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domingo, julho 07, 2013

“Somos amantes da paz, não temos outra alternativa e a guerra acabou”

DE ACORDO COM DHLAKAMA

Renamo, manifestou ontem o seu optimismo quanto ao di­álogo com o Governo e disse acreditar que ambas as partes deverão chegar brevemente a consenso

Dhlakama fez estas declara­ções na tarde de ontem no po­voado de Santungira, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, no término de um encontro mantido com o bispo anglicano dos Libombos, Dinis Sengulane, e o membro do Mecanismo Africano de Re­visão de Pares de Moçambique, Lourenço do Rosário.


Segundo o líder da Renamo, ambos, Sengulane e Do Rosá­rio, desempenham actualmente as funções de facilitadores entre aquela formação política e o go­verno moçambicano. “Eles são facilitadores. Isso significa que eles têm levado nossas mensagens para o Go­verno e mensagens do Governo para a Renamo”, afirmou o líder da oposição em Moçambique.

Na ocasião, Dhlakama disse ter explicado aos facilitadores as razões que o levam a impor condições no encontro que de­verá manter com o Presidente da República, Armando Guebu­za. Dhlakama impõe como condi­ções a retirada de todas as for­ças de defesa e segurança que se encontram estacionadas em Gorongosa, ou a deslocação do Presidente da República à sede daquele distrito. Este foi o primeiro encontro frontal entre o líder da Renamo e os facilitadores, mas ambas as partes já vinham mantendo con­tactos via telefónica.

“Eles têm falado sempre com o Presidente da República por­que moram em Maputo. Por isso, convidei-os para que vies­sem para cá”, disse Dhlakama, para mais tarde acrescentar que os facilitadores também le­vavam consigo uma mensagem verbal do Presidente da Repú­blica, “demonstrando que quer negociações sérias”.

“Eu disse está bem. Enten­di, e que eles deveriam levar a mensagem (ao Presidente da República) de que a Renamo … somos amantes da paz, não te­mos outra alternativa e a guerra acabou”, disse Dhlakama, para mais uma vez reiterar que rejei­ta a guerra.

Dinis Sengulane, por seu tur­no, exortou as partes a fazerem tudo para garantir a paz em Moçambique e também fez uma prece, pedindo a Deus “para transformar os nossos instru­mentos da morte e dominação em meios para salvar vidas e pro­mover a dignidade humana”.

Refira-se que o Governo e a Renamo encontram-se envolvi­dos num diálogo para a discus­são de uma agenda que inclui quatro pontos, nomeadamen­te um novo pacote eleitoral, despartidarização da adminis­tração do Estado, matérias re­lativas à defesa e segurança e questões económicas.

Fonte: O País onlineO País online - 08.07.2013

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