Páginas

sábado, outubro 18, 2014

Que fazemos para elevermos o nível ético!

Sei que não somos da tradição de Harakiri. Essas são coisas de Japão. Se fossemos dessa tradição o nosso sistema jurídico mesmo sob direccão de membros da Frelimo sancionaria os crimes eleitorais sem olhar pela cor partidária de quem os cometeu. 

Sei que no cômputo total a fasquia do nosso nível ético é baixo, razão pela qual se pratica todo o tipo de fraude sem remorso. Pratica-se fraude eleitoral, fraude fiscal qualificada sem remorso e concidadãos que não dão para imaginar são indiferentes. Pratica-se fraude académica em que testes são violados nas direcções provinciais, nas direccões distritais, nas direcções das escolas. Muitas vezes vemos concidadãos que aparentemente são de boa educacão, mas não se indignam por esta prática.  Assiste-se tudo aquilo que em sociedade SÃ é repugnante mas que não indigna a concidadãos que nem se podem imaginar.  Mas são assim todos os moçambicanos? Não. Os bons não sabem de como podemos elevar a fasquia da nossa ética? A minha questão pende-se no facto de por exemplo:


1) Houve fraude e tentativa de fraude provadas nas eleicões autárquicas de 2013, e sem falar das gerais de 2009 e as anteriores. Provou-se que havia cidadãos a vir com boletins de votos preenchidos, caso de Angoche, Gurúè, por exemplo. Sabemos que boletins de votos em Mocambique só e só podem estar na posse dos órgãos do STAE. Será que continuou-se a investigar este caso e alguém do STAE respondeu por isso? Que exemplo, se tira nisso? Os partidos políticos da oposição, as organizacões da sociedade civil, os bons cidadãos insistiram na responsabilizacão do acto? É difícil responsabilizar alguém? O STAE não tem direcção com uma das responsabilidades de não deixar que os boletins de voto vazem?

2) Os fraudulentos como a Fernanda Mocambique, foram julgados para provar-se que aquele acto foi um crime e inaceitável? Uma vez que nada se fez, os partidos políticos da oposição, as organizações da sociedade civil, os bons cidadãos insistiram na responsabilização do acto? Ok. O sistema jurídico está corrompido, mas não se pode ir às ruas insistentemente para clamar a justiça?

Falei!

Sem comentários:

Enviar um comentário