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quarta-feira, outubro 21, 2009

Pequenos partidos caçam votos na província da Zambézia

Embora as eleições na Zambézia sejam dominadas pelos três principais partidos (Frelimo, Renamo e MDM), os pequenos partidos também lançaram as suas campanhas de caça ao voto.
Trata-se da Aliança Democrática dos Antigos Combatentes de Luta de Libertação de Moçambique (ADACD) entrou esta 2ªfeira, dia 18 de Outubro para a actividade de “caça” ao voto na cidade de Quelimane, a escassos dias do encerramento do processo, fazendo campanha a favor de Armando Guebuza, candidato da Frelimo.
A coligação integrando três partidos políticos da oposição, todos dirigidos por antigos combatentes (PPPM, PSM e PUN), entram relativamente tarde na maratona eleitoral. A ADACD apenas concorre ao Assembleia da Republica e a sua campanha contribui para a vantagem do candidato às presidenciais do partido Frelimo, Armando Guebuza.
Assim, os militantes liderados por cabeça de lista, Ana Langa, saíram à rua ontem, seu primeiro dia de actividade, para promover a imagem do candidato Armando Guebuza, persuadindo as pessoas que iam contactando no sentido de votarem à favor dele.
Com uma delegação com forte presença, os antigos combatentes só falam da sua coligação na votação as legislativas, afirmando que se o ADACD lograr muitos assentos no parlamento vai ajudar a conceber políticas favoráveis para o bem-estar social.
Com o símbolo laranja, os antigos combatentes realizam a campanha sem material propagandístico, apenas com a ostentação de camisetes, bonés e escassos panfletos simbolizando a coligação, que cujo acesso.
Tal como disse a cabeça de lista, Ana Langa, a coligação disputa o pleito, referente as legislativas e provinciais, apenas em algumas províncias tais como, Zambézia, Cabo Delgado, Nampula, Maputo e Gaza, sendo que o atraso que se verificou na sua aparição pública tem a ver com questões técnicas (demora de acesso aos meios prometidos pela CNE).
Embora tenha surgido por necessidade de fazer política na oposição, a ADACD diz que se simpatiza com o candidato da Frelimo, dai que nestas eleições sequer ousou trazer proposta para concorrer para o cargo de presidência.
A aliança dos combatentes entende que os escassos progressos registados na economia do país estão longe de gerar a real riqueza, ou seja, o bem-estar social para a maioria dos moçambicanos, dê que deseja assumir assentos no parlamento, para rectificar o que estiver errado nas políticas de governação do próximo Presidente da República.

PDD não vê alternativas para apoiar

O partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), que até as eleições autárquicas do ano passado, ainda se impunha como uma força a ter em conta no cenário político moçambicano, está moribundo na Zambézia e dificilmente aparece na rua, nem para manifestar apoio a um dos três candidatos admitidos para concorrer.
Desta vez excluído a concorrer na maioria das circunscrições do país, a Delegação do PDD na Zambézia, mostra-se fragilizada e alega o facto de o seu candidato ter sido afastado da corrida, como um dos aspectos que quebrou a dinâmica e entusiasmo do partido.
Assim, há escassos dias para o fim da campanha referente a estas 4ª eleições Multipartidárias, o partido liderado por Raul Domingos, não faz quaisquer manifestações políticas, e na sua sede provincial na Zambézia, o clima é moribundo.
O seu chefe dos processos eleitorais, Inácio Mukalachi, afirmou que o partido faz campanha apenas nos locais onde foi admitido para disputar o pleito, o caso de Inhassunge, Gurué e Namarrói, na província da Zambézia.
Também no distrito de Milange, nos primeiros dias da maratona, os militantes do PDD tentaram movimentar-se em manifestações de rua, mas foram confrontados com um clima de violência, em que tiveram que entrar em cenas de escaramuças, com uma brigada do partido Frelimo, naquele ponto do país. Este incidente levou oito membros do partido a desaguar nas celas da PRM.
Os militantes do PDD na Zambézia dizem que não foram instruídos a fazer propaganda política em favor de um candidato alternativo e dizem mesmo, que para, além disso, também não vê alguém na lista dos três concorrentes autorizados para disputar as presidenciais deste ano, com qualidades aceitáveis, que se aproximem ao seu líder rejeitado na corrida, Raul Domingos.

Presença frequente da Frelimo, Renamo e MDM.

Enquanto isso, os restantes partidos, sobretudo, Frelimo, Renamo e MDM continuam activos na maratona de “caça” ao voto na cidade de Quelimane.
A Renamo está retomar o ritmo normal, depois que na semana transacta, teve que entrar no “pedal” mais agitado da comitiva central, integrando o seu concorrente às presidenciais, Afonso Dhlakama, que trabalhou em alguns distritos da Zambézia.
O MDM está com as atenções viradas para a brigada central, que na companhia do candidato Daviz Simango, voltou a escalar Zambézia, recomeçando o périplo, a partir de Gurué, este fim-de-semana.
A Frelimo abrandou o passo, concentrando esforços na preparação de actividades que vão marcar o encerramento da sua maratona. Contudo, tem algumas brigadas no terreno, vendo-se frequente igualmente, viaturas movimentando-se individualmente com panfletos e outros símbolos de propaganda do partido.


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 17, 21 de Outubro de 2009


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