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segunda-feira, abril 07, 2008

Aziz Pahad e a teoria de conspiração

O caso da demora dos resultados eleitorais

É do nosso conhecimento que a maioria dos governantes africanos constituiu um clube onde os seus adversários são os seus próprios povos e quem queira falar em defesa desses povos africanos. Se jornalistas, esses que em eleições democráticas têm o poder investigativo e muitas vezes os primeiros o anunciar o prognóstico dos resultados, logo depois do encerramento das urnas, baseando-se de entrevistas aos eleitores são também adversários do clube dos governantes. Agora ao falarem de riscos a uma fraude eleitoral nas presidenciais do Zimbabwe, tudo é uma teoria de conspiração. É isto que Aziz Pahad, Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros de África do Sul nos mete nas nossas cabeças em defesa de quem faz coisas que o regime do apartheid já fez contra o povo sul-africano.

Todo aquele que suspeita o motivo da demora da publicação dos resultados das eleições presidenciais no Zimbabwe não faz mais nada que uma teoria de conspiração. Segundo, o clube, em Zimbabwe nunca houve fraude eleitoral. Mesmo em Moçambique nunca houve, pois a discussão era a mesma e as equipas do jogo eram as mesmas.

Os nossos governantes não gostam de observadores independentes como é o caso de jornalistas independentes, jornalistas não preparados para escamotear a verdade. Os independentes revelam a verdade o incomoda ao clube dos dirigentes africanos – essa verdade deve-se transformar em teoria de conspiração.

Para os governantes africanos, os governados devem esperar pela vontade de quem tem o poder. E, tudo o que de lá se diz é uma verdade absoluta. Até eles preocupam-se por coisas que para os governados são mesquinhas, pois, há mais garantia de que eles vão revitalizar o seu clube com membros mais robustos do que ao contrário. São escassos os casos em que a transferência de poderes é a favor do povo, isso que teria sido fácil naltura das independências dos país africanos ou com a introdução do multipartidarismo, mas não aconteceu em muitos casos, exceptuando o Botswana e Cabo Verde entre os poucos. Os jornalistas estão a cumprir a sua tarefa e não fazem nenhuma teoria de conspiração.
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