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domingo, abril 19, 2015

MDM recorda à África do Sul que depende da energia do seu país

O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido parlamentar moçambicano, Daviz Simango, condenou a onda de violência xenófoba na África do Sul, e lembrou que os sul-africanos precisam da energia de Moçambique.

"Os sul-africanos beneficiam-se dos recursos moçambicanos, estamos a falar de gás e de energia da nossa barragem de Cahora Bassa. Eles não podem pensar que são uma potência auto-suficiente e dominam tudo. Agora, os países são interdependentes e assim deve ser. Nós condenamos esses atos xenófobos", disse Daviz Simango, falando no sábado em conferência de imprensa na Cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique.


Segundo as autoridades de Maputo, cerca de 600 moçambicanos foram obrigados a refugiar-se em centros de acolhimento na África do Sul, devido à vaga de xenofobia contra estrangeiros africanos e, pelo menos, mais de uma centena já regressou ao seu país.

O líder do partido de oposição moçambicano e também presidente do município da Beira apelou ao Governo sul-africano para adotar medidas rápidas e rigorosas, como forma de proteger os cidadãos estrangeiros em território sul-africano.

"Apelamos ao Governo sul-africano para tomar medidas rápidas e rigorosas contra esses atos injustos", disse Daviz Simango, lembrando que nenhum ser humano tem o direito de tirar a vida do outro.

Os primeiros 107 moçambicanos, de um total de 600 que estavam refugiados em centros de acolhimento na região sul-africana de Durban, foram transportados na sexta-feira em dois autocarros e são maioritariamente oriundos das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, no sul do país.

Em 2008, morreram 72 estrangeiros na África do Sul, vítimas de ataques xenófobos nos bairros suburbanos.

Fonte: LUSA - 19.04.2015

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