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sábado, maio 28, 2011

G8 diz que Kadhafi deve abandonar o poder

O grupo dos oito países mais industrializados consideraram ontem, no encerramento da cimeira de Deauville, dedicada às revoltas dos países árabes, que o líder líbio Mouammar Kadhafi “perdeu toda a legitimidade e deve abandonar o poder”.
Segundo a declaração final do encontro, citada pela Agência France Press, os dirigentes das grandes potências ameaçam a Síria de ser alvo de “uma acção do Conselho de Segurança” da ONU se Damasco não parar de reprimir as manifestações.
 
A França e os Estados Unidos estão determinados a “terminar o trabalho” na Líbia, disse ontem o Presidente norte-americano, Barack Obama, no final de um encontro com o homólogo francês, Nicolas Sarkozy, à margem da cimeira do G8.

Numa conferência de Imprensa, no final da cimeira, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov, declarou em nome do grupo que Kadhafi perdeu, com os seus actos, a legitimidade e é preciso ajudá-lo a abandonar o poder”.

Segundo o diplomata, “a Rússia está pronta a realizar a missão de intermediação com vista a fazer chegar determinados sinais às partes do conflito”.

Na véspera, os países do G8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, EUA e Japão) e o Governo de Kadhafi tinham pedido a Moscovo para intermediar as conversações entre as partes do conflito na Líbia.

O Presidente francês, em nome do G8, propôs ontem, durante a cimeira, um pacote financeiro de 40 mil milhões de dólares para apoiar "a Primavera árabe".

Para a cimeira que ontem terminou a França tinha convidado os primeiros-ministros da Tunísia, Béji Caid Essebsi, e do Egipto, Essam Charaf, os dois países onde as revoluções populares desencadearam o movimento de democratização no mundo árabe.

"O que o Presidente Sarkozy anunciou foi um pacote global de 40 mil milhões de dólares para a região. Este pacote não foi especificado por país e está previsto que haja reuniões dos MNE e das Finanças, a partir de agora e até ao início de Julho, para articular melhor este programa", precisou à Imprensa o ministro tunisino das Finanças, Jalloul Ayed, que participou no encontro.

Jalloul Ayed também não especificou a natureza da ajuda, mas esta deve ser composta essencialmente por empréstimos de organizações financeiras internacionais.

Fonte: Notícias in Club of Mozambique - 28.05.2011

Reflectindo: 1) A Rússia se contraria? 2) Vemos pela foto convidados africanos com o privilégio de dizerem o querem no G8 e devem ter dito. Será que teremos que admitir os discursos que só servem para enganar os africanos menos informados?

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