Por Saturado
Tenho lido nestes dias em alguns jornais como o Notícias e Diário de Moçambique que alguns militantes da Renamo reclamam a recandidatura de Afonso Dhlakama à presidência do partido. Enquanto no Notícias se expressava uma preocupação quanto as consequências nas próximas eleições provinciais, autárquica e gerais, no DN foi-se longe acusando-se ao Afonso Dhlakama como proprietário da Renamo.
Tenho me reservado a acreditar se isto vem de militantes, pois que pode ser uma construção dos oponentes do partido com fins de criar clivagens no seio da Renamo. Mas também podem os jornais ter estas acusações de alguns membros seniores desta cúpula partidária que consciente ou inconscientemente não metem as consequências.
Em todo o caso, eu penso que muitos destes envolvidos nesta discussão não perceberam ainda que para muitos a Renamo tem uma missão de vencer nas próximas eleições para a promoção de verdadeiras mudanças no nosso país. A questão não se trata de alguém ser Presidente da República ou ser deputado da Assembleia da República, mas sim termos um governo dinâmico capaz de resolver os problemas de exclusão social, isto é combater as discriminações generalizadas e de modo aberto aos não-membros do partido no poder, a despartidarização do poder judiciário para que ninguém de facto esteja acima da lei, a despartidarização do Aparelho do Estado para que todos os moçambicanos possam fazer suas carreiras profissionais, a promoção de desenvolvimento económico real, criação de emprego, etc.
Sou da opinião que questões de liderança do partido sejam discutidas aberta e amplamente, porque ELA contribui grandemente para o sucesso do partido. Porém, acho também importante que cada membro do partido faça balanço da sua própria militância, o seu próprio empenho nas tarefas do partido fora de interesses pessoais, muitas vezes do dinheiro. O mais essencial, é um trabalho de BASE porque é lá onde está o eleitor.
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