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sexta-feira, abril 19, 2013

PRM reprime manifestação pacífica do MDM

Na cidade de Maputo.

Uma marcha de repúdio à má actuação da polícia acabou em confrontos entre agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e militantes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) na cidade de Maputo.

Alguns agentes da polícia impediram o início de uma manifestação do MDM contra a má actuação da PRM nos pleitos eleitorais, em especial nas eleições intercalares de Inhambane.


A manifestação tinha como objectivo apelar a polícia a não ser protagonista nos processos políticos do país, através do uso da força. Entretanto, a PRM mandou um contingente de dezenas de agentes fortemente armados para dispersar os manifestantes que, curiosamente, tinham documentos que comprovam ter comunicado as autoridades sobre a referida marcha.

Sem qualquer explicação plausível, a polícia usou a força para retirar os membros do MDM da Avenida Eduardo Mondlane, próximo da Estátua, onde a marcha da manifestação iria arrancar.

“Nós fomos comunicar as autoridades, no dia 12, sobre a manifestação, e hoje, estranhamente, dizem que a mesma foi indeferida. Mas a lei é clara, a manifestação não é autorizada e basta comunicar as autoridades para garantirem segurança aos manifestantes. Contrariamente, a polícia está a agredir-nos, como estão a ver”, disse uma das manifestantes.

Os membros deste partido defendem que a polícia continua repreensiva no país, o que mostra que a Frelimo não quer a democracia e prefere ganhar as eleições com recurso às forças de defesa.

“A polícia continua arrogante, repreensiva, o que, na verdade, só vem provar o que se diz todos os dias que esta é usada para impedir o exercício das actividades políticas da oposição. Isto mostra ainda que a Frelimo ainda não é pela democracia neste país e só quer matar os moçambicanos e acabar com os partidos políticos”, afirmou Armando, um dos líderes da marcha.

Da avenida Eduardo Mondlane, os militantes do MDM foram escoltados pelos agentes até à sua sede na avenida de Angola.

Fonte: O País online - 19.04.2013

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