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segunda-feira, setembro 23, 2019

Campanha da Frelimo paralisa função pública em Nampula e deixa centenas de alunos sem aulas

Centenas de alunos de escolas públicas ficaram sem estudar um pouco por todos os distritos da província de Nampula na sequência da visita do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, naquele ponto do país. Os professores e demais funcionários públicos foram obrigados pelos, seus superiores, a abandonar os seus postos de trabalho para se juntarem à campanha da Frelimo.
Na tarde do dia 11 de Setembro, dia em que o candidato da Frelimo fez campanha na cidade de Nampula, alunos das Escolas Secundárias de Nampula, Muatala, Maria de Luz Guebuza, entre outras, não tiveram aulas porque os professores e outros funcionários do aparelho do Estado foram fazer campanha pela Frelimo.
Depois de visitar Mogovolas e Mossuril no dia 12, na sexta-feira (13), o candidato à presidente da república da Frelimo, visitou os distritos de Monapo e mais tarde Nacala-Porto. No distrito de Monapo, não houve aulas em todas as escolas porque os professores foram convocados pelo Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT), para se fazerem presentes no comício do candidato da Frelimo, reportaram os nossos correspondentes. Os professores foram encarregues de ajudar nos preparativos do evento a nível da sede do partido.
O mesmo ocorreu em Nacala-Porto, para onde Nyusi se deslocou depois de Monapo. Alunos das Escolas Primárias e Secundárias daquele distrito foram comunicados pelos Directores das respectivas escolas a não se fazerem presentes às aulas porque o candidato da Frelimo visitara àquele distrito.
No distrito de Liupo, ainda em Nampula, funcionários públicos, na sua maioria professores, paralisaram as suas actividades com a chegada do Assistente da Frelimo, Carlos Mesquita, tendo os alunos ficado sem aulas. O cenário repete-se um pouco por todos outros distritos, entretanto, o que difere dos casos ocorridos nas escolas de Monapo e Nacala-Porto dos da EPC de Nanrava em Liupo, foi a falta de aviso prévio o que permitiu com que os alunos encontrassem as portas da escola encerradas como se de um feriado se tratasse.

Fonte: Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique 51 - 15 de Setembro de 2019

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