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terça-feira, dezembro 12, 2006

Subsídio de alimentos ainda longe de aliviar sofrimento

AUMENTAR o subsídio de alimentos, actualmente fixado num valor que varia de 70 a 140 meticais da nova família, variando de acordo com o número de agregado familiar, faz parte dos planos da Instituto Nacional de Acção Social(INAS).

Maputo, Terça-Feira, 12 de Dezembro de 2006:: Notícias
A directora adjunta do INAS, Elsa Alfai, que falava no decurso dos trabalhos da VIII Sessão do Conselho Consultivo Alargado que desde ontem decorre na capital do país, reconheceu a exiguidade do valor atendendo o custo de vida dos moçambicanos no geral e dos necessitados em particular, mas não avançou prazos para o provável aumento do subsídio, cuja actualização aconteceu pela última vez em 2004 último.

O Programa de subsídio de alimentos contempla, doentes crónicos e portadores de deficiência incapacitados, nos distritos e algumas localidades.

Elsa Alfai, reconheceu igualmente que a acção da sua instituição está aquém de satisfazer as reais necessidades dos moçambicanos em situação de vulnerabilidade, razão pela qual está a reflectir na perspectiva de mudar o actual cenário melhorando os seus programas.

"É verdade que atendemos as comunidades de vários pontos do país mas o número é bastante reduzido. Queremos reflectir e encontrar soluções para uma forma de actuação mais abrangente e eficiente nos nossos programas", disse a nossa fonte.

Actualmente o INAS está implantado em todas as capitais provinciais e em oito distritos das províncias de Gaza, Tete, Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado.

De entre os vários programas de acção do Instituto Nacional de Acção Social, consta o subsídio de alimentos para idosos e portadores de deficiência incapacitados, apoio social directo para casos que requerem o atendimento imediato como por exemplo em crianças órfãs e vulneráveis, benefício social para o trabalho que atende mulheres que posteriormente são integradas no mercado de emprego, para além de programas de geração de rendimento e de desenvolvimento comunitário, que assistem também indivíduos carentes que desenvolvem acções que lhes levam a ter um rendimento capaz de lhes tirar da dependência.

A nossa fonte referiu que dentro dos programas de atendimento, a sua instituição depara com maiores dificuldades no programa de geração de rendimentos, porque tem sido difícil para muitas pessoas aderir ao associativismo.

A VIII sessão do Conselho Consultivo Alargado, que hoje entra no seu segundo dia de trabalho vai analisar entre vários aspectos, o Plano Económico Social 2007, apreciação do manual de procedimentos para a identificação de pessoas vulneráveis, a insegurança alimentar devido ao impacto do HIV/SIDA, bem como a apresentação do Manual do Programa do Apoio Social Directo.

O objectivo fundamental deste encontro, cujo término está previsto para amanhã, é de fazer o balanço do desempenho dos trabalhos deste ano e perspectivar acções de 2006 no âmbito da operacionalização do plano económico de 2007.

Notícias, 2006-12-12

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