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segunda-feira, agosto 07, 2006

Manifestações de 2005 em Mocímboa da Praia


21 detidos da Renamo continuam a aguardar julgamento
Os 16 detidos da Frelimo já foram soltos


“Os nossos membros ainda não foram julgados. Estão em reclusão há cerca de um ano e alguns deles estão a ficar debilitados, devido à fome e maus tratos” e “apesar do ministro do Interior (José Pacheco) ter prometido que o caso seria julgado em Abril passado, até aqui não houve julgamento”, José Armindo Milaco, chefe nacional da «Mobilização» da Renamo e deputado da Assembleia da República.

(Maputo) Os acontecimentos sangrentos de Mocimboa da Praia, em Setembro de 2005, produziram 12 mortos, mais de 50 feridos e 37 detidos dos quais 21 da Renamo-União Eleitoral e 16 do partido Frelimo. Só continuam encarcerados os 21 da Renamo. Os outros já foram postos em liberdade, mesmo sem terem sido julgados. O julgamento que o ministro do Interior, eng.º José Pacheco, dizia em Março que iria acontecer em Abril, não só não se fez como ainda ninguém sabe quando será.

Os indivíduos detidos estão todos em Pemba, capital de Cabo Delgado, província de que Mocimboa da Praia é um dos municípios dos 33 únicos em que o governo local é resultante de sufrágio, de um total de 128 que constituem os distritos existentes em Moçambique.

João Armindo Milaco, chefe nacional da «Mobilização» da partido Renamo e deputado da Assembleia da República pela bancada da «Renamo-União Eleitoral», disse ao «Canal de Moçambique» que “os 21 cidadãos que se encontram em reclusão estão a ficar cada vez mais debilitados, devido à fome e ao tratamento desumano que diariamente sofrem na BO e na Cadeia provincial, em Cabo Delgado”.


Porque estão presos

As ocorrências que suscitaram a detenção dos 37 cidadãos em Mocimboa da Praia registaram-se em Setembro do ano passado, envolvendo membros e simpatizantes dos dois maiores partidos políticos do país, nomeadamente, a Frelimo e a Renamo.

A Renamo começou por promover sucessivas manifestações pacíficas de protesto contra o que classificou de «fraude» no sufrágio intercalar de Maio/2005 promovido para eleição do presidente do Município de Mocimboa da Praia, por motivo do falecimento do eleito

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