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domingo, dezembro 26, 2010

Presidente cabo-verdiano em missão da CEDEAO na Côte d'Ivoire

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, e os seus homólogos do Benin, Thomas Yayi Boni, e da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, deslocam-se na próxima terça-feira a Abidjan, capital da Côte d'Ivoire, com a missão de convencer Laurent Gbagbo, um dos dois vencedores declarados das controversas eleições presidenciais de Novembro último, a abandonar o poder, soube a PANA domingo na Praia de fonte diplomática.

Pedro Pires, Boni Yayi, e Ernest Koroma vão levar a Gbagbo uma mensagem da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que, sexta-feira, o havia advertido de que vai recorrer à força caso ele continue a recusar entregar o poder a Alassane Ouattara, cuja vitória das eleições presidenciais de 28 de Novembro foi proclamada pela Comissão Eleitoral Indepedente (CEI) e reconhecida pela comunidade internacional.

Depois de uma reunião extraordinária em Abuja, na Nigéria, os 15 países da CEDEAO avisaram que se Gbagbo não abandonar o poder por iniciativa própria terão de recorrer à "força legítima" para o derrubar.

No final dessa cimeira extraordinária, na qual participou o Presidente cabo-verdiano, os países oeste-africanos anunciaram que um enviado especial vai deslocar-se à Côte d’Ivoire para uma última tentativa diplomática para solucionar a grave crise política no país.

Na sexta-feira, o Governo de Cabo Verde, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, recomendou uma mediação internacional na Côte d'Ivoire sem condições prévias, sob os auspícios da União Africana e da CEDEAO.

Num comunicado, o Executivo cabo-verdiano sublinha que “tem presente os resultados das eleições certificados pelas Nações Unidas (vitória de Alassane Ouattara) e, ao mesmo tempo, a situação de impasse criada pelo não reconhecimento dos mesmos por uma das partes (Laurent Gbagbo)”.

Ao defender o envio de uma missão internacional a Abidjan, o Governo cabo-verdiano reitera, assim, o seu apelo ao diálogo visando a criação de um consenso mínimo de saída da atual crise que, simultaneamente, enalteça a democracia e preserve a paz, em nome dos interesses superiores do povo da Cote d’Ivoire e da região.

Fonte: panapress - 26.12.2010

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