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terça-feira, agosto 28, 2012

Os poderes (supremos) do presidente da Frelimo

Por Lázaro Mabunda

A tradição, atestada pelos estatutos da Frelimo, mostra que o poder, na verdade, está no partido, mais do que no Governo. Isto é, o presidente do partido é mais poderoso do que o Presidente da República ou Chefe do Estado.
O Comité Central do Partido Frelimo decidiu, na última sessão, terminada no domingo passado, que Armando Guebuza, actual Presidente da República e do partido, é candidato à sua própria sucessão na liderança do partido governamental. Esta decisão confirma a tese de alguns membros do partido de que “Guebuza é candidato natural” para este cargo, que ocupa desde 2005. Se inicialmente esta ideia era encarada como especulação, agora já é um facto. O debate, há muito iniciado, deverá agora ganhar outros contornos, sobretudo no que se refere ao futuro do poder a nível do partido e do Presidência da República, caso o presidente seja proveniente da Frelimo. É que, a partir de 2014, caso o seu candidato ganhe eleições, a Frelimo passará a ter dois centros de poder: A presidência do partido, nas mãos de Armando Guebuza, e a da República, com uma outra figura. Quebrar-se-á, desta forma, a tradição do partido, alegada para afastar Joaquim Chissano da liderança máxima do partido, em 2005, de o presidente do partido ser, simultaneamente, Presidente da República. Ler mais

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