GRAÇA ADVERTE CONTRA BRUTALIDADE POLICIAL NA RAS

A mulher do antigo Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, a moçambicana Graça Machel, advertiu, quarta-feira, em Daveyton, mais de 20 quilómetros do centro de Joanesburgo, que a crescente “institucionalização de violência” nas fileiras dos serviços da polícia sul-africana (SAPS) esta a criar uma força “activamente agressiva perante um público indefeso.”

“A Africa do Sul é uma nação violenta. Estamos no precipício de alguma coisa perigosa, com o potencial de não prevenir a nossa queda," disse.

Falando no estádio de Daveyton, num serviço memorial do assassinado taxista moçambicano, Emídio Macia, cujos restos mortais são esperados esta Sexta-feira, em Maputo, Graça Machel afirmou que “o nível de tensão e agressão neste país esta a elevar-se. Este é um problema que vem do passado e que não foi devidamente tratado”.

Ela indicou que “temos que estar mais cautelosos quando nos lidamos com uma sociedade que está a derramar sangue e a respirar dor.”

Por seu turno, o Secretário-Geral do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder na Africa do Sul, Gwede Mantashe, repudiou as circunstâncias que ditaram a morte de Macia, sublinhando que “isto não é apenas uma questão de uma família”.

“O aumento da violência por parte da polícia deve ser tratado com seriedade,” disse Mantashe, equiparando a morte de Macia a um incidente xenófobo.

“O que aconteceu, quer para um moçambicano, quer para um sul-africano, é bárbaro” anotou.
(AIM)

Fonte: AIM - 07.03.2013