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sexta-feira, outubro 13, 2006

João José Craveirinha Júnior

Deixem-me cantar famosos vinhos envelhecidos
No fado das castas brancas e tintas da Bairrada
Deixem-me conferir o aroma e paladar enriquecidos
Em João José Craveirinha Júnior de vida cruzada

A experiência de um homem de pincel e caneta
Feita no percurso da vindima à adega completa
Provada em solos, estações, qual rascunho penoso
Em climas agressivos de retrato subjectivo e danoso

Aos homens como Camões do nosso tempo
Não lhes falta briga mesmo que emprestada
Questionar a cooperação com a China em campo
Implica uso de nome robusto, em história relatada

Ao intérprete dos tempos uma motivação o cola
Na escrita total imparcialidade ninguém controla
Mas os doze meses de 1972 são ricos como vindimas
E a reconstituição não nos deve pendurar em enigmas

Para as batalhas desafiadoras da actualidade
Há que buscar um amanhã mais humano e justo
Das feridas do passado exige-se isenção e lealdade
Para uma colectiva oração de respeito e humildade


Pedro Lavieque
12.Outubro.2006

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