Páginas

sexta-feira, outubro 14, 2016

Embraer tenta acordo para encerrar denúncias de pagamento de suborno

Negócio com Linhas Aéreas de Moçambique citado em processos nos Estados Unidos e no Brasil.

A fabricante brasileira de aviões Embraer revelou nesta quarta-feira, 12, estar prestes a concluir um acordo com as autoridades americanas e do país para colocar fim a um caso em que a empresa é acusada de pagar suborno na venda de aviões em pelo menos quatro países.

A Embraer não deu pormenores sobre os acordos definitivos que tenta fechar com o Departamento de Justiça e com a Comissão de Valores Mobiliários e Bolsa dos Estados Unidos para a resolução de alegações de incumprimento criminal e cível das leis anticorrupção dos Estados Unidos.

A empresa revelou ambém estar a ultimar um acordo com o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil para a resolução de problemas ligados a leis laborais.


A Embraer não se referiu, no entanto, aos casos em que é acusada de pagar subornos como indica uma investigação americana, segundo a qual teria pagos a moçambicanos envolvidas na compra de dois jatos da Embraer 190 pelas Linhas Aéreas Moçambicanas.

A denúncia foi feita no dia 6 de Outubro pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo, que revelou que as autoridades americanas estão a investigar acusações de pagamento de suborno pela Embraer na República Dominicana, Arábia Saudita,Índia e Moçambique.

Em reacção no dia seguinte, o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique revelou que as autoridades judiciais vão apurar as denúncias.
O Governo poderá sem, dúvida, aferir esses valores, através dos relatórios, dos processos aquisição e ver exactamente qual é a verdade que existe nessa informação”, disse nesta sexta-feira, 7, Carlos Mesquita quando questionado por jornalistas, na Matola.

O governante, no entanto, afirmou não ter visto nenhuma prova sobre o assunto.
"Ainda não temos evidências absolutamente nenhumas. Eu próprio vi esse artigo através das redes sociais”, sublinhou Mesquita que, no entanto, remeteu o assunto para as autoridades judiciais.
Fonte: Voz da América – 13.10.2016

Sem comentários:

Enviar um comentário