos políticos deste país precisam reinventar a si mesmo. A política do futuro precisa de nova inspiração e de visão. Modernizar as estruturas e programas de um partido não significa viver no passado mas no futuro. Reproduzir a esperança do Povo não significa mais um Movimento, mas de uma reflexão profunda sobre as sobre as necessidades, perspectivas sócias, económicas e políticas dos cidadãos e das cidadãs. Devemos acabar com o autoritarismo, exclusão, intolerância e a ultrapassada militarização histórica. Uma nova cultura política não precisa de palavras como FRENTE (termo da guerra ou meteorologia) ou RESISTENCIA (igual se passiva ou violenta), mas um novo modo de fazer política. Uma politica que se concretiza no desenvolvimento humano, democrático, cultural, económico e sustentável deve oferecer um espaço aberto para debates, discussão e pensamento alternativa, com funções e processos democráticos, com um programa de acção, com orientações praticas a seguir. Acho atitudes e coisas actualmente um pouco subdesenvolvidas em nosso país. O que mostram as imagens negativas dos partidos políticos e as crises internas. A filosófica fundamental dum partido de sucesso deve incorporar os princípios e valores éticos da democracia, o conceito do Estado de direito e multipartidário. Todas ciosas que nunca dependem de uma pessoa só e certamente não de um Movimento Multipartidário Mundial.
Um abraço
Oxalá
Caro Oxalá
ResponderEliminarMuito obrigado pela rica contribuicão. Acho que é isto mesmo que precisamos e espero que os quadros de ambos os principaís partidos compreendam isto que é prioritário.