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quinta-feira, março 14, 2013

Parlamento tem mais deputados por renunciar aos seus cargos

A extensa lista dos deputados improbos.
Carlos Siliya e António Niquice são exemplos de deputados que deverão deixar os seus cargos à disposição, escolhendo ou o Parlamento ou os órgãos sociais. Carlos Siliya é funcionário do Ministérios dos Combatentes, e António Niquice inspector do Ministério das Pescas.
A lei de probidade não atingiu só os PCA e administradores. Edmundo Galiza Matos Júnior, deputado e jornalista, é o primeiro a largar o seu cargo na Rádio Moçambique (RM), encabeçando assim a lista dos peixes-miúdos vítimas de probidade.
Mas a extensa lista abrange mais nomes. É o caso do deputado António Niquice, igualmente inspector-geral das Pescas; e Carlos Jorge Siliya, parlamentar, funcionário do Ministérios dos Combatentes e director de Centro de Pesquisa da História da Libertação Nacional.
Edmundo Galiza Matos Jr. foi locutor da Rádio Cidade. Entrou no Parlamento em 2005, passando a acumular rendimentos tanto do Parlamento como da RM. Também foi director da Rádio Índico, propriedade do partido Frelimo, de onde foi afastado. Com a sua posição actual de porta-voz da bancada da Frelimo, em substituição de Damião José, que agora é porta-voz do partido Frelimo, Edmundo Galiza Matos Jr. passa a ser um dos rostos mais visíveis da bancada da Frelimo, daí ter que encabeçar a lista de outros improbos que não integram a lista de deputados-PCA e administradores.
Carlos Jorge Siliya já foi interpelado pelo “O País”, tendo deixado claro que não se encontrava em situação de improbidade, considerando que a sua permanência no Ministério dos Combatentes não feria a lei, uma vez que a mesma não devia ter uma interpretação retroactiva, ou seja, respeitar os direitos adquiridos antes da sua aprovação. Siliya defendeu, na altura que os deputados deviam encerrar os seus mandatos.
Entretanto, mais deputados que até agora não renunciaram aos cargos deverão fazê-lo em breve. A Frelimo atacou primeiro os mais notáveis e caberá à Comissão Nacional de Ética Pública prosseguir investiga-ções até encontrar mais nomes quer no Parlamento quer fora dele, notificá-los e “forçá-los” a renunciar a um dos cargos.
Fonte: O País online - 14.03.2013

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