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quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Chamar académicos para debate dentro dos partidos é valioso.

Quando numa entrevista, em Setembro de 2017, o filósofo e constitucionalista Severeno Ngoenha fez uma revisão sobre a democracia interna dos três principais partidos políticos moçambicanos, eu chamei atenção que os partidos deviam convidar a este como outros académicos para palestras ou debates deste e outros assuntos. Infelizmente, alguns partidos fizeram o contrário. Investiram na recusa das suas observações de Ngoenha.
Na verdade, o que tenho proposto que se faça nos partidos, é aquilo que aconteceu hoje. O partido Frelimo organizou um debate sobre o papel da educação na promoção da unidade nacional e da cidadania e convidou os académicos Severino Ngoenha, Lourenço do Rosário e o religioso Saide Abibo como radores. Infelizmente, como conheço os meus compatriotas, dirarão que estes três foram oradores àquele debate como membros do partido Frelimo como se estes alguma vez fossem convidados pela Renamo e ou MDM e recusassem. Aliás, o mano Brás Malique e o companheiro Carlos Bernardo devem se lembrar da minha insistência no debate que tivemos em Julho de 2017, ali no Canal Residencial, em Nacala-Porto, sobre a formação de membros do partido MDM e a definição e funcionamento da escola do partido. Eu insistia que a escola não consistia em um edifício com quatro paredes, mas organizando estudos e debates com oradores como Ngoenha, Domus OiKo aka Alberto Ferreira, João Pereira, José Macuiane, etc. Tenho também sublinhado a vantagem de ter oradores sem interesse de serem bem vistos por quem “manda” nos partidos.

Recordando a entrevista: “É preciso que partidos reaprendam a fazer democracia”  in o País 819.09.2017)


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