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quinta-feira, maio 04, 2017

“MINEDH tem excesso de assessores e é preciso aproveitá-los em outras áreas”

Presidente da República diz que não se deve acumular pessoas a desempenhar mesmas funções
Não se deve acumular pessoas a desempenhar mesmas funções. Esta foi a tónica do discurso do Presidente da República, quando questionava o número de assessores no Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. “Não sei se é problema da ministra ou do Ministério. Tem muitos assessores. É para fazer o quê? Tem mais assessores do que o Presidente (da República) ”, questionou o estadista moçambicano.
O ministério dirigido por Conceita Sortane argumentou dizendo que herdou os assessores da última direcção, encabeçada por Jorge Ferrão, actual reitor da Universidade Pedagógica.
Filipe Nyusi disse que a preocupação não era identificar o responsável pelo excesso do número de assessores, mas sim procurar formas de aproveitar as pessoas para várias funções que existem no Ministério da Educação. “Esses quadros podem fazer outra coisa, do que estarem arrumados no gabinete, todos eles no gabinete. Se há uma especialidade, que se mande para essas pessoas”, orientou.
Nyusi lamentou, por outro lado, a realidade que se vive no curso nocturno, onde, em algumas escolas, há sérios problemas de assiduidade dos docentes, sendo que, em alguns casos, até por volta das 19h00, os alunos estão a regressar às suas casas, porque não têm aulas. A persistência da situação, segundo o Presidente, coloca um ponto de interrogação sobre a importância da manutenção ou não do curso nocturno, realidade que pode mudar, desde que os professores procurem exercer a sua actividade. “Não sei se faz sentido manter o curso nocturno, se não vai ninguém. Aulas começam às 18h00 e às 19h00 as pessoas estão a regressar, porque já não há aulas. No nosso tempo, muitas pessoas estudaram de noite e não havia essa brincadeira”, referiu o estadista.
Na ocasião, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano apontou como desafios a elevação do nível de aprendizagem dos alunos, redução do número actual de salas de aula de construção precária (28 756 salas), baixar o universo de 7 857 alunos que continuam a estudar ao relento, entre outros desafios.
Lembre-se que este é o sexto ministério que o Presidente da República visita, depois de ter visitado os ministérios da Cultura e Turismo; da Agricultura e Segurança Alimentar; das Obras Públicas, Recursos Hídricos e Habitação; dos Transportes e Comunicações; e da Administração Estatal e Função Pública.

Fonte: O País – 04.05.2017

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